A IGUALDADE DE GÊNERO NAS EMPRESAS

A IGUALDADE DE GÊNERO NAS EMPRESAS

Há alguns anos, quando participei de um processo seletivo para trabalhar em um Banco da minha cidade, o gerente me disse durante a entrevista: “eu quero contratar um homem, estou cansado de liberar funcionária pra licença maternidade”. Percebe-se que a igualdade de gênero é uma questão cultural, que sempre colocou o sexo feminino em uma posição de submissão. Deixar de contratar uma mulher competente por medo de ela engravidar pode significar uma perda enorme no sucesso da empresa.

Em minha última experiência de trabalho, numa Superintendência com um pouco mais de 500 funcionários, apenas 35 eram mulheres. É nítido o quanto ainda existe uma grande lacuna entre gêneros nos ambientes corporativos. O RH, por exemplo, poderia fazer uma análise de quantos homens e mulheres trabalham em cada área da empresa para observar se essa discrepância é um problema recorrente em outros setores.

Debater o assunto também é uma boa iniciativa: a empresa pode convidar uma palestrante especializada no assunto e criar uma roda de conversa sobre o tema, ou, simplesmente, convidar as colegas da equipe para relatarem experiências que tiveram em outros lugares com o intuito de levantar a bandeira da igualdade.

Observa-se que muitas mulheres acabam abdicando de suas profissões quando se tornam mães, ou optando por um emprego mal remunerado (talvez por ser mais próximo de casa) para conciliar a vida profissional com a criação do filho. Aderir ao home office, focar em políticas de contratação de grávidas e horários mais flexíveis de trabalho (pelo menos durante o primeiro ano de desenvolvimento do filho), são algumas das ações que as empresas, em geral, poderiam adotar para que as funcionárias pudessem cumprir suas tarefas de mãe sem ter que abrir mão das suas carreiras.