Abm x gecom

Universidade Federal da Bahia

Faculdade de Ciências Contábeis

Venícius Paulo Milton Santana de Carvalho

Professor: Ronaldo Pesente

Disciplina: Controladoria

Resumo crítico: ABM VS GECON: Uma análise comparativa

O artigo aborda um estudo comparativo entre dois modelos gerenciais, o GECON, sistema de informação de Gestão Econômica e o ABM, um modelo de gestão baseado em atividades, visando discriminar seus pontos convergentes e divergentes. O texto busca evidenciar ao leitor como a dinamização do mercado, e a constante evolução tecnológica e social tem permitido a atuação das grandes empresas em nível mundial, obrigando-as a adotar um modelo de gestão que ultrapasse às necessidades básicas, mas também um modelo atualizado e melhorado que ultrapasse a mera gestão dos negócios, fazendo com que os gestores repensem suas formas de administrar e de controlar os negócios.

O GECON é um modelo de gestão baseado no resultado com o objetivo de otimização do resultado por meio da melhoria da produtividade e de eficiências operacionais, sua concretização é verificada através do resultado econômico. Para que o modelo GECON funcione de forma é adequada, faz-se necessário a integração de alguns modelos sendo eles o modelo de gestão, no qual busca identificar os conceitos relativos aos procedimentos de administração de uma entidade; o modelo de decisão, onde devem ser incorporados aspectos comportamentais estabelecidos pelas crenças e valores do subsistema institucional da empresa; um modelo de mensuração para dar suporte à determinação do lucro econômico e o modelo de informação sendo este responsável por expor as características das informações a serem processadas e apresentadas.

Alguns estudiosos afirmar que o modelo de Gerenciamento Baseado em Atividades (ABM), é uma evolução do modelo ABC, onde o primeiro utiliza o segundo como sua principal fonte de informação e análise, proporcionando aos contadores gerenciais uma perspectiva dos processos da organização, bem como os custos a eles associados. O ABM tem como objetivo o gerenciamento das atividades, e o natural aperfeiçoamento do processo de produção e inovação, podendo ser aplicado de duas formas complementares, o ABM operacional e o ABM estratégico. O ABM operacional procura fazer as coisas como devem ser feitas, buscando mais eficiência na realização das atividades, já o ABM estratégico tende a fazer as coisas que devem ser feitas escolhendo as atividades que devem ser realizadas.

Tanto o ABM quanto o GECON são sistemas eminentemente gerenciais, o enfoque de ambos é a geração de informações úteis para o processo decisório, no entanto, não estão preocupados em atender às exigências legais impostas para a geração de relatórios ao usuário externo. Para o GECON a atividade constitui-se como um centro de lucro, pois são alocados custos, despesas e receitas, com o objetivo de encontrar o seu resultado econômico composto pela margem operacional, financeira e custos fixos identificados. Já o ABM apresenta como as despesa e receitas são geradas. Os dois sistemas convergem no que tange ao enfoque mesmo sendo evidente que o GECON enfatize mais o aspecto operacional, no entanto existe uma divergência quanto a mensuração, O GECON é baseado predominantemente em medidas financeiras, enquanto o ABM basea-se em medidas financeiras e não financeiras, o GECON avalia seus ativos pelo potencial de benefício futuro e o ABM recomenda a utilização do custo corrente para mensuração dos seus ativos. A principal divergência entre os dois modelos está na forma de mensuração das medidas de desempenho, o GECON o resultado econômico é o mais importante, uma vez que o mesmo busca apurar o lucro econômico da empresa como forma de suporte ao seu modelo de mensuração, tendo grande preocupação apenas com os aspectos financeiros, sendo este o foco principal do sistema, já o ABM, preocupa-se com a cadeia de valor, através da utilização de múltiplos indicadores, financeiros e não financeiros, verificando assim um equilíbrio entre a preocupação com os aspectos financeiros, onde são considerados não apenas as atividades e produtos como objetos de acumulação de custos, mas também os fornecedores, os clientes e os canais de distribuição.