AD7 FILOSOFIA E ETICA CEDERJ
Por: Elaine Cury • 24/9/2018 • Trabalho acadêmico • 990 Palavras (4 Páginas) • 246 Visualizações
1. Diferencie Socialismo Utópico de Socialismo Científico (Materialismo histórico).
Segundo Marilena Chauí, os teóricos do Socialismo Utópico imaginavam uma nova sociedade onde não existisse a exploração do trabalho e a desigualdade econômica, social e política. Porém, segundo Maria Arruda Aranha, os teóricos do socialismo utópico nem sempre reconheciam o antagonismo entre burguesia e proletariado, admitindo ser possível reformar a sociedade mediante a boa vontade e a participação de todos. Ou seja, tinham uma visão utópica, que numa conotação positiva significa: algo que "ainda não é", mas que "poderá vir a ser". De acordo com a Maria Arruda Aranha, para Marx e Engels, as teorias do socialismo utópico eram inócuas por serem:
• paternalistas, pois seus defensores considerarem os operários apenas como "a classe mais sofredora" e a si mesmos como os “salvadores” e por isso "apelavam constantemente a toda a sociedade sem distinções, e de preferência à classe dominante";
• conservadoras, por negarem ao proletariado a autonomia política, inclusive a possibilidade de uma revolução, defendendo que a mudança poderia ocorrer de forma pacífica;
• moralistas, por estarem convencidos de que poderiam "com pequenas experiências naturalmente condenadas ao fracasso, abrir pela força do exemplo o caminho ao novo evangelho social".
Já o materialismo histórico, proposto por Marx e Engels, segundo Maria Arruda Aranha é a teoria que explica a história por fatores materiais, ou seja, econômicos e técnicos. Segundo Marilena Chauí, a sociedade se constitui a partir de condições materiais de produção e da divisão social do trabalho e as mudanças históricas são determinadas pelas modificações naquelas condições materiais e naquela divisão do trabalho sendo que a consciência humana é determinada a pensar as ideias que pensa, por causa das condições materiais instituídas pela sociedade. Diz-se, materialismo porque as condições materiais (as relações sociais de produção) determinam os cidadãos a “ser” e a pensar e histórico porque a sociedade e a política não surgem de decretos divinos nem nascem da ordem natural, mas dependem da ação concreta dos seres humanos no tempo.
2. Explique os conceitos marxistas de alienação e de ideologia.
Segundo Maria Arruda Aranha, para Marx, o conceito de alienação se opõe às explicações comuns da filosofia envolvidas na religião, metafísicas ou morais, pois, é necessária uma análise das condições reais do trabalho humano. Sendo assim, de acordo com ele no contexto capitalista não é possível a igualdade entre as partes, porque o trabalhador perde mais do que ganha, já que produz para outro, ou seja, a posse do produto do seu trabalho não mais lhe pertence. Nesse caso, é ele próprio que deixa de ser o centro de si mesmo, pois se torna uma mercadoria ao vender a força do seu trabalho. Apesar de parecer um contrato livre, o homem não escolhe seu salário, não escolhe o horário nem o ritmo de trabalho e é comandado de fora, por forças que não mais controla. O resultado é a pessoa tornar-se "estranha", "alheia" a si própria e desta forma, surge o fenômeno da alienação.
Já, de acordo com Marilena Chauí, Marx deu o nome de Ideologia ao poder invisível que ilude o homem fazendo-o pensar que está agindo por sua própria vontade racional e livremente, porém, segundo Maria Arruda Aranha, na verdade essas ideias, condutas e valores que determinam a concepção de mundo de determinada sociedade representam os interesses da classe dominante, ao serem transmitidas às classes dominadas, ajudando a manter a dominação e o estado das coisas. Para ele, a Ideologia faz com que a alienação não seja percebida. Ela camufla a luta de classes quando representa a sociedade de forma ilusória mostrando-a como una e harmônica e esconde que o Estado não representa
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