A Leitura de Acadêmicos da Administração
Por: GabiMe2021 • 10/6/2021 • Resenha • 1.684 Palavras (7 Páginas) • 90 Visualizações
Empresas e a gestão do trabalho visando maior produtividade:
Empresas e a gestão do trabalho visando maior produtividade: escolas, conceitos
e pensadores.
A análise das estruturas ligadas à produção de bens e capital por parte de qualquer
corporação permite levantar alguns conceitos primários sobre o que é de fato uma
empresa, seu objetivo e papel.
Tem se ouvido muito atualmente sobre o papel social das empresas e em como
elas devem contribuir para a sociedade, mas por baixo desses discursos, que podem ser
reais para algumas – uma parcela bem pequena – corporações, uma empresa é
constituída pelo ajuntamento de pessoas com o objetivo de gerar e se apropriar de
excedentes. Ou seja, fazer algo que represente valor para determinado um mercado que
esteja disposto a pagar por isso, gerando uma relação positiva entre o capital investido e
o lucro obtido.
As empresas existem com o propósito de gerar uma equação positiva entre os
esforços empregados e os resultados obtidos, a fim de gerar a manutenção da estrutura
produtiva por meio da obtenção de lucros e de espaços de crescimento.
Para isso, as corporações, das pequenas às grandes, têm em vista duas coisas:
seu mercado de atuação (externo) e sua estrutura organizacional (interna). A definição
do funcionamento das regras e caminhos que a empresa irá trilhar vai depender desses
dois pontos, pois é a partir do entendimento do mercado que é definida a necessidade
que determinado produto/serviço atenderá e como gerar valor a partir disso, e dentro da
estrutura os processos de “como fazer, onde distribuir e quanto cobrar” são
estabelecidos.
Logo, olhando para o mercado, a organização entende seu cenário de atuação –
concorrentes, movimentos de mercado – e busca a maneira efetiva de construir relações
com seus fornecedores e clientes. Ao olhar para a estrutura organizacional, qualificando
processos, recursos, relações a organização se torna capaz de entregar soluções de
qualidade pelo custo ideal
É preciso enxergar a empresa como um mecanismo de frentes integradas,
sabendo que cada decisão tomada influenciará os resultados, como um relógio que
funciona perfeitamente de acordo com a boa manutenção e regulagem de cada uma de
suas peças.Já existem diversos mecanismos de como estabelecer processos e medir
resultados, mas ao olhar o cenário das empresas brasileiras é difícil visualizar a aplicação
de conceitos básicos de metrificação de resultados sendo aplicados de maneira efetiva e
mais, empresas, principalmente de pequeno e médio porte, muitas vezes não enxergam
que as decisões dentro da estrutura organizacional impactam diretamente a taxa de
retorno, se tornando menos eficientes e crescendo aos trancos e barrancos por falta de
uma gestão básica.
Aqui, cabe um retorno às origens da gestão acadêmica para buscar meios de
gestão aplicáveis e compreensíveis. Quem sabe assim haja uma luz para organizações
que estão “vivas por intervenção de forças quase místicas”.
Onde tudo começou
Após a segunda revolução industrial houve um aumento exponencial na indústria
e consequentemente nas relações de trabalho (empregado-patrão). Até então, não se
pensavam as formas de trabalho dentro de estruturas organizacionais, as coisas ocorriam
de forma solta, onde o trabalhador aprendia determinada tarefa e simplesmente seguia
fazendo. Foi a partir desse período, nas últimas décadas do século XIX em diante, que
surgiram os primeiros teóricos da Administração Clássica.
Esses pensadores eram, em sua grande maioria, engenheiros buscando formas
de otimizar os processos de trabalho a fim de maximizar o retorno das empresas que
representaram grandes transformações na indústria. Entre eles está Frederick W. Taylor,
o engenheiro que desenvolveu um sistema de normas visando o aumento da
produtividade e até hoje considerado pai da Administração Científica.
Os conceitos de Taylor, embora considerados retrógrados por muitos nos dias
atuais, ainda é um dos mais aplicados, principalmente em regiões de baixo
desenvolvimento tecnológico ou competências consideradas de baixa tecnicidade, onde
o trabalhador, em geral, é escolhido para um trabalho de acordo com suas competências
para determinada função, tem suas atribuições estritamente definidas e desenhadas e é
remunerado de acordo com sua capacidade produtiva.
A primeira coisa que vem à mente ao pensar nesse tipo de modelo são trabalhos
praticamente análogos à escravidão como cortar cana, colher algodão, mas é fato que muitas tarefas que atualmente exigem certo nível de tecnicidade seguem um modelo
similar, como telemarketing, vendedores, serviços em geral (pedreiros, cabeleireiros,
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