ANÁLISE CRÍTICA SOBRE OS ASPECTOS DO FILME TEMPOS MODERNOS
Por: LivingFire • 15/2/2018 • Relatório de pesquisa • 2.212 Palavras (9 Páginas) • 634 Visualizações
ANÁLISE CRÍTICA SOBRE OS ASPECTOS DO FILME “TEMPOS MODERNOS”
Relatório do filme “Tempos Modernos”, à luz do contexto empresarial da época, apresentado à disciplina de Administração Geral.
2016
RESUMO
A presente análise cinge-se ao contexto da época de produção do filme “Tempos Modernos”, de Charlie Chaplin.
Referido filme representa a produção em massa, e massa de operários, onde a produtividade e eficiência com menor custo era sinônimo de sucesso.
Tal modelo, contudo, tem suas críticas. Os funcionários faziam longas e exaustivas horas de trabalho e frequentemente eram submetidos a estresse e doenças em razão do esforço repetitivo e a agilidade desenfreada das máquinas que deveriam operar sem descanso.
Embora a depressão de 30 tenha sido bem complicada aos operários, haja vista que muitas fábricas foram fechadas, quando as mesmas retornaram à ativa, movimentos sindicais passam a lutar por mais direito aos trabalhadores, visto que a atividade laboral era muito nociva.
Através desses movimentos, se teve resultados positivos a uma sequência evolutiva da administração e aos direitos de trabalho, o que trouxe, momentos posteriores, condições mais humanas na aplicação de produtividade e eficiência no ambiente de trabalho, tal como semelhante ao que conhecemos hoje.
Palavras-chave: Atividade Empresarial; Escola Clássica; Produtividade; Eficiência; Modelo de Mercado.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................3
2 SÍNTESE DO FILME.....................................................................................3
3 ANÁLISE CRÍTICA.......................................................................................5
3.1 Relação com a Indústria, Produtividade e Eficiência.................................5
3.2 Relação Econômica, Social e Produtiva....................................................6
3.3 Modelo de Consumo da época..................................................................8
4 CONCLUSÕES.............................................................................................8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. INTRODUÇÃO
O estudo da administração passou por diversas transformações para que possamos entendê-la num contexto atual.
Seu primeiro principal movimento é chamado de Teoria da administração científica, foi pensada por Frederick Taylor, e possui como conceito-base, a máxima produtividade e eficiência ao menor custo. Nesse período houve o estudo de movimentos do trabalhador para se constituir um método eficaz de otimização de resultados, e pouco se preocupava (ou pouco se conhecia) sobre os impactos que essa relação “operário-atividade desenvolvida” causava na vida do sujeito. Provém do fordismo, como sua versão aperfeiçoada e potencializada.
O segundo principal movimento, a Teoria Clássica da Administração, cujo principal teórico foi Henri Fayol, pode ser conceituado como maior organização estrutural de funções. Há o direcionamento de atividades. É a máxima tradução de organização em blocos, sendo direção, função financeira, função técnica, entre outros. Passa-se ao estudo de um bem-estar produtivo (e não bem-estar social), cujos princípios são disciplina, ordem, unidade de comando, remuneração de pessoal, iniciativa e espírito de equipe.
Apenas posteriormente passou a se preocupar com a função social da administração, na chamada “Administração Humanística”, onde se vislumbrava os impactos causados pelo trabalho na vida do operário e que influenciavam diretamente em sua produtividade e eficiência. Antes de chegar nesse último modelo, contudo, muitas dificuldades passaram os operários, especialmente àqueles vinculados ao primeiro modelo, objeto da presente análise através do filme “Tempos Modernos”, que demonstra claramente os desafios do modelo, tais como a fadiga e os problemas decorrentes, a ausência de humanidade, movimentos repetitivos, acidentes e trabalho e ausência de regulamentação, e os movimentos sociais que decorrem da aplicação prática do método científico.
2. SÍNTESE DO FILME
O filme relata o cotidiano de um jovem em plena depressão da década de 30 e tem como objetivo fazer críticas ao modelo capitalista e industrial no ápice das transformações empresariais.
Estrelado por Charlie Chaplin, traduz perfeitamente o sistema de produção rápida e em grande escala. Como características interessantes observa-se a agilidade extrema de que era necessária para desenvolver as atividades, de forma mecânica, onde cada um executa rapidamente somente uma atividade.
Concomitantemente, havia pouco intervalo para alimentação, que ocorria no próprio estabelecimento empresarial. Apesar do curto período, havia a preocupação do funcionário estar satisfeito em seu “lunch time” haja vista que era de praxe a continuidade da produtividade em ritmo frenético logo após a hora do almoço. Em momento tragicômico do filme, é oferecido ao responsável pela empresa uma máquina (a demonstrar a utilização cada vez maior da tecnologia a despeito dos trabalhos) que levava comida à boca do operário, com vistas a economia de tempo e aumento da produtividade, o que no filme acabou por não funcionar.
O modelo de gestão se refere a um presidente que comanda e vigia todas as atividades (cartão-ponto e circuito interno de TV) e suas ordens eram passadas por um encarregado cujo serviço era mais intelectual em relação ao exercido pelos operários.
Dois aspectos se destacam, quais sejam a concepção mecanicista de produção alienada, e a ausência de normatização trabalhista ou de medicina do trabalho. Não havia estrutura e, não raramente, dado ao trabalho extenuante, os funcionários eram submetidos a alto grau de estresse que culminavam em distúrbios de comportamento e até mesmo acidentes de trabalho.
Manifestações passaram a ocorrer na época, especialmente as grevistas
...