A Organização do Trabalho
Por: Diogo Oliveira • 21/10/2018 • Resenha • 1.527 Palavras (7 Páginas) • 208 Visualizações
A Organização do Trabalho - Taylorismo e Fordismo
A Organização da Gerência - A Teoria Clássica da Administração
A Organização do Trabalho
Taylorismo
Com as mudanças provocadas pela revolução industrial, iniciou-se uma busca por formas de tornar a produção nas fábricas cada vez mais eficiente, com grande foco no papel que os seres humanos deveriam desempenhar na linha de produção.
Um dos mais importantes a investigar essa questão foi Frederick Taylor. Preocupado em como aplicar de forma eficiente a mão de obra humana dentro das organizações industriais, Taylor desenvolveu seu estudo de Tempos e Métodos, onde descreveu a necessidade de tornar o ser humano apenas mais uma engrenagem na “máquina de produção”, que tinha como função desempenhar uma tarefa específica de forma padronizada e precisa, com atenção ao tempo gasto para executá-la.
O estudo de Taylor iniciou o movimento de administração científica, que trouxe maior precisão às tarefas executadas na indústria e solucionou muitos dos problemas relacionados à engenharia humana. Esse movimento também foi responsável por estimular uma série de novos estudos focados na influência das limitações fisiológicas dos seres humanos na execução de suas tarefas, tais como fadiga física e mental, velocidade, perícia.
Esses estudos, que vieram a originar a teoria fisiológica da organização, enxerga a neurofisiologia do organismo humano sob a perspectiva de quatro títulos:
- Capacidade, que se refere ao ritmo de produção máximo permitido pelo organismo;
- Velocidade, que se refere ao tempo médio que o ser humano leva para executar tarefas específicas, tendo em vista esforço e habilidades individuais;
- Capacidade, que se refere à fadiga física;
- Custo, que se refere aos custos de tempo e dinheiro necessários para a execução de uma tarefa.
O resultado mais importante desses estudos foi o princípio da economia de movimentos, que traz uma série de medidas focadas na redução dos movimentos necessários para a execução de tarefas, no arranjo do local de trabalho e no desenho das ferramentas de trabalho, sempre visando maior eficiência.
Fordismo
Henry Ford, em conjunto com outros onze homens, fundou em 1903 a Ford Motor Company. Anos depois, os lucros gerados pela companhia permitiram a Ford comprar as partes pertencentes aos outros sócios. O conjunto de medidas adotadas por Ford para aumentar a produtividade de sua companhia e depois adotadas também pelo resto do mundo ficou conhecido como Fordismo.
Henry Ford acreditava que precisa aproveitar cada segundo de seu tempo, idéia que interferiu diretamente em sua forma de administração. As fábricas da Ford se organizavam de forma que se fosse aproveitado cada segundo em que os operários estivessem presentes. A linha de montagem movida à volante magnético, introduzida à fábrica da Ford em Highland Park - Detroit no ano de 1913, talvez seja o maior reflexo disso, sendo também o símbolo mais memorável do fordismo. As peças eram movidas através das esteiras mecânicas e de ganchos na exata ordem em que seriam necessárias na montagem dos carros, e os operários permaneciam em posições fixas na linha de montagem, executando funções especificas no tempo ditado pela esteira.
O mercado automobilístico na época (início do século XX) estava extremamente aquecido, e as montadoras em Detroit estavam sempre em busca de mais operários. Com a Ford não era diferente. Havia uma alta rotatividade da mão-de-obra nas fábricas e os empregados eram submetidos um tratamento extremamente duro por parte dos supervisores. O trabalho era monótono e cansativo. Essas difíceis condições enfrentadas pelos trabalhadores deram origem a diversos sindicatos e movimentos radicais.
A Ford criou diversos programas ao longo dos anos para incentivar uma maior identificação de seus funcionários com a companhia. Entre esses programas vale destacar o programa “Parceiros no Progresso” que oferecia aos empregados a possibilidade de comprar automóveis Ford em condições especiais. Vale destacar também o “Dia de Cinco Dólares” que aumentava a remuneração e reduzia a jornada de trabalho para os empregados que preenchessem certos requisitos estabelecidos pela Ford.
Em contra partida, Ford dirigia sua companhia com mãos-de-ferro, e adotou várias medidas ao logo de sua diretoria para combater os sindicatos e minar a união de seus empregados. Ford acreditava ainda que seus empregados devessem seguir com um estilo muito específico de vida que ele próprio considerava ideal, exaltando a cultura americana. Ford condenava o consumo de bebidas alcoólicas, a promiscuidade, o homossexualismo e a prática de jogo, e para garantir que seu ideal fosse obedecido, Ford promovia investigações constantes da vida de seus empregados fora da fábrica.
Constantes confrontos com os sindicatos, bem como conflitos com o governo americano depois da crise de 1929, forçaram Ford a assinar um acordo garantindo melhores condições de trabalho aos seus empregados 1941.
Posteriormente, o Fordismo foi adotado por diversos países no mundo todo, se adequando à realidade de cada um deles.
A Organização a Gerência
A Teoria Clássica da Administração
Assim como o Taylorismo, a teoria da administração vem com o intuito de tornar o trabalho mais eficiente, dessa vez com foco no âmbito administrativo.
Para aperfeiçoar o processo administrativo das organizações, era necessário, utilizando cálculo matemático, encontrar a forma mais eficiente possível de se dividir um conjunto de tarefas entre determinado número de funcionários. No entanto, esse ideal se torna inviável quando se percebe que cálculos matemáticos não levam em consideração o comportamento humano e especificidade das tarefas, o que torna impossível a elaboração de uma equação aplicável a todos os casos. A partir desse ponto, diversas formas de organizar a administração foram criadas, cada uma adequando-se a diferentes tipos de situações e organizações.
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