A INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA DE PACIENTES DE COVID-19
Por: Alessandra Araújo • 30/6/2020 • Trabalho acadêmico • 520 Palavras (3 Páginas) • 196 Visualizações
Aluna: Larissa Yasmin
Internação compulsória de pacientes de COVID-19
Lastimavelmente, o planeta Terra novamente se deparou com mais um vírus que trouxe preocupação para toda humanidade, o então chamado informalmente de corona vírus, deu início na China em Wuhan no final de 2019 e hoje assola os 5 continentes. É possível dizer que a doença tem vários sintomas, entre eles os principais são falta de ar, febre e dor de cabeça, além disso, os meios de contaminação são vastos, abrangendo um simples aperto de mão, uma tosse perto das vias nasais ou até mesmo um toque em um objeto contaminado a dias anteriores.
O método adotado para a prevenção do terrível vírus foi chamado de “quarentena”, na qual, as pessoas não saem de casa em nenhuma circunstância, para assim não se contaminar. Entretanto, aquelas que são obrigadas a sair, devido a trabalho, recomenda-se o uso de máscaras e álcool em gel a todo instante para diminuir as chances do vírus contamina-los. Ademais, as pessoas já contaminadas ou com suspeitas devem ficar em isolamento absoluto, sendo internadas compulsoriamente pelo governo, para evitar a maior proliferação do Covid-19 ou poderia até mesmo serem presas, caso não aceitassem.
De acordo, com o livro Justiça de Michael J. Sandel, é possível analisar um ponto de vista que diz respeito a forma com que são tratados os humanos em sociedade. O livro aborda em seu início, o que traz o pensamento utilitarista, que por sua vez, despreza os naturalistas e discorda de suas ideias, mostrando que o certo é se basear sempre em contextos práticos, pois o agente moral deve analisar a situação antes de agir, e sua ação deve ter por finalidade proporcionar a maior quantidade de prazer (bem-estar) ao maior número de pessoas possível para que seja moralmente correta. Portanto, para esse pensamento, as pessoas com Covid 19 devem sim, serem obrigadas a ficar em isolamento para prezar para o bem comum do resto das pessoas ao seu redor, que são a maioria, deixando absolutamente de lado o Artigo 5°, que traz o direito de ir e vir.
Ao contrário dos utilitaristas, é possível analisar o ponto de vista de São Tomás de Aquino de outra forma, o filósofo aristotélico discordava do seu mestre Aristóteles que defendia o Estado como supremo e dizia que o fim do homem não era o Estado, mas sim o contrário, o fim mediato do Estado é servir ao homem, garantindo-lhe os direitos básicos da vida. Portanto, isso quer dizer que os homens não estão sujeitos ao controle e a vontade do Estado, e sim o Estado está sujeito ao homem, que tem como supremacia maior Deus. Assim, a ideia inspirada em Genesis, mostra que Deus trata a todos com igualdade, e seria uma afronta ao homem e também ao Senhor todo poderoso, o Estado obrigar pessoas a serem internadas compulsoriamente, sendo que todos são iguais, todos tem o mesmo direito e a função do Estado é simplesmente servir ao homem.
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