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AVA EXERCICIO DIREITOS HUMANOS

Por:   •  10/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.496 Palavras (18 Páginas)  •  386 Visualizações

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  • ADRIANO ALVES CAMPOS – RA 9911177014
  • NEURIANA MARIA DO NASCIMENTO-RA 2988573938
  • SELMA FARIAS QUEIROZ- RA 9911176635
  • JOSÉ VALTER MARTINS- RA 2983560893
  • PAULO HENRIQUE LUCIANO- RA 1587949574

              ATIVIDADES PRÁTICA SUPERVISIONADA

                           TEORIA LITERARIA


ETAPA 1

PASSO 1

O trabalho a seguir tem o objetivo de citar a obra de Laura da Silveira Paula e propor uma observação vertical das produções literárias e para que isso aconteça de modo amplo e profundo é preciso desenvolver um olhar crítico, uma mente preparada por aspectos técnicos, com respaldo teórico que ajudam a entender melhor tudo que os textos literários têm para oferecer.

As abordagens de Laura são facilitadoras tanto do ponto de vista da linguagem quanto dos aspectos teóricos conceituais. Ela conduz a teoria e a crítica de forma que o leitor se sinta a vontade em entender a obra. É ressaltada a importância e a necessidade da arte para formação do ser humano e como isto se manifesta na criação do texto literário. É abordada a relação entre a estética a arte e a literatura. E também é enfatizada a filosofia quando o assunto é a teoria e a crítica, pois tudo começou com Platão e Aristóteles. Além disso, ela traz pra observação o ato de ler o mundo como um exercício de atividade do pensar e fala também do que é a teoria e o lugar que esta ocupa em conjunto com a literatura.

A Ligação que a autora busca entre a teoria da literatura e a crítica literária também é uma preocupação assim como as questões relativas a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade , os aspectos historiográficos da crítica e os movimentos críticos desde a crítica bibliográfica até a hermenêutica atual, a teoria pós-colonial e a crítica de criação.

É abordado desde a origem os conceitos fundamentais dos gêneros literários: Épico , Dramático, Lírico e as transformações ocorridas ao longo do tempo com as definições das formas literárias atuais. Os períodos estilísticos nos quais ela mostra as interações entre a sociedade e fatores sócios – políticos e econômicos e produções textuais.

Refletindo mais a cerca dos assuntos abordados no livro nota-se que as atitudes  reflexivo-criativa só surgirão quando se assumir a valorização da subjetividade e estabelecer ,como prática uma postura contemplativa e reflexiva em relação ao mundo, no seu todo. Um pensamento global para uma consciência cósmica. (plt,pag.262)

Findando com as novas tendências teóricas e críticas e as mudanças sociais que são à base dos movimentos transformadores dos quais se deve fazer parte.

As funções da linguagem ajudam a diferenciar um texto literário de um texto não-literário:

Para considerar se um texto é ou não literário, é preciso analisar sua função predominante, isto é, qual é seu objetivo principal. Se for informar de modo objetivo, de acordo com os conhecimentos que se tem da realidade exterior, ou se tiver um compromisso com a verdade científica, o texto não é literário, mesmo que, ao elaborar a linguagem, seu autor tenha feito uso de figuras de estilo, utilizado recursos estilísticos de expressão. A função referencial predomina no texto não-literário. 

Já o texto literário não tem essa função nem esse compromisso com a realidade exterior: é expressão da realidade interior e subjetiva de seu autor. São textos escritos para emocionar, que utilizam a linguagem poética. Função emotiva e poética predomina no texto literário. 
São esses os critérios que devemos considerar ao analisar e classificar um texto em literário e não-literário. 

Exemplos de textos não-literários são:

Notícias e reportagens jornalísticas, textos de livros didáticos de História, Geografia, Ciências, textos científicos em geral, receitas culinárias, bulas de remédio.

Exemplos de textos literários são:

Poemas, romances literários, contos, novelas.

ETAPA 2

PASSO 1

1º TEXTO PARNASIANISMO

Análise do poema "Língua Portuguesa"

"LÍNGUA PORTUGUESA"

Última flor do Lácio, inculta e bela,

És, a um tempo, esplendor e sepultura:

Ouro nativo, que na ganga impura

A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amote assim, desconhecida e obscura,

Tuba de alto clangor, lira singela,

Que tens o trom e o silvo da procela

E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma

De virgens selvas e de oceano largo!

Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"

E em que Camões chorou, no exílio amargo,

O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

Olavo Bilac (1865 - 1918)

No poema Língua Portuguesa, o autor parnasiano Olavo Bilac faz uma abordagem sobre o histórico da língua portuguesa, tema já tratado por Camões. Este poema inspirou outras abordagens, como o poema “Língua”, de Gilberto Mendonça e “Língua Portuguesa”, de Caetano Veloso.

Esta história é contada em catorze versos, distribuídos em dois quartetos e dois tercetos – um soneto – seguindo as normas clássicas da pontuação e da rima.

Partindo para uma análise semântica do texto literário, observa-se que o poeta, com a metáfora “Última flor do Lácio, inculta e bela”, refere-se ao fato de que a língua portuguesa ter sido a última língua neolatina formada a partir do latim vulgar – falado pelos soldados da região italiana do Lácio.

No segundo verso, há um paradoxo: “És a um tempo, esplendor e sepultura”. “Esplendor”, porque uma nova língua estava ascendendo, dando continuidade ao latim. “Sepultura” porque, a partir do momento em que a língua portuguesa vai sendo usada e se expandindo, o latim vai caindo em desuso, “morrendo”.

No terceiro e quarto verso, “Ouro nativo, que na ganga impura / A bruta mina entre os cascalhos vela”, o poeta exalta a língua que ainda não foi lapidada pela fala, em comparação às outras também formadas a partir do latim.

O poeta enfatiza a beleza da língua em suas diversas expressões: oratórias, canções de ninar, emoções, orações e louvores: “Amo-te assim, desconhecida e obscura,/ Tuba de alto clangor, lira singela”. Ao fazer uso da expressão “O teu aroma/ de virgens cegas e oceano largo”, o autor aponta a relação subjetiva entre o idioma novo, recém-criado, e o “cheiro agradável das virgens selvas”, caracterizando as florestas brasileiras ainda não exploradas pelo homem branco. Ele manifesta a maneira pela qual a língua foi trazida ao Brasil – através do oceano, numa longa viagem de caravela – quando encerra o segundo verso do terceto.

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