Análise da abordagem clássica, humanística e comportamental das teorias de gestão
Pesquisas Acadêmicas: Análise da abordagem clássica, humanística e comportamental das teorias de gestão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Karen0410 • 28/10/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 3.450 Palavras (14 Páginas) • 588 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho visa analisar a abordagem clássica, humanista e comportamental das teorias da administração, destacando os elementos da comunicação e a importância da comunicação eficaz na administração.
A Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista) da Administração veio significar uma nova direção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro de um contexto organizacional.
A abordagem Humanística surgiu nos Estados Unidades, como consequência das conclusões da experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e colaboradores em meados da década 20 e 30 do século XX, foi um movimento de reação à oposição à Teoria Clássica da Administração.
A Teoria Clássica desenvolveu uma nova filosofa empresaria, uma civilização industrial, na qual a tecnologia e o método de trabalho constituem as preocupações básicas do administrador. Apesar de não ter sido questionada nas quatro primeiras décadas após sua criação, a teoria clássica era vista pelos trabalhadores industriais como um meio sofisticado de exploração de empregados a favor de corrigir a tendência à desumanização do trabalho com a aplicação de métodos científicos.
2. TEORIA CLÁSSICA
No século XX, o panorama industrial tinha características e elementos para inspirar uma Ciência da Administração: uma grande variedade de empresas, com tamanhos diferenciados, problemas de baixos rendimentos dos recursos utilizados, desperdício, insatisfação generalizada entre os operários, intensa concorrência, alto volume de perdas por decisões mal formuladas, isso tudo levou a divisão do trabalho entre os que pensam e executam, os primeiros fixam os padrões de produção, descrevem os cargos estudam métodos e técnicas de trabalho. Esse panorama levou os autores clássicos a desenvolver uma Ciência da Administração.
Nos Estados Unidos, Taylor desenvolvia a Administração Científica, com ênfase nas tarefas, no operário em si. O objetivo principal das duas teorias era o mesmo: a busca da eficiência das organizações.
Escola da Administração Científica: desenvolvida nos Estados unidos, a partir dos trabalhos de Taylor. Sua preocupação básica era aumentar a produtividade da empresa por meio do aumento da eficiência no nível operacional. Constitui uma abordagem de baixo para cima (do operário para o supervisor e gerente) e das partes (operários e seus cargos) para o todo (organização empresarial).
Teoria Clássica: desenvolvida na França, com os trabalhos pioneiros de Fayol. Sua preocupação básica era aumentar a eficiência da empresa por meio da forma e disposição dos órgãos componentes da organização (departamentos) e das suas inter-relações estruturais. Neste sentido, é uma abordagem inversa à da Administração Científica: de cima para baixo (da direção para a execução) e do todo (organização) para as suas partes componentes (departamentos). A ênfase na estrutura é a sua principal característica.
2.1 Abordagens da Teoria Clássica
A Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. Partia da organização e da estrutura como um todo, para garantir a eficiência de todas as partes envolvidas, fossem elas departamentos, seções ou pessoas como executores de tarefas e ocupantes de cargos.
Henri Fayol o criador da Teoria Clássica, dividiu as funções da empresa e criou os princípios gerais da administração, que são as bases da administração como ciência, estes princípios são úteis para estruturar qualquer organização seja qual for seu ramo de atividade e seu tamanho.
2.1.1 Fayol e as Seis Funções Básicas da Empresa
Fayol partiu de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica e estrutural, superando a abordagem analítica e concreta de Taylor.
Fayol via a organização como um corpo – o "corpo empresarial". As atividades desse corpo eram encaixadas em seis funções;
1. Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens e serviços da empresa.
2. Funções comerciais, relacionadas com a compra venda e permutação/troca.
3. Funções financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.
4. Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas.
5. Funções contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
6. Funções administrativas, relacionadas com as outras cinco funções integradas, pairando acima delas.
2.1.1.1 As Funções Administrativas
Sobre as funções administrativas, Fayol definiu elementos da Administração, ou funções do administrador, a saber;
1. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
2. Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa.
3. Comandar: dirigir e orientar o pessoal.
4. Coordenar: ligar, unir harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.
5. Controlar: verificar que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e as ordens dadas.
Fayol propôs-se a escrever sobre a função administrativa com o propósito de diferenciá-la das funções técnicas e comerciais, confundidas pelos executivos que compreendiam mal.
Ela se repartia por todos os níveis da empresa e não era privativa da alta cúpula, ou seja, não se concentrava exclusivamente no topo da empresa, não era privilégio dos diretores, sendo distribuída proporcionalmente por todos os níveis hierárquicos. Fayol refletiu sobre sua própria experiência como gerente e identificou diversas técnicas ou métodos administrativos que havia aplicado e que, em sua opinião, haviam fortalecido o corpo organizacional ou tinham-no ajudado a funcionar. Apesar dos receios de que pudesse ser mal interpretado (como foi), dado que se poderia pensar que estivesse propondo
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