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A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Projeto de pesquisa: A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  6.143 Palavras (25 Páginas)  •  483 Visualizações

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FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE CONTAGEM

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO

PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Contagem

1º semestre de 2012

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO

PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Trabalho Interdisciplinar de conclusão de Módulo apresentado como exigência parcial para conclusão do 5º período do Curso de Administração da UNIPAC Contagem.

Contagem

1º semestre de 2012

LISTA DE FIGURAS

1 Principais Razões para o Fechamento das Micro e Pequenas Empresas ............... 10

2 Fatores de Sucesso ................................................................................................. 13

3 O Conhecimento como Vantagem Competitiva .................................................... 16

4 Espiral do Conhecimento ....................................................................................... 18

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 06

1.1 Objetivos ............................................................................................................. 07

1.1.1 Objetivo Geral ..................................................................................................... 07

1.1.2 Objetivos Específicos .......................................................................................... 07

1.2 Problema de Pesquisa .......................................................................................... 07

1.3 Hipótese ............................................................................................................... 07

2 DEFINIÇÃO DE EMPRESA

.......................................................................... 08

2.1 Micro Empresa-ME e Empresa de Pequeno Porte-EPP........................................ 08

2.2 Importância das ME’s e EPP’s para o Mercado Atual ......................................... 09

3 FATORES DETERMINANTES PARA O INSUCESSO DA

EMPRESA .......................................................................................................... 10

4 FATORES CONDICIONANTES DA SOBREVIVÊNCIA E DO SUCESSO EMPRESARIAL.................................................................................................. 13

5 GESTÃO DO CONHECIMENTO ................................................................... 14

5.1 Definição ............................................................................................................... 14

5.2 Objetivos ............................................................................................................... 15

6 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO PARA AS

MICRO E PEQUENAS EMPRESAS .............................................................. 16

6.1 Alcançar Metas ..................................................................................................... 16

6.2 Gerir Dados, Informações e Conhecimento .......................................................... 17

6.3 Caráter Estratégico do Conhecimento.................................................................... 17

6.3.1 Conhecimento Tácito e Explícito .......................................................................... 18

6.4 Gestão do Conhecimento nas Micro e Pequenas Empresas .............................. 19

7 A GESTÃO DO CONHECIMENTO COMO VANTAGEM

COMPETITIVA

................................................................................................ 21

7.1 Fidelização de Clientes e Colaboradores ............................................................. 21

7.2 Ambiente Interno e Ambiente Externo ................................................................ 22

7.2.1 Ambiente Interno ................................................................................................. 22

7.2.2 Ambiente Externo ................................................................................................ 23

7.3 Novos Públicos e Novos Mercados ...................................................................... 24

8 INTERDISCIPLINARIDADE .......................................................................... 26

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 28

10 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 29

1 INTRODUÇÃO

O trabalho interdisciplinar desenvolvido apresenta um ensaio sobre a Importância da Gestão do Conhecimento para as Micro e Pequenas Empresas.

O presente estudo é consequência das informações encontradas no Trabalho Interdisciplinar desenvolvido pelo grupo no 2º semestre de 2010. Na ocasião, buscou-se em pesquisas realizadas pelo Sebrae/MG entre os anos de 2000 e 2001, os motivos que levaram Micro e Pequenas Empresas do Estado de Minas Gerais ao fracasso.

A Gestão do Conhecimento é uma nova prática gerencial que visa o aumento da competitividade da empresa e o fortalecimento do patrimônio do conhecimento organizacional.

Para um melhor aproveitamento do trabalho interdisciplinar é importante uma leitura cuidadosa do referencial teórico da Gestão do Conhecimento para as Micro e

Pequenas Empresas. A análise da Gestão do Conhecimento como ferramenta de vantagem sustentável poderá permitir aos administradores informações para melhoria da qualidade de vida dos funcionários e do relacionamento com colaboradores, visando conquistar melhores resultados, novos públicos e novos mercados.

Com relação à interdisciplinaridade, a Gestão do Conhecimento, a Comunicação Empresarial e o Empreendedorismo são disciplinas que oferecem, através de teorias e conceitos, novas práticas para melhoria dos ambientes interno e externo das Micro e Pequenas Empresas tornando-as mais competitivas. Esta relação entre conhecimentos é importante para procurarmos entender a complexidade na qual uma empresa está envolvida.

Este conteúdo teórico, desenvolvido a partir de pesquisas bibliográficas em livros, artigos e relatórios de pesquisas, é importante para o curso de Administração por oferecer informações que permitirão a futuros empresários analisar a relação da comunicação interna e do conhecimento organizacional como recurso principal para conquista da satisfação do cliente e da sua fidelização.

O tema desenvolvido poderá ainda, auxiliar as Micro e Pequenas Empresas do Estado de Minas Gerais que encerraram suas atividades nos últimos anos, conforme pesquisa realizada pelo SEBRAE/MG. A análise de novas práticas gerenciais é fundamental para o crescimento da organização, para melhoria do relacionamento cliente/empresa e para o desenvolvimento de novas estratégias de mercado.

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Pesquisar a importância da Gestão do Conhecimento para as Micro e Pequenas Empresas.

1.1.2 Objetivos Específicos

* Definir Micro e Pequena Empresa;

* Pesquisar a gestão do conhecimento como

ferramentas para melhoria da cultura organizacional;

* Pesquisar a gestão do conhecimento como vantagem sustentável na organização;

* Analisar os benefícios do desenvolvimento de novas estratégias para melhoria da relação cliente/empresa.

1.2 Problema de Pesquisa

Qual a importância da Gestão do Conhecimento para as Micro e Pequenas Empresas?

1.3 Hipótese

Melhoria nas estratégias organizacionais e desenvolvimento de oportunidades para conquista de novos públicos e novos mercados.

2 DEFINIÇÃO DE EMPRESA

Uma empresa é um conjunto organizado de meios com vista a exercer uma atividade particular, pública, ou de economia mista, que produz e oferece bens e/ou serviços, com o objetivo de atender a alguma necessidade humana. O lucro, na visão moderna das empresas privadas, é consequência do processo produtivo e o retorno esperado pelos investidores. As empresas de titularidade do Poder Público têm a finalidade de obter rentabilidade social. As empresas podem ser individuais ou coletivas, dependendo do número de sócios que as compõem (Chiavenato, 2004).

2.1 Micro Empresa-ME e Empresa de Pequeno Porte-EPP

Microempresa (ME) é uma empresa com faturamento anual reduzido cujo pagamento de impostos pode ser realizado de forma simplificada, como é apresentada na definição da Lei Complementar n.º 129 de 10 de novembro 2011, que prevê em seu artigo 3º o seguinte:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis

ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

I - no caso da microempresa aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e

II - no caso da empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

Outra definição vem do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). A entidade limita que as micro empresas empreguem até 09 pessoas no caso do comércio e serviços, ou até 19, no caso dos setores industrial ou de construção. Já as pequenas são definidas como as que empregam de 10 a 49 pessoas, no caso de comércio e serviços, e 20 a 99 pessoas, no caso de indústria e empresas de construção.

2.2 Importância das ME’s e EPP’s para o Mercado Atual

As micro e pequenas empresas no Brasil funcionam como um elemento de estabilização social porque empregam mão-de-obra local e incentivam o espírito empreendedor em toda a sociedade, trazendo inovação, crescimento e riqueza para o país. As micro e pequenas empresas são um dos principais pilares de sustentação da economia brasileira, quer pela sua enorme capacidade geradora de empregos, quer pelo permanente número de estabelecimentos desconcentrados geograficamente, e que ainda reagem de forma rápida as mudanças do cenário econômico.

De acordo com o SEBRAE, em termos estatísticos, esse segmento empresarial representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB), gera 14 milhões de empregos, ou seja, 60% do emprego formal no país, e constitui 99% dos 6 milhões de estabelecimentos formais existentes, respondendo ainda por 99,8% das

empresas que são criadas a cada ano, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

3 FATORES DETERMINANTES PARA O INSUCESSO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Diferentes elementos e variáveis mostram a presença de fatores que contribuem direta ou indiretamente para o encerramento das atividades de uma empresa. Eles devem ser estudados e analisados cuidadosamente, com objetivo de oferecer um apoio de gestão, mais adequado para uma melhor compreensão dos obstáculos que levaram ao fracasso. Assim, consegue-se proporcionar uma visão mais realista do contexto ao qual a empresa está inserida. Segundo pesquisas realizadas pelo SEBRAE (2004), é possível especificar as razões do insucesso que tornaram muitas empresas extintas.

Os empresários entrevistados citaram como possíveis causas para o fechamento das empresas as razões da tabela abaixo. Evidenciou-se que um dos principais fatores que tem contribuído para essa situação é a falta de capital de giro, vindo a seguir a elevada carga tributária: fator apontado em outras pesquisas correlatas do SEBRAE. Além desses principais fatores, acrescentam-se problemas financeiros, concorrência muito forte, existência de maus pagadores, falta de clientes, localização inadequada, recessão econômica e ausência de habilidades para gerenciar o negócio.

Figura 1- Principais Razões para o Fechamento das Micro e Pequenas Empresas

Fonte: Pesquisa direta SEBRAE/MG

Obs.: A questão admitia respostas múltiplas.

"A alta mortalidade das empresas no Brasil está fortemente relacionada, em primeiro lugar, a falhas gerenciais na condução dos negócios, seguida de causas econômicas conjunturais e tributárias" (SEBRAE, 2004, p.16). A cada novo estudo, foi constatado

pelo SEBRAE - MG que não é possível atribuir a um único fator a causa da mortalidade das empresas. Dentre os fatores contribuintes para o encerramento prematuro dos negócios das micro e pequenas empresas, foram identificados a ausência de um comportamento empreendedor, a falta de planejamento prévio, a gestão deficiente do negócio, a insuficiência de políticas de apoio, as flutuações na conjuntura econômica e problemas pessoais dos proprietários.

Chér (1991) atribui a mortalidade das pequenas empresas aos seguintes fatores:

a) Inexperiência no ramo de negócios: falta de informação e conhecimento prévio ocasiona falta de competência administrativa, falta de resistência e incapacidade de assumir riscos;

b) Efeito sanduíche: as empresas compram de grandes fornecedores e vendem para grandes clientes e dessa forma, os preços acabam sendo impostos tanto por parte do fornecedor, com a matéria-prima, quanto pelos compradores com o produto final. Nessa situação, a empresa acaba sendo "devorada";

c) Legislação Tributária;

d) Baixo volume de crédito e financiamento;

e) Mão de obra desqualificada;

f) Atendimento excessivo de objetivos pessoais;

g) Obsolescência de métodos, equipamentos e mentalidade empresarial;

h) Falta de comunicação entre sócios, funcionários, fornecedores, clientes.

Degen (2005) observou que a falta de conhecimento e habilidades administrativas, mercadológicas, financeiras e tecnológicas são as principais razões para o insucesso empresarial. O autor considera mais importante as seguintes razões: Falta de experiência empresarial; Conhecimento inadequado do mercado; Insuficiência de disponibilidade de capital para iniciar o negócio; Problemas de qualidade de produto; Localização errada; Erros

gerenciais no desenvolvimento do negócio; Capitalização excessiva em ativos fixos; Inadimplência de credores; Ineficiência de marketing e vendas; Excessiva centralização gerencial do empreendedor; Crescimento mal planejado; Atitude errada do empreendedor para com o negócio; Erro na avaliação da reação do concorrente; Rápida obsolescência do produto; Abordagem incorreta de vendas; Problemas de produção do produto; Escolha do momento errado para iniciar o empreendimento; Falta ou erros de planejamento do empreendimento, como na projeção de vendas, de custos e do fluxo de caixa.

Yonemoto (1998) observou a influência dos fatores externos e internos no sucesso ou fracasso nas empresas de pequena dimensão, verificando que empreendedores, em geral, entram nos mercados despreparados, e que técnicas e habilidades administrativas são áreas decisivas para o sucesso.

O empreendedor tem uma responsabilidade muito grande dentro da empresa, por isso cabe a ele ter um grande conhecimento, para saber que caminho seguir. Pois a falta deste, e uma decisão mal tomada, pode colocar tudo a perder.

Os pesquisadores Birley e Niktari (1996) identificam quatro fatores ligados ao perfil dos empreendedores, que influenciam em grande escala a probabilidade de morte da empresa:

1) Perfil inflexível, resistente a mudanças e não aceita procurar ajuda externa;

2) Contrata equipe de baixa competência e com baixa experiência no ramo;

3) Falta de planejamento;

4) Falta de organização das operações da empresa;

Ainda nesta pesquisa com empresários de empresas extintas, merecem destaque os indicadores abaixo:

* 41% dizem ter acreditado exageradamente na intuição e emoção;

* 60% confessam que não planejaram o negócio;

*

23% dizem que fizeram retiradas acima do que o negócio poderia suportar;

* 33% não pediram auxilio externo, apesar de terem sentido dificuldades em competências que não possuíam, como área de tributos, área jurídica e de finanças.

Além de ter um bom conhecimento é necessário que o empreendedor seja inovador e possua uma equipe atualizada e com alta competência. Para que possa acompanhar as mudanças e não ficar parado acreditando na instituição. É necessário correr atrás, buscar conhecimento e saber planejar.

4 FATORES CONDICIONANTES DA SOBREVIVÊNCIA E DO SUCESSO EMPRESARIAL

Indagados sobre os fatores mais importantes para o sucesso de uma empresa, os empreendedores afirmaram que um bom conhecimento do mercado é um ponto crucial para o sucesso, como mostra a pesquisa realizada pelo SEBRAE (2001), sendo essa colocação mais enfática para ex-empresários. Também existe concordância em outros fatores, apresentados pelos proprietários de empresas extintas e ativas, quanto à necessidade de se ter uma boa estratégia de vendas, bem como criatividade na condução dos negócios.

Figura 2 – Fatores de Sucesso

Fonte: Pesquisa direta SEBRAE/MG

Obs.: A questão admitia respostas múltiplas

Na sequência dos fatores mais importantes, ex-empresários julgam que deveria haver reinvestimento dos lucros na própria empresa para terem acesso a novas tecnologias, assim como aproveitar as oportunidades de negócios que venham a surgir.

Relativamente às áreas de conhecimento mais importantes no primeiro ano de atividade de uma empresa, apurou-se que o planejamento é considerado para os dois grupos como o ponto mais importante nos primeiros doze meses de funcionamento de um empreendimento. Em segundo plano ,ex-

proprietários e empresários ainda no mercado elegeram como mais importantes as áreas de vendas ,organização empresarial ,análise financeira e marketing /propaganda.

5 GESTÃO DO CONHECIMENTO

5.1 Definição

A Gestão do Conhecimento, do inglês KM - Knowledge Management é uma nova prática gerencial que visa o aumento da competitividade da empresa e o fortalecimento do patrimônio do conhecimento organizacional, tendo originado inúmeros trabalhos de investigação e investimentos cada vez mais significativos por parte das organizações que reconhecem a sua crescente importância.

Utilizando a gestão do conhecimento a empresa diminui os gastos em produtos e começa a investir em capital intelectual, o que tem um melhor custo-benefício, pois o maior capital que a empresa possui é o conhecimento de seus colaboradores. Os colaboradores quando são ouvidos e podem dividir suas opiniões, se sentem valorizados e trabalham com paixão. Dessa forma o trabalho flui com maior eficiência, qualidade e dedicação.

A investigação na área da gestão do conhecimento está ligada a várias disciplinas, entre as quais, a gestão estratégica, a teoria das organizações, os sistemas de informação, a gestão da tecnologia e inovação, o marketing, a economia, a psicologia, a sociologia, etc, (Georg van Krogh, 2002).

A principal preocupação dos investigadores na área da gestão do conhecimento reside na busca da melhoria de desempenho das organizações através de condições organizacionais favoráveis, processo de localização, extração, partilha e criação de conhecimento, assim como através das ferramentas e tecnologias de informação e comunicação.

De forma geral, acredita-se que uma boa prática de gestão do conhecimento influencia direta e indiretamente o bom

desempenho organizacional e financeiro de uma empresa.

A gestão do conhecimento possui ainda o objetivo de controlar, facilitar o acesso e manter um gerenciamento integrado sobre as informações em seus diversos meios. Entende-se por conhecimento a informação interpretada, ou seja, o que cada informação significa e que impactos no meio cada informação pode causar, de modo que a informação possa ser utilizada para importantes ações e tomadas de decisões.

Sabendo como o meio reage às informações, pode-se antever as mudanças e se posicionar de forma a obter vantagens e ser bem sucedido nos objetivos a que se propõe. A Gestão do Conhecimento é um processo sistemático, apoiado na codificação, disseminação e apropriação de conhecimentos, com o objetivo de atingir a excelência organizacional.

5.2 Objetivos da gestão do conhecimento

A gestão do conhecimento tem como objetivos:

* Tornar acessíveis grandes quantidades de informação organizacional, compartilhando as melhores práticas e tecnologias;

* Permitir a identificação e mapeamento dos ativos de conhecimento e informações ligados a qualquer organização, seja ela com ou sem fins lucrativos (Memória Organizacional);

* Apoiar a geração de novos conhecimentos, propiciando o estabelecimento de vantagens competitivas.

* Dar vida aos dados tornando-os utilizáveis e úteis transformando-os em informação essencial ao nosso desenvolvimento pessoal e comunitário.

* Organiza e acrescentar lógica aos dados de forma a torná-los compreensíveis.

* Aumentar a competitividade da organização através da valorização de seus bens intangíveis.

6 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

“O conhecimento é um recurso chave para a

competitividade de qualquer negócio, através da apresentação de algumas práticas possíveis de serem implantadas em uma pequena empresa semelhante a sua, tornando-a mais produtiva e mais lucrativa.” (Skrobot, Danielsson, 2010).

6.1 Alcançar Metas

Camfield, 2005 afirma que o sucesso de uma organização depende basicamente da aceitação de seus produtos e serviços no mercado. Assim, o que determina a manutenção de uma organização em condições de competitividade e sua capacidade de oferecer produtos e serviços em um nível de qualidade aceitável pelo cliente.

Assim, as pessoas constituem-se no principal diferencial das organizações para enfrentar desafios e buscando alternativas para serem eficientes através da geração do conhecimento. Contudo, para que as pessoas sejam verdadeiros agentes de otimização dos resultados das empresas é preciso que algumas condições sejam satisfeitas como: a motivação econômica e a melhoria do ambiente de trabalho, plano de participação nos lucros, política de autonomia de resolução e incentivos.

Figura 3 - O conhecimento como vantagem competitiva

A educação e treinamento são imprescindíveis para desenvolver ainda mais a competência, e promover de forma planejada, a capacitação do funcionário. Assim, favorece a organização na redução de custos e desperdícios, e no ganho de competitividade sobre as concorrentes.

Fonte: Adaptado de Nonaka e Takeuchi (1997, p. 5)

6.2 Gerir Dados, Informações e Conhecimentos

Existe a distinção entre dado, informação e conhecimento.

Os dados são elementos brutos, sem significado, desvinculados da realidade. São, segundo Davenport (1998, p. 19), “observações sobre o estado do mundo”. São símbolos e imagens que não dissipam nossas incertezas. Eles constituem a

matéria prima da informação. Dados sem qualidade levam a informações e decisões da mesma natureza.

As informações são dados com significado. “São dados dotados de relevância e propósito” (Drucker apud Davenport, 1998, p.18). Elas são o resultado do encontro de uma situação de decisão com um conjunto de dados, ou seja, são dados contextualizados que visam a fornecer uma solução para determinada situação de decisão (MacDonough apud Lussato, 1991).

Conhecimento é uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação, contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências é informações. Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele costuma estar embutido, não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos, práticas e normas organizacionais (PRUSSAK e DAVENPORT, 1998).

6.3 Caráter Estratégico do Conhecimento

Três pontos principais acerca da natureza intrínseca do conhecimento são relevantes para a ação estratégica (Oliveira Jr, 2001):

* A definição de qual conhecimento realmente vale a pena ser desenvolvida pela empresa;

* As formas pelas quais é possível ou não que esse conhecimento venha a ser compartilhado pelas pessoas, construindo vantagem para a empresa;

* As formas pelas quais o conhecimento que constitui a vantagem da empresa pode ser protegido.

Fleury (2001), afirma que embora seja comum a disseminação e o compartilhamento do conhecimento por todos nas empresas, existem também conjuntos de conhecimento pertencentes somente a alguns indivíduos, a pequenos grupos ou a áreas funcionais.

O conhecimento é formado por informação, que pode ser expressa, verbalizada, e é

relativamente estável ou estática, em completo relacionamento com uma característica mais subjetiva e não palpável, que está na mente das pessoas e é relativamente instável ou dinâmica, e que envolve experiência, contexto, interpretação e reflexão (Nonaka & Takeuchi, 1997).

Duas partes constituintes do conhecimento, tratadas por muitos pesquisadores, entre eles Nonaka e Takeuchi (1997), onde são intrinsecamente relacionados são os formatos tácito e explícito.

6.3.1 Conhecimento Tácito e Explícito

Nonaka e Takeuchi (1997) definem o conhecimento tácito sendo muito pessoal e difícil de ser codificado, ou seja, expresso por palavras. Por essência, é pratico e é geralmente fruto de uma longa experiência, de uma convivência. Sua transmissão é extremamente complexa, pois necessita de interações prolongadas, acertos e erros.

O autor também define o conhecimento explícito que é qualificado de “objetivo” e mais simples de ser codificado, ou seja, formalizado com palavras, números e fórmulas, para ser transmitido rapidamente e em grande escala. Geralmente, é percebido como teórico e sua transmissão pode ser realizada muito formalmente.

Para completar estas definições dos tipos de conhecimento, os mesmos autores criaram o conceito de “espiral do conhecimento”, que explicitaremos no próximo tópico.

Figura 4 - Espiral do Conhecimento

Fonte: Adaptado de Nonaka e Takeuchi (1997, p.5)

A “espiral do conhecimento” é construída a partir da fluidez do conhecimento entre os quatro modos de conversão. Seu inicio ocorre através da socialização, pois o conhecimento só é criado pelas pessoas e deve ser compartilhado. Contudo, somente com a externalização é que o conhecimento compartilhado pode ser alavancado de forma

expressiva organizacionalmente. Essa etapa é fundamental para a inovação, pois quanto maior for a interação entre as pessoas, o conhecimento será mais fácil de ser difundido.

A combinação é a conversão do conhecimento explícito em conhecimento explícito. É possível quando os conhecimentos explícitos existentes podem ser combinados para gerar um novo conhecimento. Isto pode acontecer quando indivíduos combinam ou trocam conhecimentos através de e-mails, reuniões, documentos e até em conversas informais (MENDES, 2008).

A internalização é a conversão do conhecimento explícito em conhecimento tácito. Ele é criado através da interpretação dos conhecimentos explícitos que estão em manuais, livros, normas, comunicados e diversos tipos de documentos da empresa. Ele influencia diretamente a cultura do indivíduo receptor, podendo modificar seu comportamento profissional e até mesmo pessoal. Desta forma quando um novo conhecimento é disponibilizado para todos da organização muitos outros indivíduos ampliam ou reformulam o seu conhecimento tácito, ou seja, passam a internalizá-los. A internalização pode ser classificada como a forma de obter o conhecimento tácito ou know-how, que deverá ser colocado em documentos visando a facilitar a transferência para outras pessoas. (MENDES, 2008).

6.4 Gestão do Conhecimento nas Micro e Pequenas Empresas

As micro e pequenas empresas estão, em sua maioria, localizadas em pontos comerciais estratégicos que funcionam lado a lado com seus concorrentes. A competitividade, a criatividade e a inovação são características essenciais de um empreendedor que possui como objetivo o sucesso empresarial.

A gestão do conhecimento é uma nova prática gerencial que visa o aumento da competitividade das

empresas, o fortalecimento do patrimônio do conhecimento e o aumento da qualidade de vida dos funcionários, possibilitando assim o alcance dos resultados organizacionais esperados por colaboradores, gestores e proprietários.

Segundo Nonaka e Takeuchi (1997), algumas práticas podem ser adotadas pelas micro e pequenas empresas para garantir sua estabilidade e permanência no mercado:

* Melhoria da qualidade de vida dos funcionários: os funcionários são detentores do conhecimento na organização. Incentivar e valorizar a sua participação nos processos decisórios criando um ambiente de maior confiança e criatividade, contribui para que as pessoas se sintam importantes e mais comprometidas, resultando em maior desempenho organizacional.

* Inovar sempre: desenvolver habilidades para aprender mais rápido que seus concorrentes, adotar posturas de aprendizagem intensiva e de compartilhamento de experiências são ações de uma empresa que busca a inovação de seus processos, produtos e serviços para se manter no mercado.

* Registrar o conhecimento: o conhecimento cresce quando compartilhado, registrar o conhecimento tácito presente nas mentes das pessoas é transformá-lo em conhecimento organizacional explícito e acessível a todos, proporcionando melhoria nos processos e crescimento das habilidades administrativas.

* Planejar: o planejamento estratégico de uma organização a coloca sempre a frente de seus concorrentes. O conhecimento coletivo da organização adquirido por meio de conversão e compartilhamento de conhecimentos possibilita o desenvolvimento de estratégias organizacionais eficientes, tornando a empresa mais lucrativa e flexível às mudanças do ambiente externo.

7 A GESTÃO DO CONHECIMENTO COMO VANTAGEM

COMPETITIVA

Podemos afirmar que uma das principais vantagens competitivas que as empresas possuem é o capital humano, ou seja, estão nas pessoas que estão inseridas dentro das organizações, no conhecimento das pessoas que fazem parte e ajudaram a construir a história de cada empresa. Vivemos hoje num cenário em que o mercado é cada vez mais competitivo e dinâmico, o que exige das empresas uma administração flexível voltada para a Gestão do Conhecimento, que proporciona e dá uma importante contribuição para uma vantagem competitiva sustentável. O conhecimento assume cada vez mais o papel central nos processos produtivos e nos negócios.

Segundo VON KROGH (2001) “... o objetivo da Gestão do Conhecimento é estimular os profissionais a fazer um excelente trabalho e, ao mesmo tempo, captar o conhecimento de cada um e convertê-los em algo que a empresa possa utilizar – novas rotinas, novas ideias sobre clientes, novos conceitos de produtos”. Os administradores atuais estão diante de um grande desafio, que é o de encontrar a utilização da melhor forma possível dos conhecimentos existentes na própria empresa.

7.1 Fidelização de Clientes e Colaboradores

Para conquistar e manter a fidelização de seus consumidores faz-se necessário organizar de forma estratégica o conhecimento de clientes e colaboradores. O aprendizado que pode ser extraído dos clientes para geração de inovações é baseado em estudos comprovados que mostram que a maior parte das ideias originou da sugestão de clientes, que pode ser obtido na medida em que é estreitado o relacionamento.

Autores especialistas em Administração de Marketing como PHILIP KOTLER e KEVIN LANE KELLER afirmam ser fundamental para o sucesso das organizações estarem atentas às necessidades

dos consumidores. O domínio do conjunto de habilidades aliado às ferramentas de tecnologia, que favorece a comunicação com empresários e compartilha informações com os clientes e colaboradores, tem grande importância nas oportunidades que são oferecidas através de uma análise criteriosa das informações extraídas dos clientes, que tem diversificado muito em suas escolhas. É preciso ter bem definidas informações e conhecimentos relevantes de forma organizada para ser bem gerenciada.

Empresas devem conseguir encontrar um diferencial para seus produtos, com inovações permanentes que vão de encontro às necessidades e desejos de seus clientes. Para ter a fidelização de clientes e colaboradores as empresas precisam ter uma visão coesa em seus processos organizacionais com firmes propósitos de atingir a satisfação em tempo real. A Gestão do Conhecimento torna possível a construção desta realidade mediante análises estatísticas e cruzamentos de informações consistentes que permitam estabelecer abertura para uma efetiva comunicação através de contatos pessoais que analisam diferentes perspectivas, que levam a um relacionamento saudável e duradouro com clientes e colaboradores.

7.2 Ambiente Interno e Ambiente Externo

A globalização proporciona mudanças para o mundo dos negócios. As organizações dependem cada vez mais de estarem atentas aos fatores internos e aos fatores externos, que norteiam e direcionam os negócios. Nesse contexto, torna-se importante conhecer os fatores que são determinantes na cultura organizacional, bem como identificar os limites de atuação que precisam ser ampliados. Empresas bem-sucedidas em seus projetos organizacionais, com foco no conhecimento, devem dar atenção à sinergia entre os fatores internos e

externos, pois podem levar pequenas empresas a alcançar liderança de mercado, melhorar a qualidade de seus produtos, explorar nichos de mercado e aumento da lucratividade.

7.2.1 Ambiente Interno

Como já foi dito anteriormente, a principal vantagem competitiva das empresas se baseia no capital humano, no conhecimento tácito que seus funcionários possuem, pois eles conhecem o negócio, o funcionamento dos processos e carregam em si a história da empresa. Esses fatores internos são relevantes, pois provocam a gestão do capital intelectual, que é um processo de identificação, compartilhamento e melhor utilização dos conhecimentos de todos dentro de uma empresa, visando maior produtividade e lucratividade.

A integração do lado humano através de motivação, oportunidades de melhoria de vida, planos de benefícios e incentivos de aprendizado, são vivenciados na Gestão do Conhecimento como forma de garantir que os funcionários façam realmente a diferença competitiva, com o seu comprometimento. As vantagens oferecidas devem resultar no desenvolvimento de habilidades que serão utilizados em beneficio da empresa, que por sua vez deve utilizar a Gestão de Competências para identificar conhecimentos, habilidades e atitudes que são estratégicas ao negócio da empresa. Isso pode ser conseguido verificando quais competências já estão presentes e podem ser aplicadas e, em seguida, buscar o desenvolvimento das competências específicas e da capacidade inovadora de seus funcionários e colaboradores, que quando colocadas em ação, irão agregar valor ao negócio. Segundo TERRA (ano 1999, p 24,25.) em seu artigo, para o estímulo a um ambiente propício e favorável para um constante aprendizado e desenvolvimento de competências deve-se

assegurar que:

a) As pessoas sentem-se estimuladas pelo próprio trabalho;

b) As pessoas conversam umas com as outras, incluindo aquelas de diferentes níveis hierárquicos;

c) As relações são informais;

d) As pessoas têm tempo para aprender;

e) As pessoas não estão focadas apenas em sua área de trabalho e no curto prazo;

f) As pessoas falam abertamente sobre os erros passados e as lições aprendidas;

g) A empresa tem facilidade em atrair e manter os melhores talentos;

h) A atitude é uma das principais características na contratação de pessoal;

i) Os muitos indicadores de resultados são amplamente divulgados;

j) A discussão dos valores da organização é vista como algo altamente relevante.

Entendemos que para as organizações atingirem um ambiente propício ao aprendizado, é necessário organizarem seus processos com objetivos claros relacionados ao desenvolvimento e desempenho individual das pessoas.

Para garantir um processo de trabalho organizado, em equipes que estejam comprometidas, em atender às necessidades e satisfação dos clientes, as pessoas devem estar inseridas num ambiente de aprendizado, para adquirirem competências múltiplas, que lhes propiciam estímulos pelo próprio trabalho.

Interagir com todos os níveis dentro das empresas, com foco onde as opiniões são expressas, é favorável tanto para organização quanto para as pessoas que deram sua contribuição, e que esperam dos indicadores, os resultados esperados de forma clara e com transparência.

7.2.2 Ambiente Externo

Entre os fatores externos que necessitam ser considerados, podemos destacar os concorrentes que precisam ser monitorados em suas ações através do que chamamos de inteligência competitiva. Saber o que eles

estão fazendo e o que pretendem fazer são fatores que contribuem para assegurar a competitividade e abrem para as tendências do mercado.

No ambiente externo as empresas devem estar atentas, segundo ALVIM, PAULO C.R.C em artigo publicado (ano 1997, p 32):

* Explorar nichos de mercado;

* Pesquisas e oportunidades de mercado

* Possibilidade de alianças estratégicas com outras empresas;

* Busca do conhecimento externo à empresa pelo aprimoramento dos procedimentos de benchmarking de melhores práticas;

* Fontes de conhecimento externo à empresa por meio da mudança de foco que incorpora além da realidade atual, o desenvolvimento de mecanismos de construção de cenários para analisar tendências futuras.

7.3 Novos Públicos e Novos Mercados

As micro e pequenas empresas devem ter capacidade de criar processos efetivos de conversão entre os conhecimentos individuais, coletivos, tácitos e explícitos que resultam em novos produtos que tenham sucesso para conquistar novos mercados, e assim sobreviverem a alta competitividade existente.

As organizações cada vez mais estão utilizando de recursos tecnológicos para divulgarem seus produtos e serviços através da internet e publicidades, no intuito de atingir novos públicos e novos mercados onde são ampliados os negócios da empresa. A tecnologia se faz presente também em softwares de computador que possibilitam que as pessoas do ambiente interno compartilhem informações sobre os projetos em que estão trabalhando. As informações são inseridas no computador e ficam disponíveis para os tomadores de decisões.

Pesquisas de práticas de marketing descobriram que a principal razão do fracasso de novos produtos está relacionada com a incapacidade de adequar o produto

aos desejos e necessidades dos clientes, quando o produto não gera valor para os mesmos. Para evitar problemas desta natureza, os profissionais podem tomar medidas e adaptação às situações para que os processos sejam adequados e tenham envolvimento e cooperação dos vários departamentos, onde pessoas de várias funções são designadas para representar seu departamento numa equipe encarregada de desenvolver o novo produto.

A capacidade das pessoas lidarem com varias funções simultaneamente e obter consenso é um grande beneficio para a empresa, que é proporcionado pelo conhecimento de membros de diferentes funções trabalhando juntos em novos produtos. As ideias são geradas e o conhecimento é amplamente compartilhado, são analisadas suas próprias forças e deficiências, descobrem-se soluções viáveis para superação das dificuldades e problemas.

A parceria com outras empresas é também uma estratégia utilizada que fortalece a conquista de novos mercados, já que são trocadas experiências e conhecimentos entre as organizações. Em um levantamento com mais de 400 empresas de crescimento rápido, constatou-se que metade formava parcerias com organizações externas para desenvolver novos bens ou serviços (“Partinering for Products”, Inc., fevereiro 1996, p. 94).

A utilização de uma base de conhecimentos especializados conduz as organizações a focalizar melhor seus esforços no desenvolvimento de estratégias facilitadoras para lançar um novo produto direcionado para novos públicos e novos mercados.

8 INTERDISCIPLINARIDADE

Uma gestão do conhecimento bem desenvolvida na organização pode se tornar um diferencial para as micro e pequenas empresas, e também prolongar ou consolidar a sua presença em um mercado cada dia mais competitivo.

A percepção do gestor da oportunidade de crescimento que a gestão do conhecimento oferece a organização é o primeiro passo para sua implementação, e este conhecimento pode ser adquirido a partir do estudo da gestão do conhecimento como disciplina de administração empresarial.

As pesquisas realizadas pelo SEBRAE/MG e os materiais utilizados para a elaboração deste trabalho interdisciplinar apresentam a importância da Gestão do Conhecimento para as micro e pequenas empresas, os fatores relevantes da gestão e as conseqüências de sua utilização. Para o desenvolvimento da interdisciplinaridade deste trabalho utilizamos as disciplinas de Empreendedorismo e Comunicação Empresarial que nos apresentam ferramentas importantes para a Gestão de Conhecimento, disciplina base da interdisciplinaridade.

A disciplina de Empreendedorismo apresenta as características necessárias de um empreendedor de sucesso, e o plano de negócio: principal ferramenta para analisar o mercado como um todo e seus segmentos mais rentáveis. Antes de “dar vida” a um novo empreendimento, buscar conhecimento sobre gestão de empresas é necessário para o empreendedor desenvolver suas habilidades presentes em seu perfil no seu dia-a-dia.

A disciplina de Comunicação Empresarial apresenta as diretrizes para as micro e pequenas empresas se comunicarem internamente com seus colaboradores, dando sempre um “feedback” dessa interação, com objetivo de criar um ambiente melhor para se trabalhar, motivando os colaboradores a se sentirem importantes para a empresa, resultando em um melhor desempenho organizacional. A Comunicação externa também possibilita o empreendedor a melhorar a imagem da empresa, conhecer as necessidades, o nível de satisfação dos clientes e o

posicionamento da empresa no mercado.

A Gestão do Conhecimento é a disciplina “chave” para a elaboração deste trabalho e sua análise possibilita conhecer a importância da Gestão do Conhecimento para as Micro e Pequenas Empresas. As ferramentas dessa disciplina mostram que gestão do conhecimento está presente em todas as atividades operacionais da empresa, e que quando bem utilizadas podem ser um diferencial da empresa frente os concorrentes.

Dentro da organização o gestor pode utilizar uma ferramenta conhecida como a espiral do conhecimento para transmitir, compartilhar, registrar e ampliar o conhecimento dos colaboradores da organização por meio de socialização, externalização, combinação e internalização. Seguindo as diretrizes da espiral do conhecimento a empresa pode ter maiores possibilidades de sucesso no mercado.

É importante para o empreendedor o conhecimento, de ferramentas organizacionais que agregam valor para a empresa e que configuram vantagem competitiva, proporcionado pelo estudo das disciplinas do curso de administração.

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao finalizarmos este estudo podemos analisar a importância da Gestão do Conhecimento para as micro e pequenas empresas, como diferencial competitivo. Enfrentar os desafios do mercado atual, em que o conhecimento assume cada vez mais o papel central nos processos produtivos e nos negócios, exige das empresas novas estratégias.

As pesquisas realizadas pelo SEBRAE/MG entre os anos de 2000 e 2001, e que servem de referência até o atual momento, demonstram os fatores de insucesso das micro e pequenas empresas. As dificuldades para desenvolverem novas estratégias de vendas, a falta de planejamento, mão-de-obra desqualificada e a inflexibilidade para se adaptarem as

exigências do mercado, acabam contribuindo para o fracasso dessas empresas.

Levando-se em conta o objetivo deste trabalho interdisciplinar, é possível concluir que uma das principais vantagens competitivas que as empresas possuem são as pessoas. A interdisciplinaridade desenvolvida neste trabalho permitiu compreender que são necessários conhecimentos técnicos e habilidades, do empreendedor, para a escolha de um modelo eficiente de comunicação, para se relacionar com seus colaboradores.

Buscar alternativas eficientes através da geração do conhecimento e melhoria da qualidade de vida dos funcionários contribui para o desempenho organizacional e criação de vantagem competitiva sustentável para tornar a empresa mais produtiva e lucrativa.

Este trabalho possibilitou ainda o surgimento de uma visão crítica sobre a importância da Gestão do Conhecimento para as micro e pequenas empresas. Acreditamos na contribuição do nosso trabalho para auxiliar os futuros administradores, e os administradores que passaram pelo fracasso empresarial, a se adaptarem as exigências do mercado por meio de práticas gerencias que estimulam os profissionais a captar conhecimentos e a transformá-los em novas idéias e novos produtos/serviços.

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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