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A evolução tecnológica e da globalização

Por:   •  8/4/2024  •  Trabalho acadêmico  •  3.142 Palavras (13 Páginas)  •  59 Visualizações

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Introdução:


O termo novas economias geralmente se refere às transformações econômicas e sociais decorrentes da evolução tecnológica e da globalização. Essas mudanças têm impacto significativo na forma como as empresas operam, na estrutura da economia e na vida das pessoas, gerando uma pressão competitiva muito alta, principalmente para as micros, pequenas e médias empresas para se manter no mercado (LLORENS, 2001). Considera-se nova economia, Segundo Nascimento (2012): [...] a readequação nos modos de produção e consumo de material [...]. As novas economias podem incluir várias tendências e setores emergentes, tais como: Economia compartilhada - baseada na ideia de que pessoas ou empresas compartilham bens e serviços em vez de possuí-los individualmente. Incluem serviços de compartilhamento de carros e bicicletas, coworking (trabalho colaborativo), hospedagem e transporte (MADEIRA, 2016, MESSIAS, 2017; REIS; URANI, 2011. De acordo com Mont (2004), colaboração surge como uma forma alternativa para lidar com padrões de comportamentos não sustentáveis. Economia verde - focada na promoção da sustentabilidade e na redução do impacto ambiental das atividades econômicas. Geralmente empresas que produzem energias renováveis, tecnologias de eficiência energética e materiais recicláveis. Essas tendências e setores emergentes estão mudando a forma como as empresas operam, como as pessoas trabalham e como as economias são estruturadas. As novas economias também trazem novos desafios, como a regulação de empresas que operam em múltiplas jurisdições e a necessidade de garantir que essas transformações econômicas sejam inclusivas e sustentáveis a longo prazo.

Em meio a todas essas dificuldades, surgem os Arranjos Produtivos Locais, grupos de empresas, instituições e governos que trabalham juntos em uma determinada região geográfica para impulsionar o desenvolvimento econômico local. Segundo Marini e Silva (2012): As APLs se constituem em uma das possibilidades para o desenvolvimento regional. Os APLs podem desempenhar um papel importante, especialmente em áreas como a economia criativa, economia colaborativa e economia digital. Isso ocorre porque essas novas economias muitas vezes dependem de colaboração e inovação para crescer e prosperar. Os APLs podem ajudar a criar as condições necessárias para isso acontecer. Por exemplo, em um APL voltado para a economia criativa de empresas com diferentes setores podem trabalhar juntas para criar produtos inovadores e atrair mais investimentos para a região. Já em um APL voltado para a economia digital, como empresas de tecnologia podem trabalhar com instituições de ensino e órgãos governamentais para desenvolver talentos locais e criar um ecossistema de inovação que possa atrair investimentos estrangeiros.

Sendo assim, faremos uma abordagem sobre o APL de Franca, mostrando o quão importante foi a criação desse aglomerado de fabricas de calçados para o desenvolvimento dessa região.

Esse projeto usará, como método, a pesquisa bibliográfica, a partir de consultas ao material fornecido na biblioteca do PI, também na internet, material em artigos online e PDFs. 

Desenvolvimento:

A gestão das micro, pequenas e médias empresas (MPME) e sua sustentabilidade no longo prazo tem se mostrado um grande desafio, considerando a alta pressão competitiva em um ambiente cada vez mais globalizado e interconectado, que exige esforços de inovação cada vez mais rápidos e intensos. O interesse de instituições e autoridades públicas em incentivar e mapear o potencial dos pequenos negócios, com foco no desenvolvimento econômico e social, ainda é bem discreto (LLORENS, 2001).

Para as MPME, a concentração nos aglomerados produtivos é um recurso utilizado para superar os obstáculos exigidos, por causa do seu pequeno porte, pois por meio de vínculos existentes nesses aglomerados, para essas unidades industriais, é possível simular o funcionamento de grandes indústrias em termos de tamanho e abrangência sem incorrer nos altos custos a elas inerentes, custos estes relativos à controle, administração, comunicação, seleção e treinamento de funcionários, negociações contratuais, comercialização, etc (GARCIA; COSTA, 2005).

Essas aglomerações produtivas são muitas vezes constituídas por um grande número de micro e pequenas empresas que, até 1970, não eram consideradas importantes agentes de desenvolvimento econômico; mas a partir daí começaram a ser incluídas no debate, visando encontrar uma forma de se desenvolverem. Nota-se, portanto, que o porte dessas empresas, quando reunidas, formam polos produtivos “capazes de exercer vantagem competitiva, o que não seria possível se os produtores operassem isoladamente. Assim, as economias externas justificam a importância da concentração geográfica das empresas. (SOUSA, 2009).

Pinheiro (1993) explica que a concentração geográfica é uma estratégia que as empresas manufatureiras "flexíveis" têm adotado para reduzir seus custos e dificuldades de transação e maximizar sua viabilidade, seu acesso à cultura de informação contextual da empresa. Isso é possível pela economia externa que eles geram. Marshall (1996) lista vários benefícios importantes entre essas economias, sendo o primeiro a disponibilidade de mão de obra especializada no segmento industrial da aglomeração, o que reduz os custos de treinamento e qualificação. O segundo é a presença de unidades industriais fornecedoras de bens e prestadores de serviços requeridos pela atividade industrial dominante, facilitando e dando acesso a insumos e serviços mais baratos. A terceira é a enxurrada de conhecimento e tecnologia (spill over) proporcionada pela atmosfera industrial criada no processo de aglomeração.

A nova tendência no mercado financeiro é a economia colaborativa, que está revolucionando e facilitando a vida das pessoas com o propósito de diminuir o custo benefício e compartilhamento dos serviços.

De acordo com o Sebrae (2017), a economia colaborativa (compartilhada ou em rede, como também é conhecida) é um movimento de concretização de uma nova percepção de mundo. Ela representa o entendimento de que, diante de problemas sociais e ambientais que se agravam cada vez mais, a divisão deve necessariamente substituir o acúmulo. Trata-se, assim, de uma força que impacta a forma como vivemos e, principalmente, fazemos negócio.

No Brasil, a aglomeração de indústrias de diferentes portes envolvidas na produção de um determinado produto, como dissemos anteriormente, é chamada de Arranjo Produtivo Local (APL), pois se entende que esses aglomerados nos países em desenvolvimento possuem características específicas. Segundo o Sebrae (2003), APL nada mais é do que aglomerações de empresas localizadas em um mesmo território, demonstrando especialização na produção e mantendo vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.

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