Administração de Custos

CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPO REAL ADMINISTRAÇÃO EDUARDO OLIVEIRA DE JESUS TRABALHO DE PESQUISA GUARAPUAVA - PR 2019 EDUARDO OLIVEIRA DE JESUS TRABALHO DE PESQUISA Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Administração, para requisito de obtenção de nota. Para a disciplina de Administração de Custos, Prof.° Aline Fonseca. GUARAPUAVA - PR 2019 1 SUMÁRIO 1. CUSTEIO DIRETO……………………………………………………….... 3 2. CUSTEIO POR ATIVIDADE (ABC)....................................................... 3 3. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS……………………………………… 3 4. CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS………………………………………….. 4 5. VARIAÇÕES EM FUNÇÃO DO VOLUME DE PRODUÇÃO………….…… 4 5.1 Custos fixos……………………………………………………...….... 4 5.1 Despesas fixas……………………………………………………….. 5 5.3 Custos variáveis……………………………………………………… 5 5.4 Despesas variáveis……………………………………………….…. 6 6. COMO APROPRIAR CUSTOS FIXOS AO PRODUTO…………………..… 6 7. CRITÉRIOS DE RATEIO………………………………………………….….... 8 8. BIBLIOGRAFIA……………………………………………………………….… 10 2 CUSTEIO DIRETO Custeio Variável ou Custeio Direto, é um tipo de custeio que consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos, ou seja, baseia-se em separar custos fixos de custos variáveis (custos que variam de acordo com o volume de produção/venda). No sistema por custeio variável, somente os custos variáveis ficam retidos no estoque até sua venda, assim sendo, o custo dos produtos vendidos (CPV) e os estoques finais de produtos em elaboração (EFPE) e produtos acabados (EFPA) só irão conter custos variáveis. CUSTEIO POR ATIVIDADE (ABC) O Custeio Baseado por Atividade (ABC) é um sistema de análise de custos, que visa filtrar os gastos de uma empresa para analisar e monitorar os diversos rumos de consumo dos recursos diretamente identificáveis com suas atividades mais relevantes, e destas para os produtos, ou seja, o sistema de informações da empresa identifica as atividades realizadas, encontra os custos para essas atividades, e a partir destas para os produtos elaborados. O objetivo é eliminar ou reduzir atividades que não agregam valor, reduzindo com isso custos, sem diminuir o valor, aumentando a produtividade, o que representa maior capacidade competitiva. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS “Alguns custos podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos, embalagens utilizadas, horas de mão de obra utilizadas e até quantidade de força consumida” (MARTINS, 1998, p.48). São custos que estão diretamente ou indiretamente ligados à produção. O custo indireto, ao contrário do custo direto, não está diretamente ligado às atividades principais da produção e apresentam uma dificuldade maior em identificá-los. Um exemplo comum de custos indiretos 3 está na energia elétrica que uma indústria utiliza, já que acaba por ser um custo para a produção, mas mediato. CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS Custos fixos e variáveis é outra classificação de custos, que leva em consideração a relação entre o valor total de um custo e o volume de atividade numa unidade de tempo, basicamente separa custos em fixos de variáveis. Esse tipo de custo é mais importante que os demais. Os custos fixos são aqueles que mantêm-se fixos independentemente do volume de produção. Por exemplo, o valor do aluguel do imóvel em que ocorre a produção geralmente é contratado por mês, independentemente de aumentos ou diminuições naquele mês do volume elaborado de produtos. Por isso o aluguel, geralmente, é um Custo Fixo. Por outro lado, os custos variáveis são aqueles que vão mudar de acordo com o volume de vendas ou a prestação de serviços, acompanham o ritmo de produção da empresa, sofrendo alterações conforme o tempo. Por exemplo, quando a empresa gasta com matéria-prima para produzir, as despesas com essa matéria-prima vão subir ou baixar conforme a demanda pelo produto. VARIAÇÕES EM FUNÇÃO DO VOLUME DE PRODUÇÃO O comportamento em relação às variações nos volumes de produção e venda, os custos classificam-se como: ● Custos e Despesas Fixos; ● Custos e Despesas Variáveis. Custos Fixos: 4 Como dito anteriormente, os custos fixos são aqueles que mantêm-se fixos independentemente do volume de produção. Custos fixos de um período Volume de produção Custos fixos por unidade R$ 12.000,00 5.000 R$ 2,40 R$ 12.000,00 6.000 R$ 2,00 R$ 12.000,00 4.000 R$ 3,00 tabela 1 Como demonstrado na tabela, houve um decréscimo no custo fixo unitário em função do aumento no volume da produção. Despesas Fixas: Despesas fixas são aquelas despesas relacionadas à estrutura da empresa, necessárias ao seu porte operacional e são devidas, independentemente do faturamento Custos variáveis: Como dito acima, custos variáveis são aqueles que vão mudar de acordo com o volume de vendas ou a prestação de serviços, acompanham o ritmo de produção da empresa, sofrendo alterações conforme o tempo, ou seja, seu valor total some conforme o volume das atividades aumenta. Produção por período Consumo de tecido por un. Consumo total de tecido 1.200 un 2 metros 2.400 metros 1.400 un 2 metros 2.800 metros 5 1.600 um 2 metros 3.200 metros tabela 2 Despesas Variáveis: Permanecem constantes dentro de determinada faixa de atividades geradoras de receitas e independem do volume de vendas ou prestação de serviços. COMO APROPRIAR CUSTOS FIXOS AOS PRODUTOS A apropriação de custos é a coleta de dados que alimenta o sistema de custeios das organizações. Esses sistemas são utilizados para a apuração dos custos prestados, tanto de produtos quanto de serviços, ou seja, tem o objetivo de distribuir os custos de produção nos produtos, para saber quanto foi o custo individual de cada. Para fazer a apropriação de custos fixos aos produtos é necessário a realização de rateio sobre os custos, no caso referido, são os custos mensais da empresa (aluguel de fábrica, salários, serviço de manutenção de equipamentos, etc), assim sendo demonstrado no exemplo a seguir. Uma loja vende dois produtos A e B. O produto A envolve custo de produção unitária de R$ 100,00 e preço de venda R$ 130,00. O produto B envolve custo de produção unitária de R$ 110,00 e preço de venda de R$ 160,00. A manutenção de equipamentos dA fábrica corresponde a R$ 5.000,00 e os salários dos funcionários R$ 15.000,00. Pede-se a apropriação de custos aos produtos A e B. Primeiro calcula-se a margem de contribuição (MC) a partir do custo fixo de cada produto (MC = preço de venda - custos fixos) ● Produto A: R$ 30,00; ● Produto B: R$ 50,00. 6 Agora faz-se o rateio, considerando os custos fixos (aluguel e salários). Para o cálculo, deve dividir a margem de contribuição do produto pela margem de contribuição total, que nesse caso é R$ 80,00 (50+30) ● Produto A: 37,5% ((30*100)/80); ● Produto B: 62,5% ((50/100)/80). E em seguida. deve-se aplicar cada percentual sobre os custos fixos. ● Produto A: R$ 7.500 (37,5% * 20.000); ● Produto B: R$ 12.500 (62,5% * 20.000). ● Produto A: R$ 1.875 (37,5% * 5.000); ● Produto B: R$ 3.125 (62,5% * 5.000). ● Produto A: R$ 5.625 (37,5% * 15.000); ● Produto B: R$ 9.375 (62,5% * 15.000). Produt os Tempo de MO (hrs) Produt o A 2,5 Produt o B 4,0 Total 6,5 tabela 3 7 Produtos Manutenção de equipamentos Salários Total Produto A R$ 1.875,00 R$ 5.769,23 R$ 7.500,00 Produto B R$ 3.125,00 R$ 9.230,77 R$ 12.500,00 Total R$ 5.000,00 R$ 15.000,00 R$ 20.000,00 tabela 4 Esses dados indicam o quanto a empresa precisa vender para atingir o ponto de equilíbrio e cobrir seus custos fixos, cuja fórmula é: custos fixos do produto/margem de contribuição do produto ● Produto A: 250 un (7.500/30); ● Produto B: 250 un (12.500/50). Essa é a quantidade de produtos que deve ser vendida para cobrir os custos fixos. CRITÉRIOS DE RATEIO Rateio é uma divisão através de proporção, com uma base que possua dados conhecidos em cada uma das funções em que se deseja apurar os custos. Critérios de rateio representam os critérios utilizados para a distribuição dos gastos indiretos aos produtos, centros de custos, centros de despesas ou receitas geradas, empresas possuem sistemas de requisições para apontamentos e verificações tendo conhecimento de onde e para quais produtos vão ser utilizados os materiais, números de operários e por quanto tempo trabalharam, consumo de energia elétrica, consumo de MP e MO, etc., a principal regra para a determinação de critérios de rateio é o bom senso. Há dois tipos de critérios de rateio, que são Critério Simples e Critério Complexo. No Critério Simples “é uma contabilização dos custos pela contabilidade 8 financeira em contas apropriadas e transferência direta para estoques à medida que os produtos são acabados ou então só no fim do período” (MARTINS,1998, p.58). No Critério Complexo, segundo a definição de Martins (1998, p. 59) “A forma mais complexa para a contabilização dos custos seria representada pelo registro contábil no mesmo grau do detalhamento dos mapas e arquivos de custos”. 9

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