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A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Por:   •  2/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  4.699 Palavras (19 Páginas)  •  169 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

ADMINISTRAÇÃO

BRUNO PAIXÃO CARDOSO

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RIO DE JANEIRO

2019

BRUNO PAIXÃO CARDOSO

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Artigo apresentado ao Curso de Administração da Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro como forma de produção acadêmica para o Trabalho de Conclusão de Curso. Orientadora: Prof.ª. CLAUDIA MARCIA PEREIRA LOUREIRO

RIO DE JANEIRO

2019

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Aluno: Bruno Paixão Cardoso

Orientadora: Claudia Marcia Pereira Loureiro

RESUMO

Por muitos anos, tem-se percebido a relação direta entre a motivação dos servidores e a Administração Pública. O objetivo deste trabalho é trazer uma pesquisa que visa a elucidação desses aspectos motivacionais, enfatizando a necessidade de uma administração profissionalizada e motivada, capaz de garantir a finalidade pública que é promover o bem-estar da população, através da prestação de serviços de qualidade. Para isso serão analisados os principais aspectos conceituais acerca da motivação, a Administração Pública e seus fundamentos Constitucionais, o papel do Gestor Público e como os aspectos motivacionais afetam a Administração Pública.

Palavras-chaves: Motivação, Gestor Público, Administração Pública.

1 INTRODUÇÃO 

Administração Pública representa o aparelho estatal, através de um conjunto de órgãos, agentes e governo. Para atingir o principal objetivo do Estado, o interesse público, a Administração se regula por um ordenamento jurídico, assim como por princípios que balizam a sua atuação. Por sua vez, o agente público pode ser concebido como aquele que representa o Estado de Direito, seja no papel de cumpridor da lei ou de responsável por materializar a função do Estado. Mas será que é possível concretizar uma gestão eficiente e efetiva para a sociedade sem a valorização da motivação na Gestão Pública?

Segundo Chiavenato (2005), um dos maiores desafios das organizações é motivar e manter motivadas as pessoas do seu quadro profissional, de modo a torná-las mais decididas e comprometidas com os objetivos do órgão, assim como bem-sucedidas através do seu trabalho. O autor destaca que é difícil definir a palavra motivação, pois é um termo que não tem um consenso absoluto até o momento. Chiavenato (2005) afirma que a aplicação dos conceitos no cotidiano das organizações é algo mais complexo ainda.

BERGAMINI (1997, p.129) aponta algumas situações que trazem motivação, como: “desfrutar de uma convivência social harmônica, reconhecer-se importante dentro do grupo e conhecer a repercussão social das suas ações”. Nesse sentido, CHIAVENATO (2005, p.242) ressalta que “para poder proporcionar resultados, o talento humano precisa estar envolvido em um ambiente de trabalho baseado em um desenho organizacional favorável e em uma cultural organizacional participativa e democrática”. Deste modo, o autor revela a necessidade de meios que tragam motivação para os envolvidos com a organização.  

Para Kanaane (2010), a motivação é como uma mola propulsora da conduta humana e o porquê de o público interno dos órgãos públicos ter que ser constantemente desenvolvido profissionalmente, assim como ter sua carreira valorizada. Observa-se que políticas públicas estão sendo criadas a fim do aperfeiçoamento da gestão pública e da consciência que “a gestão eficiente decorre do conhecimento pleno da função do agente público enquanto legítimo representante do Estado, para atuar no interesse público” (KANAANE, 2010, p. 30).  

Sendo assim, a aplicação e o entendimento da importância do processo motivacional tornam-se indispensáveis para a Administração Pública, uma vez que gestores públicos tendem a ser mais produtivos quando utilizam plenamente suas capacidades, apoiados através de políticas que garantam os seus direitos e desenvolvimento.  E, por fim, atinjam o bem-estar social.

Este trabalho adotou o tipo Pesquisa Bibliográfica, através da coleta de dados em materiais teóricos que abordam o tema. A pesquisa é de caráter qualitativo, visto que não se utilizou instrumentos estatísticos. O objeto estudado foi analisado em termos de seu significado e da revisão de literatura.  

O trabalho tem relevância na Gestão Pública, pois traz uma pesquisa que visa ao entendimento dos aspectos motivacionais dentro do contexto da Administração Pública. Tal estudo pode contribuir também para a compreensão do papel do servidor/empregado público, seja no de cumpridor da lei, assim como no de instrumento do desenvolvimento social. Além do mais, essa pesquisa poderá agregar conhecimento e qualidade à classe profissional em questão, uma vez que o trabalho desenvolvido é entendido como um acréscimo ao seu próprio bem-estar. Portanto, o trabalho poderá enfatizar a necessidade de uma administração profissionalizada e motivada, capaz de garantir a finalidade pública.  

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 MOTIVAÇÃO

Vergara (2005), na introdução aos estudos acerca da Motivação, alerta que o processo motivacional é um processo contínuo e não um produto acabado, ou seja, configura um ciclo permanente, onde os indivíduos sempre encontrarão à frente algo a motivá-los. A autora aponta que “ninguém motiva ninguém. Nós é que nos motivamos, ou não. Tudo o que os de fora podem fazer é estimular, incentivar, provocar a motivação” (VERGARA, 2005, p.42).                          

Para Bergamini (1997), a motivação tem variedades de formas comportamentais e revela que as pessoas não fazem as mesmas tarefas pelas mesmas razões. A estudiosa esclarece que os comportamentos dos indivíduos dependem de seus princípios e valores, variam de pessoa para pessoa, assim como as necessidades e motivação de cada um.  Ainda segundo a autora, a motivação pode ser compreendida como “aquelas tentativas de conhecer como o comportamento é iniciado, persiste e termina” e isto para a mesma “implica conhecer aqueles tipos de escolhas que são feitas, uma vez que tais escolhas seguem a orientação proposta pela individualidade de cada um” (BERGAMINI, 1997, p. 30).  

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