AS SUFRAGISTAS NO CONTEXTO DA ADMINISTRAÇÃO
Por: Thiago Pinheiro • 14/4/2016 • Dissertação • 574 Palavras (3 Páginas) • 269 Visualizações
Thiago Felix Pinheiro
As Sufragistas No Contexto Da Administração
As Sufragistas, assim foram designadas as mulheres que lutaram para terem o direito ao voto, entre os séculos XIX e XX. Este movimento foi presente em algumas partes da Inglaterra e dos Estados unidos.
Com o advento da máquina, no século XVIII começaram a surgir as primeiras indústrias, o que ficou mundialmente conhecido como a Revolução Industrial; onde homens, mulheres e crianças trabalhavam, porém, com segregação conforme a variável de gênero e idade; eram impostas horas a mais e, salários menores para as mulheres e crianças, então, com a disseminação das indústrias começaram a surgir várias problemáticas sociais e também as primeiras Teorias da Administração.
No Estados Unidos, Frederick Winslow Taylor foi o criador da Escola Científica da Administração, com o modo de produção taylorista; um sistema coercitivo que ditava regras duras e claras, irretorquivelmente opressor, onde o proletário era considerado ser não pensante que servia apenas para executar tarefas, era forçado a trabalhar horas seguidas de maneira mecânica e não havia nenhum meio motivacional. Não muito diferente na Inglaterra, Jules Henri Fayol, mais conhecido como o criador do Fayolismo, cria a Escola Clássica da Administração, repleta de organogramas e divisão dos setores conforme sua especificidade, esta escola também não se ateve aos direitos trabalhistas, meios motivacionais ou qualquer outro tipo de preocupação com o proletariado.
No século XIX como resposta a situação que vinha acontecendo, Karl Marx e Engels publicam o Manifesto Comunista, onde eles propunham a mudança do sistema capitalista, que era gerador de miséria por o sistema comunista, que prometia distribuição dos bens e serviços de forma igualitária. “Quem trabalha não ganha dinheiro e que não trabalha, ganha.”
A Revolução Industrial foi o berço de diversas mazelas e desordens sociais, um sistema que não contava com plano de seguridade social, não contava com programas de prevenção de doenças; os trabalhadores eram obrigados a trabalharem em lugares antiquados com altos níveis de insalubridade e não podiam contar com qualquer auxílio.
Inicialmente tivemos como expressão do proletariado o movimento Ludista, que ocorreu na Inglaterra no século XIX, onde o proletariado brigava contra a substituição da mão-de-obra humana por máquinas e em meio a tantas desordens surge o Movimento das Mulheres Sufragistas, que além de sofrerem assédio de seus superiores, trabalhavam à exaustão, mais que os homens e, ainda assim seus salários não eram equivalentes. Então na tentativa de se igualar e ter voz ativa a esse ato de segregação e preconceito elas se juntam na luta da conquista do voto, o que poderia possibilitar a entrada efetiva da mulher na política, uma luz para estas mulheres que precisavam de uma representante que lutasse em instâncias superiores por seus direitos.
É evidente que estas mulheres que se dispuseram a lutar por seus direitos tinham a necessidade de motivação; como na atualidade a Teoria Comportamentalista explica, tais como as variáveis de motivação que Maslow citou em seus estudos; as necessidades primárias: fisiológicas e segurança, aqui já podemos evidenciar que segurança não era uma das necessidades correspondidas pois era um dos motivos de sua luta, quiçá as necessidades secundárias: sociais, estima e auto realização.
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