A Dinâmica de Grupo e Relações Humanas.
Por: Gabriela Sophia • 28/3/2019 • Projeto de pesquisa • 1.749 Palavras (7 Páginas) • 223 Visualizações
Dinâmica de Grupo e Relações humanas
(RASCUNHO)
Nomes: Emanuelle, Gabriela, Letícia, Sandra, Thamiris.
Foco: RESGATE
Tema gerador: INFÂNCIA
Análise da demanda: Iniciamos com orientação para formarmos grupos de até 05 integrantes e após pensarmos em um tema que gostaríamos de falar e fazer uma reflexão sobre. Assim que escolhido, expomos para o restante da turma o tema gerador e o foco do grupo.
Recebemos através da professora Simone os materiais para melhor entendimento da proposta das aulas e do objetivo final. O material disponibilizado foram textos que nos instruíram a respeito da definição e construção de um grupo e como organizar uma oficina baseada nos nossos objetivos.
(...) escrever mais?
Artigos:
O objetivo do nosso trabalho é em fazer uma reflexão a respeito da infância desde suas origens até a atualidade, como foram ocorrendo às mudanças com o passar do tempo, o que impacta na formação do sujeito e suas características perante suas vivências.
Ao fazermos uma reflexão, buscamos também analisar como são as crianças com o avanço da tecnologia, e o precoce aprendizado da vida cotidiana seja na educação, na tecnologia, sexualidade e etc.
No passado o sentimento pela infância era desconhecida, as crianças não eram vistas como são hoje em dia, eram tratadas como adultos.
“A criança era, portanto, diferente do homem, mas apenas no tamanho e na força, enquanto as outras características permaneciam iguais” (ARIÈS, 1981).
No decorrer do séc. XVII com o início do processo da escolarização, as crianças são separadas dos adultos e então no fim do século que o entendimento de infância começou a modificar. E assim ouve a necessidade de separação, crianças com suas próprias brincadeiras, vestuário e espaço para poder manter a essência e diferenciação de um adulto. (...)
Existem diversos benefícios gerados pelas tecnologias, entretanto com todos avanços é evidente a preocupação com os problemas sociais e comportamentais, principalmente, pela forma precoce na qual tecnologia é inserida na infância, gerando alterações sociais que acarretam até a vida adulta.
Segundo Piaget,
"o homem é um ser essencialmente social, impossível, portanto de ser pensado fora do contexto da sociedade em que nasce e vive.”
E para que exista um ser social, ser necessita de relações ocorram de forma equilibrada. E o uso exacerbado de tecnologia gera impactos no desenvolvimento psicossocial e provoca um desequilíbrio cognitivo, como causa pode gerar um potencial para transtornos de atenção, transtornos obsessivos, de ansiedade e problemas com a linguagem e a comunicação, o que uso exagerado pode vir acarretar problemas de aprendizagem. (SILVA, Thayse de Oliveira; SILVA, Lebiam Tamar Gomes).
Piaget afirma que o desenvolvimento das funções cognitivas e a construção do saber, acontecem principalmente como resultado do brinquedo, que se inicia através de jogos de exercícios.
Esses jogos de exercícios, nos primeiros dois anos de vida, ampliam-se em ações que envolvem a coordenação motora global, como o correr, o subir escadas e outras atividades, cuja simples repetição já representa momentos lúdicos. A relação entre o significante e o significado se estabelece na criança, subjetivamente, face às suas necessidades de compensação, realização de desejos e resolução de conflitos, surgindo, então, os jogos simbólicos. Essas brincadeiras assinalam o início da representação, tornando-se importantes por ativarem movimentos e permitirem que o símbolo se integre nas estruturas cognitivas como base de atos posteriores mais complexos, os quais, reforçados pela assimilação representativa da realidade, tornam-se instrumentos das apresentações lúdicas.
O brinquedo cria na criança uma zona de desenvolvimento proximal, que é por ele definida como a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes. (VYGOTSKY, 1998, p.112).
Vygotsky faz uma relação entre pensamento, emoções e imaginação, que é aquilo que forma o construto do individuo. Inicia na infância, para justamente ir moldando a subjetividade daquela criança. Hoje podemos observar o quanto às crianças vêm sendo estimuladas com jogos educativos, dinâmicas, artes, atividades escolares criativas, até mesmo brincadeiras em aplicativos de celular. Vale ressaltar que a desigualdade social, influencia nesse estimulo, devido às condições ambientais, financeiras e culturais. Um grande número de crianças não está sendo criança; Não estão sendo estimuladas a pensar, criar, brincar e evoluir psicologicamente, falando. Não podem ir a escola, não tem acesso a computadores e celulares, materiais e brinquedos.
O cenário da criança hoje, devido a diversas circunstâncias, aponta para uma infância a caminho do "desaparecimento". (DIAS, 2009).
O historiador francês Philippe Ariés é um pioneiro da pesquisa da história da infância e da família, seus estudos têm influenciado pesquisadores e cientistas sociais americanos e europeus quanto á evolução na mudança de atitudes da sociedade em relação à família. (ARIÉS, 1981).
Kramer (1982, p. 19) relata que a idéia de infância não existiu sempre, o sentimento de família e infância surgiu nos séculos XVI e XVII e que a idéia de infância aparece com a sociedade capitalista, urbano-industrial, na medida em que muda a inserção e o papel social desempenhado pela criança na comunidade.
Porém, nos dias de hoje a criança sofre com um processo, muitas vezes sutil, de adultização, sendo pressionadas e influenciadas a agirem como pequenos adultos. Meninas e meninos escutam músicas com linguagem obscena, assistem os mesmos programas que os adultos, usam roupas e maquiagens que estimulam a sexualidade precoce.
Segundo Dias, pode-se notar uma grande mudança nos jogos e brincadeiras consideradas infantis, os jogos de vídeo game são repletos de conteúdo com alto teor de violência, os brinquedos são prontos, inibindo o processo criativo e o raciocínio lógico da criança.
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