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Administração para administradores

Tese: Administração para administradores. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/11/2014  •  Tese  •  1.028 Palavras (5 Páginas)  •  270 Visualizações

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Administrar é para Administradores

22/02/2011 - 17:31:00

De acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2009, divulgado este mês pelo Ministério da Educação (MEC), a Administração é o curso mais procurado no ensino superior. Hoje, o Brasil possui mais de 1.800 Instituições de Ensino Superior (IES) que oferecem o curso de Administração. São mais de 780 mil alunos matriculados e cerca de 108 mil formandos por ano.

Mesmo com tantos Administradores, assim entendido os bacharéis em Administração registrados no Conselho Regional respectivo, é incompreensível que parte considerável de nossas empresas, além do serviço público, esse mais do que a iniciativa privada, ainda insistem em confiar a gestão profissional de seus negócios a pessoas sem formação acadêmica adequada e habilitação legal. A profissão de Administrador, de empresas ou do setor público, encontra-se regulamentada desde o ano de 1965 pela Lei 4.769, de 9 de setembro daquele ano, e precisa ser respeitada e valorizada pela sociedade principalmente em razão de sua importância para a boa saúde das empresas e para que a Administração Pública possa desenvolver suas políticas com maior eficácia e eficiência.

É conhecido o desempenho mais do que pífio dos serviços prestados pelo poder público em todos os segmentos, tais como serviços de saúde, educacional, segurança pública, prisional, de esportes etc. Nunca nos últimos tempos se arrecadou tanto, todavia sem a contrapartida desejada. Embora tenhamos experimentado alguns avanços ainda continuamos sendo ineficientes no atendimento das populações no que se refere aos serviços essenciais e de responsabilidade do estado, em que pese a enorme massa de recursos arrecadados face a uma carga tributária considerada uma das mais altas do mundo.

Esse descompasso entre arrecadação excessiva e qualidade dos serviços atribuímos a uma gestão não profissional, tocada e sob a responsabilidade de pessoas despreparadas do ponto de vista do conhecimento técnico-científico. As políticas públicas existem e muitas são adequadas, o problema é de gestão. Tornou-se lugar comum o preenchimento por pessoa inabilitada de cargos públicos cujas atribuições possuem natureza científica reconhecidamente de Administração. Todavia, criou-se a compreensão de que tais cargos podem ser ocupados por pessoa de qualquer formação, entregando-se assim a gestão a leigos despreparados com os resultados por todos nós conhecidos, quais sejam, o desperdício e a ineficiência com as conseqüências sentidas por todos nós mas principalmente por aqueles a quem o estado tem a obrigação de não falhar, os despossuídos.

Os Conselhos Federal e Regionais de Administração têm lutado com afinco no sentido de que os poderes públicos, inclusive o judiciário, compreendam a necessidade e a importância de deixarem os Administradores profissionais assumirem a gestão mediante assunção dos cargos que para seu desempenho imprescindível a formação técnico-científica em Administração. Lamentavelmente nossas propostas não têm sido bem recebidas, talvez numa compreensão equivocada de que possuem cunho corporativistas. Mais do que a defesa de um campo profissional defendemos na verdade o direito de a sociedade ter profissionais capacitados na ocupação e desempenho de funções que para tanto necessária uma formação acadêmica adequada.

Aqui por óbvio falamos de Administração, mas estendemos, por princípio, que o mesmo raciocínio seja válido para outras profissões. O Brasil adotou o princípio da profissão regulamentada, garantindo que os serviços especializados e que impliquem em conhecimentos também especializados sejam prestados por pessoas com a qualificação exigida. É assim para a medicina, contabilidade, economia, engenharia e por ai vai. São ao todo trinta profissões com seus respectivos órgãos de controle, nelas incluídas a Administração.

Os efeitos do exercício dessas profissões por pessoa não qualificada podem ser sentidos dos mais diversos modos diferentes. Alguns diretamente na saúde das pessoas, outros na saúde econômica e financeira, sendo que esses últimos os efeitos muitas vezes podem ser escamoteados, maquiados, mas sempre vêm à tona mediante a ineficiência e a má qualidade dos serviços, falências, fechamento de filais ou mesmo de toda a empresa, causando sempre muito

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