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A Administração

Por:   •  15/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.468 Palavras (10 Páginas)  •  332 Visualizações

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A facilidade da abertura de um negócio e a quantidade de informações disponíveis em todos os meios de comunicações, como, por exemplo, a internet, permitem que inúmeras empresas sejam constituídas em um curto espaço de tempo, muitas vezes, sem um adequado amparo de gestão. Ocorrendo também, a realidade inversa dessa relação, que se traduz em um número elevado da mortalidade precoce desses empreendimentos.

As motivações que levam essas empresas a fecharem de forma tão precoce devem ser estudadas e analisadas com cuidado pelas características intrínsecas que as diferenciam de organizações com um porte maior, com o objetivo de oferecer um apoio de gestão mais adequado. (APEX, 2007)

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2003) as microempresas e empresas de pequeno porte surgiram de forma mais efetiva no contexto brasileiro na década de 80, pela redução do ritmo da economia, que resultou em um aumento no nível de desemprego no país, e os micros e pequenos negócios passaram a ser considerados como alternativa para atenuar o excedente da mão de obra disponível. Com a evolução desse segmento surgiram mais iniciativas do setor público e privado com o propósito de estimular de forma mais concreta a abertura destas empresas, como leis, incentivos através de financiamentos, sindicatos e etc.

De acordo com o BNDES uma microempresa se caracteriza por uma receita operacional bruta anual igual ou inferior a R$ 1,2 milhões de reais e a pequena empresa maior que R$ 1,2 milhões e, menor ou igual a R$ 10, 5 milhões de reais. Enquanto que para a Lei Complementar n° 123/2006 que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, em seu art. 3°, incisos I e II, as microempresas são entendidas como, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000 e no caso das empresas de pequeno porte, as que aufiram receita bruta superior a R$ 240.000 e igual ou inferior a R$ 2.400.000.

Gestão contábil A gestão contábil ou como, comumente chamada de contabilidade gerencial, está cada vez mais presente nas empresas de portes maiores pela melhor extensão de recursos disponíveis, enquanto que para as microempresas e empresas de pequeno porte, muitas vezes, essa realidade não se torna verdadeira por possuírem características de um “reduzido nível de organização contábil, gerencial, estrutural”, ocasionado pela “falta de estrutura na empresa, falta de visão e ausência de conhecimento técnico. Geralmente o empresário é Atualmente, muito se tem comentado sobre Sistemas de Informações Gerenciais, mostrando que a organização de uma empresa precisa ser baseada em pilares que sustentem toda a sua estrutura, e isso se torna possível com um adequado sistema integrado de informações que envolva todos os processos dentro da empresa, desde o planejamento até o controle das ações, envolvendo as pessoas, a empresa e a tecnologia. Laudon e Laudon (2007, p. 9) definem sistema de informação como um: conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização. Além de dar apoio à tomada de decisões, à coordenação e ao controle, esses sistemas também auxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos.responsável por todas as áreas da empresa”. (APEX, 2007, p.11)

Um sistema de informação abarca toda a estrutura presente em uma empresa, como a estrutura humana, física e tecnológica. E através do hábito da formulação de estratégias empresariais, com a ajuda do planejamento, execução das atividades, controle e verificação dessas ações os resultados podem ser uma excelência nas operações; um relacionamento mais próximo com os clientes e os fornecedores, podendo identificar a partir daí a verdadeira Kaline Di Pace Nunes, Luiz Carlos Miranda e Katia Alessandra da Silva Ferreira 53 Revista da Micro e Pequena Empresa, Campo Limpo Paulista, v.4, n.1, p. 48-63, 2010. necessidade e poder oferecer produtos ou serviços que não só atendam, mas superem as expectativas esperadas tanto pela empresa, como para os clientes e fornecedores; um auxílio substancial, também, na tomada de decisões; um fortalecimento na vantagem competitiva e uma garantia na sobrevivência da empresa. (LAUDON; LAUDON, 2007)

Desta forma, conclui-se que a sinergia obtida na junção da tecnologia, “contabilidade e finanças propiciam a um indivíduo contatos com todas as fases operacionais de uma empresa” (WARREN; REEVE; FESS, 2008, p.4), agregando cada vez mais valor e diferencial ao modo de condução do próprio negócio, fortalecendo os aspectos da competitividade e aumentando as chances de potenciais surpresas positivas nos resultados operacionais.

A extinção de uma empresa acarreta não só prejuízos para os empresários e empregados envolvidos diretamente, mas para toda a sociedade que sofre, indiretamente, os efeitos desse fenômeno na economia. O fechamento prematuro de empresas no País tem sido uma das preocupações da sociedade, particularmente para as entidades que desenvolvem programas de apoio ao segmento de pequeno porte, como é o caso do SEBRAE. Por isso, é de fundamental importância obter informações que propiciem identificar as causas das elevadas taxas de mortalidade das empresas, visando à atuação coordenada e efetiva dos órgãos públicos e privados em prol da permanência das micro e pequenas empresas em atividade, evitando o seu encerramento precoce. (SEBRAE, 2004, p.5)

Há 25 anos a literatura já apontava alguns problemas relacionando os encerramentos das empresas com a experiência dos proprietários e sócios, identificando de forma negativa o evento, mas sem muitos esclarecimentos sobre as causas envolvidas. (SCOTT; RITCHIE, 1984 apud STOKES; BLACKBURN, 2002) Scott e Ritchie (1984 apud STOKES; BLACKBURN, 2002) ainda apontam as três questões mais abordadas pela literatura no que diz respeito aos encerramentos, como as definições dos termos envolvidos; uma tendência de associar o fechamento a fracasso; e um maior foco no negócio, ao invés do proprietário, como unidade de análise.

A pesquisa de campo foi realizada entre os meses de junho a agosto de 2009, com empresários residentes no Estado da Paraíba e Pernambuco, escolhidos por conveniência, para a avaliação do envolvimento da gestão contábil com o fechamento das microempresas e empresas de pequeno porte, dando ênfase aos aspectos quantitativos e qualitativos da investigação. A coleta dos dados aconteceu pela aplicação de questionários as pessoas que fecharam seus negócios, e foram entregues, pessoalmente, ou, em alguns casos, por e-mail. Outro meio Kaline Di Pace Nunes, Luiz Carlos Miranda e Katia Alessandra da Silva Ferreira 55 Revista da Micro e Pequena Empresa, Campo Limpo Paulista, v.4, n.1, p. 48-63, 2010. de comunicação utilizado foi o telefone, em que um respondente,

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