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A formulação da Estratégia como um processo de concepção

Por:   •  30/4/2015  •  Resenha  •  1.702 Palavras (7 Páginas)  •  272 Visualizações

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Escola de Design - A formulação da Estratégia como um processo de concepção

O livro Safári da Estratégia estabelece 10 escolas as quais dão meios de formulação da estratégia a partir de análises das mais diferentes formas. Com base no Livro Safári da Estratégia de Mintzberg H. discorremos sobre a historia da escola de Design, bem quanto suas premissas, pontos fortes e fracos, sua crítica e também da sua famosa e principal ferramenta que até hoje é utilizada, a matriz de SWOT.

A FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA COMO UM PROCESSO DE CONCEPÇÃO
Pretende-se, ao longo deste texto, discorrer sobre as principais ideias e estratégias desenvolvidas pelos teóricos da “Escola de d.”, apontoando suas características mais notórias, desde sua origem até os tempos atuais. 
A escola de Design apresenta um dos mais influentes processos para a elaboração da estratégia. Em sua versão mais simples ela propõe a formulação de estratégias que buscam atingir uma adequação entre as capacidades internas e as possibilidades externas, tendo sua principal ferramenta a famosa matriz de SWOT, que avalia os pontos fortes, pontos fracos, além das oportunidades e ameaças do ambiente (MINTZBERG et al.,2010).
Para Miles e Snow (1994), “[..] a estratégia econômica será vista como a união das qualificações e oportunidades que posicionam a empresa em seu ambiente”, onde estabelecer adequação é o lema da escola de Design.

ORIGENS DA ESCOLA DE DESIGN
Teve como início dois livros escritos na California University (Berkley) e no MIT: Leadership Administration, de Philip Selznick em 1957, onde introduziu a noção de “competência distintiva o qual descreveu as necessidades de reunir o “estado interno” da organização com suas “expectativas externas” argumentando ainda que deve se embutir “a política na estrutura social” da organização a qual foi chamada mais tarde de “implementação”. E Estrategy and Structure, de Alfred D. Chandler, em 1962 que por sua vez, estabeleceu a estratégia de negócios desta escola com relação à sua estrutura.
Mais tarde, um livro-texto chamado Business Policy: texts and cases, escrito pelo grupo de administração geral de Harvard em 1965 (LEARNED et al., 1965), tornando-se popular e destacando-se como o mais franco, mostrando declarações mais claras da escola, sendo um dos poucos que representava as ideias de design em sua forma pura (MINTZBERG et al., 2010).

MODELO BÁSICO DA ESCOLA DE DESIGN
O modelo dá ênfase à avaliação das situações externas revelando as ameaças e oportunidades no ambiente, e internas que indicam os pontos fortes e fracos da organização empresarial (PINHEIRO, 2004).
A estratégia embora deliberada não é formalizada em documentos, mas considerada uma concepção e, portando portadora de elementos criativos (FURIATI., 2012). O animal metafórico, identificado por Mintzberg et al. da escola de Design é a aranha, em razão de o processo de formulação da estratégia ser centralizado e autoritário, sendo privilégio de poucos “pensar a organização”, enquanto aos outros cabe implementa-la, primeiro concebe-se e depois implementa-se.
As estratégias da escola de design são formuladas por seus executivos, sem muita relação com a maneira interativa de construção da estratégia. Nesse sentido, uma vez determinadas serão avaliadas, selecionadas e assim implementadas (MINTZBERG et al., 2010). Richard Rumelt (1997) fornece meios para realizar essa avaliação, os quais, em sua visão, seriam:
• Consistência: a estratégia não deve apresentar objetivos e políticas mutuamente inconsistentes.
• Consonância: a estratégia deve representar uma resposta adaptativa ao ambiente externo e às mudanças críticas que ocorrem dentro dele.
• Vantagem: a estratégia deve proporcionar a criação e/ou manutenção de uma vantagem competitiva área de atividade selecionada.
• Viabilidade: a estratégia não deve sobrecarregar os recursos disponíveis, nem subproblemas insuperáveis.

PREMISSAS DA ESCOLA DE DESIGN
A escola de Design possui sete premissas básicas que a sustentam. Algumas plenamente evidentes e outras implícitas (MINTZBERG et al., 2010), as quais são:
1- A formulação da estratégia deve ser um processo deliberado de pensamento consistente. 
2- A responsabilidade por esse controle e essa percepção deve ser do executivo principal: essa pessoa é o estrategista. 
3- O modelo da formulação da estratégia deve ser mantido simples e informal. Fundamental para essa visão é a crença de que a elaboração e a formalização irão solapar o modelo em sua essência, para que assim garanta que a estratégia seja controlada por uma mente é manter o processo simples.
4- Estratégias devem ser únicas: as melhores resultam de um processo de design individual: o importante é a situação específica, e não qualquer sistema de variáveis genéricas, portanto, as estratégias tem de ser sob medida para o caso individual.
5- O processo de design está completo quando as estratégias parecem plenamente formuladas como perspectiva. A escola tem pouco espaço para visões incrementalistas ou estratégias emergentes impedindo a que a formulação continue durante e depois da implementação.
6- Essas estratégias devem ser explícitas: assim, precisam ser mantidas simples. As estratégias devem ser articuladas de forma que os outros membros da organização possam compreendê-las.
7- Apenas após que são formuladas estratégias únicas, desenvolvidas, explicitas e simples são totalmente formuladas elas podem ser implementadas. Aqui a escola faz clara separação do pensamento e da ação onde a distinção central é a premissa associada de que a estrutura deve seguir a estratégia.
Quando uma estratégia esta em seu formato maduro, explícito e simples pode partir para a sua aplicação, sendo que a escola estabelece uma separação clara entre pensar e atuar, tendo um elemento central desta percepção onde a premissa esta associada de que a estrutura deve seguir a estratégia.

CRÍTICA A ESCOLA DO DESIGN 
Uma estratégia que coloca uma organização em um nicho pode estreitar sua própria perspectiva. Isto ocorre na escola de Design no que diz respeito à formula-ção da estratégia. Segundo Mintzberg et al. (2010), as premissas do modelo negam certos aspectos importantes na formulação da estratégia, incluindo o desenvolvi-mento incremental e as estratégias emergentes, a influência das estruturas atuais e a participação plena de outras pessoas além do executivo principal.
Partindo da premissa que a ideia deve preceder á ação, a organização deve separar o trabalho das pessoas que pensam, das que executam o serviço gerando assim uma visão mecanicista.

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