Analise das respostas organizacionais baseadas em situações concretas

Atividade 3ª. Semana – Cultura e Mudança Organizacional

Análise das respostas organizacionais baseadas em situações concretas.

Hélio Landi Franco – G1B

           Vou tentar, dentro de uma situação concreta ocorrida há mais  ou menos 15 anos, mas que tem seus reflexos percebíveis até os dias de hoje, no setor de Odontologia da Secretaria Municipal de Saúde, onde atuo fazer uma discussão e análise dos 3 tipos de  respostas que tivemos.

          Por volta de 1996 tentou-se implantar em Campinas um Projeto de Atenção Odontologica voltado a escolares e pré-escolares na faixa de 0-14 anos visto que os indices de carie encontrava-se acima dos padrões propostos pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

          Este projeto era baseado em outro similar levado com certo sucesso na cidade de João Monlevade MG, municipio com mais ou menos 60.000 habitantes à época (Campinas tinha por volta de 900.000).

          Em linhas gerais o projeto consistia em usar os dentistas da rede escolar para fazerem o diagnóstico nas escolas  através de exame visual rápido separando aqueles com necessidades de tratamento em cadeira odontologica daqueles com necessidades somente preventivas (escovação supervisionada e aplicação de fluor). Os escolares com necessidades de tratamento em cadeira passariam a ser atendidos nas unidades basicas de saúde.

          O arcabouço tecnológico, se assim podemos colocar, constaria de um RH composto de 2 dentistas de 40 horas cada (um atuando no posto e outro nas escolas) 1 Tecnico em Higiene Bucal ( THD)  e 1 Auxiliar de consultorio ( ACD). Contaria-se com a ajuda dos professores da rede escolar do municipio para o monitoramento rotineiro das escovações após o lanche ou recreio. O transporte para os escolares com necessidade de tratamento nas UBS seria fornecido pela Prefeitura. Nas UBSs os consultórios contariam com no minimo 3 equipamentos para as necessidades de Dentistica( restaurações) Cirugia (extrações) Periodontia (raspagem dental), Endodontia ( tratamento de canal) e Ortodontia preventiva (colocação de aparelhos mais simples na prevenção de futuros problemas). Em linhas gerais era isto o que chamo de situação concreta. Vamos discutir agora as respostas tentando enquadrá-las ao que é pedido e depois analisá-las.

          Como eu já coloquei, através desta unica situação vamos tentar enquadrar os tipos de  respostas.

                                 DISCUSSÃO

1 – Tecnologia para ingles ver

          À época, a estruturação do serviço de odontologia não era como é hoje. Campinas vivia uma fase de expansão e crescimento de sua rede de atendimento à saúde ou seja novas UBSs mas não contava com numero de profissionais suficientes.

          Para se ter uma ideia cada UBS contava com no maximo 2 dentistas para o atendimento de toda a população adstrita. Não tinhamos THDs e contávamos com algumas ACDs. Bem, para dar inicio ao projeto, após diversas oficinas treinamos algumas ACDs para a escovação supervisionada, os dentistas da rede escolar passaram a atuar nas UBSs (pois não havia RH suficiente) e o transporte era de responsabilidade dos proprios pacientes sendo que para alguns principalmente das areas mais perifericas era dada  a passagem de onibus. A maioria das UBSs não contava co os 3 equipamentos só para estes pacientes o que gerava filas de espera e demanda reprimida. A Ortodontia nunca foi realizada ou colocada para atendimento e a demanda para tratamento endodontico supera em muito a oferta de vagas. Inaugurou-se uma unidade modelo com pompa e circunstancia mas que não atendia aos requisitos minimos solicitados pelo projeto. Ou seja o projeto estava destinado ao fracasso com o uso destas parcas tecnologias ao alcance.

2 -  Negação

          Alguns profissionais (tanto de supervisão quanto de ponta de atendimento) negaram a viabilidade do projeto desde o inicio não aceitando a nova estrutura que se colocava.Houve uma resistencia muito grande por parte dos dentistas da rede escolar que não queriam trabalhar nas unidades básicas (até por se ter um maior controle de frequencia, horario, produção, etc) além de outros tipos de resistencia de professores que não admitiam ajudar na escovação supçervisionada se não recebessem um “PLUS” em forma de banco de horas ou algo parecido.