Analise Do Filme "Tempos Modernos" Diante Do Conceito "Alienação"
Artigo: Analise Do Filme "Tempos Modernos" Diante Do Conceito "Alienação". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Thiga • 27/6/2013 • 612 Palavras (3 Páginas) • 2.304 Visualizações
Analise do Filme
Tempos Modernos trata-se do último filme mudo do ator e diretor Charlie Chaplin, que tem foco a vida urbana dos EUA na década de 1930.
Chaplin faz muito mais do que arte puríssima, ele mostra um olhar arguto sobre sua sociedade e uma percepção perfeita de suas implicações Chaplin retrata a sociedade industrial típica do início do século XX nos EUA, uma sociedade mecanizada, impessoal e voltada apenas para o lucro. Com as inovações, o operário foi destituído de toda e qualquer influência na produção e seu trabalho foi grandemente desvalorizado. Não era necessário nenhuma especialização para ser operário, apenas conseguir fazer a mesma ação inúmeras vezes ao dia.
Ele interpreta o personagem Carlitos, um trabalhador de fábrica, mais especificamente em uma linha de montagens, onde ele exerce a função de apertar parafusos a uma velocidade que chega a ser inacreditável. A cena em que mostra Carlitos na fábrica é uma das primeiras de muitas que fara critica a produção em massa, ao trabalho “escravizam-te” e nós mostrará também claramente o que é o trabalho Alienado.
Em sua atuação Chaplin com muito humor e irreverência, mostra o mundo após a I Guerra Mundial, ditado pelo capitalismo.
O sistema de máquinas é a nova realidade, a “esteira rolante” é que impõe o ritmo, e os operários são a massa. Nessa e em outras cenas a máquina cria vida própria, troca de lugar com o trabalhador; é como se a máquina virasse gente, e gente virasse máquina.
Nessas cenas já percebemos claramente o trabalho alienado, onde cada fez mais o trabalhador perde sua essência, ele fabrica como máquina; sem prazer, com dor; de forma que cada vez mais o produto se afasta do “produtor”; ele fabrica uma coisa que ele não pode comprar.
Duas cenas foram muito marcante, principalmente para mostrar esse trabalho alienado.
A Primeira é quando o operário interpretado por Chaplin passa perseguir uma mulher cujo vestido se assemelha às rocas que ele passou o dia apertando. Demonstrando uma alienação total do trabalhador.
E a Segunda é já ao final, quando Carlitos sofre um colapso nervoso e é levado ao Hospital, o que ressalta que o objeto central do filme não é apenas a tecnologia “engolindo” o homem, mas também o trabalhado alienado diante dessa nova sociedade industrializada onde quando mais o operário produzir, mais ele está valorizando o mundo das coisas e desvalorizando o mundo dos homens.
O filme nos leva a refletir não só nesse início do século XX; onde tantas pessoas sofreram. Mas também nos leva a pensar no trabalhado alienado hoje, que ainda que de forma menos “agressiva” ainda existe, pós esse não é um problema apenas da época, podendo citar como exemplo o Japão e a China que usam de mão de obra barata, e mão de obra “escrava”; no sentido de direitos dos trabalhadores, como carga horaria e salario.
Esse ainda é um problema atual; na maior parte das vezes compramos coisas, sem saber como ela foi produzida, por quem e em que condições. São muitas as pessoas que ainda sofrem com esse tipo de trabalho, se é que se pode chamar de “trabalho” algo que traz dor e sofrimento. Segundo Karl Mark além de todos esses problemas
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