A Ética do Trabalho
Por: MARCELO_NIVANOR • 12/8/2024 • Projeto de pesquisa • 2.114 Palavras (9 Páginas) • 46 Visualizações
TRABALHO DO CURSO DE TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES
MÓDULO I
DISCIPLINA: ÉTICA E CIDADANIA
ADILSON GARCIA GUEDES
2.014
Desde pequenos, nossos pais ou responsáveis tentam nos ensinar o que é certo e errado. Bem, pelo menos a maioria. Se fizéssemos as coisas dadas como certas por eles, colheríamos bons frutos. Se fizéssemos as coisas dadas como errada, o contrário ocorreria. Mas até que ponto “ser ético”, na engenharia, pode ajudar o profissional?
Vamos começar com o exemplo da engenharia civil. Atualmente em alta no mercado, acaba levando o profissional a trabalhar com vidas. Uma das formas em que este Engenheiro se baseia para cobrar um valor determinado para o seu trabalho, está no material que ele usará para executar a construção e na qualidade do mesmo. Como exemplo disso, podemos citar um fato muito conhecido, como o desabamento do Palace II.
Essa tragédia ocorreu em fevereiro de 1998. Com 22 andares, era localizado na Barra da Tijuca. A perícia concluiu que houve falhas na construção do prédio. A construção foi feita com areia de praia. Ou seja, o engenheiro cobra mais por um material que, supostamente é de alta qualidade e usa areia de praia. Além de se beneficiar financeiramente, age de má fé e provoca a morte de pessoas, deixando também famílias desabrigadas.
Deixando um pouco a área da construção civil de lado, chegamos às outras Engenharias em que também nos deparamos com algumas atitudes antiéticas. Na Engenharia Mecânica, área que cuida do desenvolvimento, do projeto, da construção e, principalmente, da manutenção de máquinas e equipamentos, o profissional pode cobrar valores altos por materiais que ele dirá que serão suficientes para reparar o equipamento em questão, usar outros de qualidade menor, se beneficiar financeiramente e causar acidentes. Nas outras áreas, veremos as mesmas situações. Tudo por causa de dinheiro. Isso faz com que a sociedade deixe de levar profissional e profissão a sério. Mas isso não pode acontecer. A engenharia é praticada desde os primórdios da humanidade. A descoberta da roda, por exemplo, foi algo fundamental.
O aprendizado do engenheiro deve ser contínuo. Ele não pode estar satisfeito apenas com o que sabe. Há a necessidade da leitura, de palestras e etc. Tudo com o intento de adquirir mais aprendizado.
O profissional de engenharia deve saber distinguir as possíveis fontes de erros e solucionar esses problemas. Não inventar coisas a mais visando ao benefício próprio e nem deixar outras para trás. Apenas o suficiente para reparar aquele erro. Como a profissão exige a habilidade de trabalhos em grupos, devemos ser éticos com os nossos colegas. Não tomar alguma atitude que prejudique a equipe ou a atividade que estão desenvolvendo.
Apenas o desenvolvimento do conhecimento e da prática que adquirimos ao sairmos da Universidade, não é garantia de sucesso na profissão da Engenharia. Temos que, além de desenvolver tudo o que aprendemos, sabermos ser éticos para, consequentemente, sermos profissionais mais respeitados. Além da ética, o profissional deve exercer algumas habilidades que o garantam vida longa e, acima de tudo, progressiva na área da engenharia. Obviamente, é uma profissão que requer esforço e responsabilidade, já que se lida com vidas. Cabe aos atuais trabalhadores e recém-formandos a capacidade de exercer tudo o que a profissão exige e mantê-la respeitada pela sociedade.
Tendo por base as reflexões sobre a importância da ética nas ações organizacionais para que ela cumpra seu papel e responsabilidades sociais perante as pessoas e o ambiente com os quais se relaciona, este estudo questiona a validade dos códigos de ética adotados pela organização, não pelo seu conteúdo, mas principalmente pelo método impositivo e prescritivo que sugere muito mais o controle do que a consciência-fator determinante para a ação.
Portanto, com relação ao tema exposto, a ética profissional na área de projetos de construção civil, especificamente, um bom Técnico em Edificações tem por obrigação por em prática seus conhecimentos de forma ética e correta para pode alcançar sucesso em sua vida profissional. É necessário não apenas saber os princípios básicos de cidadania, mais é necessário agir de forma idônea com colegas, clientes e chefes. Na vida todas as pessoas têm que conhecer seus diretos e deveres. Saber o que pode fazer e o que é proibido.
O que devemos entender, que cada profissão é caracterizada pelo seu próprio perfil de atuação na sociedade. No entanto, as pessoas envolvidas nesse conjunto são diferentes. Daí a obrigatoriedade de manter certos padrões e atitudes que deverá praticar. Contudo, com essa padronização de atitudes de cada Técnico em Edificações, vai fazer com quê a sociedade seja a principal beneficiada a forma correta de agir de cada profissional.
Segue algumas informações, que são necessárias com relação ao tema exposto:
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ENGENHEIRO, DO ARQUITETO E DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO
RESOLUÇÃO Nº 1.002 , DE 26 DE NOVEMBRO DE 2002
Adota o Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e dá outras providências.
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA-CONFEA, no uso das atribuições que lhe confere a alínea "f" do art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e Considerando que o disposto nos artigos 27, alínea "n", 34, alínea "d", 45, 46, alínea "b", 71 e 72, obriga a todos os profissionais do Sistema CONFEA/CREA a observância e cumprimento do Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia;
Considerando as mudanças ocorridas nas condições históricas, econômicas, sociais, políticas e culturais da Sociedade Brasileira, que resultaram no amplo reordenamento da economia, das organizações empresariais nos diversos setores, do aparelho do Estado e da Sociedade Civil, condições essas que têm contribuído para pautar a "ética" como um dos temas centrais da vida brasileira nas últimas décadas;
Considerando que um "código de ética profissional" deve ser resultante de um pacto profissional, de um acordo crítico coletivo em torno das condições de convivência e relacionamento que se desenvolve entre as categorias integrantes de um mesmo sistema profissional, visando uma conduta profissional cidadã;
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