A Liderança Na Administração

A matéria estudada nesse semestre de Gestão Empresarial abordou diversos aspectos que são capazes de levar qualquer organização do mundo corporativo ao sucesso. Entender o ciclo de vida das organizações, realizar a boa gestão de desafios, trabalhar com a inovação e entender que diversos cenários podem aparecer na frente de um gestor, foram alguns dos assuntos abordados em sala de aula. Apesar do peso de cada um desses assuntos, a boa execução de qualquer aspecto apresentado não é possível sem uma boa liderança.

A alta competitividade de mercado exige que as organizações entreguem bons resultados a todo momento. O aumento de indicadores, objetivos e metas em cada processo das organizações são as ferramentas utilizadas para que a gestão de resultados seja milimetricamente observada e entregue com os resultados esperados. Com o aumento do controle sobre cada passo dado pela organização, o ambiente se tornou mais desafiador, com altos índices de pressão e estresse. Portanto, somente uma boa liderança para equilibrar todo esse contexto.

A empresa de consultoria Bersin by Deloitte realizou uma pesquisa com organizações de 130 países. A pesquisa sinalizou que 89% das organizações consideram a formação de líderes uma questão muito importante, mas apenas 13% afirmaram que são excelentes na geração de bons líderes e 7% na excelente formação de jovens líderes. Esses dados assustam um pouco, pois, conseguimos identificar que trabalhar no desenvolvimento de bons líderes não é a preocupação de muitas organizações.

Outra pesquisa realizada pela empresa de consultoria de recrutamento Michael Page, aponta que 8 de 10 funcionários deixam a empresa por causa do líder. Os três motivos mais citados pelos funcionários no momento de desligamento são: falta de crescimento profissional, falta de inspiração e exemplo e a falta de feedbacks. Decisões gerenciais equivocadas e mal planejadas, a falta de senso de organização e a falta de uma gestão eficiente, acabam desgastando o relacionamento entre o líder e os seus liderados.

Com o avanço da tecnologia, surgiram diversos softwares capazes de ajudar os líderes na gestão dos seus colaboradores. A análise de dados está em alta e a gestão de pessoas não ficou para trás com o aparecimento dessa nova ferramenta. O People Analytics ou análise de pessoas é uma nova metodologia que realiza uma abordagem orientada a dados que coleta, organiza e diagnostica dados sobre as equipes da empresa ajudando os líderes a tomarem as decisões mais assertivas no que está relacionado a pessoas.

Em resumo, uma boa liderança é formada por diversos aspectos técnicos e emocionais que fazem tal posição ser executada com maestria. Algumas características que formam um bom líder são: Desenvolver o time, comunica-se com eficiência, encorajar o pensamento estratégico, ser um ouvinte ativo, delegar de forma inteligente, assumir responsabilidade, ter empatia e por último e não menos importante, ter uma boa inteligência emocional, pois, sem essa característica, fica muito mais difícil alcançar as outras habilidades.

Infelizmente falar sobre inteligência emocional e saúde mental nos dias de hoje é um tabu para muita gente e para muitas organizações. Mas diante do cenário de pandemia e pós- pandemia, conseguimos identificar que esse tema ganhou muita notoriedade, pois, nos encontramos tendo que administrar todas as emoções advindas com essa nova realidade: tristeza, medo, incerteza e insegurança. Diante de tantos desafios, os líderes das organizações precisam estar preparados para orientar pessoas e suas adversidades.

Para cumprir com esse papel, é essencial que esses profissionais também estejam com a saúde mental em dia, assunto esse que é abordado no livro do Daniel Goleman: Liderança

- A inteligência emocional na formação do líder de sucesso. O autor descreve inteligência emocional como uma série de competências que estão diretamente ligadas à habilidade de identificar as suas próprias emoções e as emoções das outras pessoas. Liderar uma equipe de alta performance é conviver em ambientes com pressão, estresse e conflitos.

Todo esse ambiente e todos esses desafios foram intensificados durante a pandemia e após a pandemia, devido aos resquícios deixados pela doença. Saber identificar as suas emoções, identificar as emoções do seu time e trabalhá-las com êxito, ficou ainda mais difícil devido ao momento enfrentado. O líder sem inteligência emocional, tende a deixar o clima desconfortável para a equipe. A ausência dessa habilidade faz com que o time fique mais introspectivo com as ideias e emoções, impactando diretamente no ambiente.