Análise – Administração Científica e Automação Industrial

Análise – Administração Científica e Automação Industrial

No início do século passado, Taylor e Ford revolucionaram o processo de produção industrial racionalizando-a o máximo possível, ou seja, tentavam encontrar a forma mais eficiente para realizar qualquer tarefa dentro do processo produtivo. Por meio de seus estudos, Taylor e seus seguidores propuseram um “sistema científico” para encontrar a forma mais eficiente de realizar uma operação, o qual envolvia muito estudo da forma atual e experimentos.

Ford mostrou na prática como a racionalização da produção pode gerar resultados incríveis por meio da fabricação do Ford T, que se tornou um dos carros mais vendidos da história. Entre suas principais contribuições estão a Linha de Montagem, que retira do trabalhador o controle do tempo de operação e a especialização de cada operário, que facilita e aceleração o processo produtivo.

Atualmente, indústrias de inúmeros setores se encontram extremamente automatizadas, com a presença de robôs operantes, substituindo o operário. A adoção da robotização tem origem direta da “revolução mental” proporcionada pela Administração Científica de Taylor e Ford, pois - visto que a racionalização da produção buscava ao máximo eliminar perda de tempo, “vadiagem” e incertezas - o uso de robôs representa, de certa forma, o ápice dessa produção racionalizada.

Empresas buscam automatizar suas fábricas por inúmeras razões, dentre as principais estão: menor custo, devido que, a longo prazo, um trabalhador humano custa mais para uma empresa que uma máquina robotizada; mais produtividade resultante da maior eficiência das máquinas em relação ao humano; pressão da concorrência, visto que atualmente, em alguns mercados, a automatização é fundamental e é usada por diversas empresas; e a simplificação da supervisão das operações devido à diminuição no número de funcionários. Por meio dessas vantagens, a empresa pode reinvestir a receita no processo produtivo e gerencial, por meio de aquisição de novos ativos, mais funcionários da área estratégica administrativa, novas filiais e fábricas, diversificação, investimento no marketing, entre outras estratégias de crescimento para a organização.

Embora a robotização tenha inúmeras vantagens para as operações da empresa, ela recebe críticas ferrenhas em relação a influência que tem na sociedade. Assim como a Administração Científica e a Linha de Montagem foram muito criticadas por sindicalistas no passado, hoje a automação industrial também é. No entanto, são criticadas por razões diferentes, enquanto as fábricas fordistas-tayloristas eram criticadas por “desumanizar” o trabalho dos operários, devido a racionalização extrema da produção, as fábricas automatizadas atuais são criticadas pelo menor uso de mão-de-obra humana na parte de operações, o que aumenta o desemprego, gerando mais desigualdade social.

Em conclusão, a relação entre a Administrativa Científica proposta pelos pioneiros Taylor e Ford e Automação Industrial usada por muitas fábricas atuais é nítida, visto que ambas se baseiam na racionalização e no aumento da eficiência da produção, pois pretendem economizar o máximo de tempo e capital.