Análise e Desenvolvimento de Sistemas
Por: Vitor Bittencourt • 9/4/2016 • Trabalho acadêmico • 2.130 Palavras (9 Páginas) • 247 Visualizações
Curso: Análise e Desenvolvimento de Sistemas |
Disciplina: Modelagem de Negócios |
Tutor: Luiz Reis |
Aluno(a): Manoel Vitor Bittencourt Lucena |
RA / RGM: 16096461 |
Resumo - A importância de entender o negócio antes de começar o desenvolvimento de projetos de software.
Com o surgimento de novos métodos e recursos, houve uma mudança de valores entre os instrumentos organizacionais, a tecnologia passou a ser vista como elemento imprescindível para elaboração de estratégias e formação de inteligência nos negócios.
O resultado da percepção dessa constante evolução das tecnologias e do aumento de poder proporcionado por elas, pode ser associado ao aumento no nível de exigência dos clientes, que cada vez mais esperam colher os frutos dos seus investimentos a partir do alinhamento entre tecnologia e planejamento estratégico. A capacidade de uma organização de coletar dados, interpretá-los e agir com base nele, rapidamente pode diferenciar vencedores de perdedores, em um mercado altamente competitivo.
Com o intuito de tentar garantir o alinhamento entre tecnologia e estratégias organizacionais, os projetos de software devem conhecer o cenário organizacional em um nível suficiente, a ponto de avaliar e sugerir melhorias, ou mesmo reengenharia nos processos de negócio, e entender que o sistema a ser implantado será apenas um dos recursos avaliados nesta análise, e não o único.
A importância da modelagem de negócios
Ao longo da história da humanidade, houve grandes mudanças em padrões de comportamento de processos, na forma de ver e de reconstruir o mundo, sempre foram vistas como revoluções, como redefinições da nossa própria existência. Faz-se importante entender os fenômenos e eventos, que ocasionam essas transformações.
Pode-se dizer que houve uma mudança de paradigma com relação à percepção da aplicação das TIC no mundo dos negócios. A evolução da tecnologia, da rede mundial, do poder de armazenamento e processamento de dados, com consequentes melhorias significativas na geração de informações e na construção de conhecimento, são alguns dos fatores responsáveis pelas constantes redefinições nas vidas das pessoas, organizações, e no mundo dos negócios.
O cenário competitivo obriga as empresas a pensarem em novas maneiras de gerenciamento, diante de um novo mundo, novas políticas, novas formas de relacionamento, novas organizações, nova Economia, globalizada. O apoio da TI e mais especificamente dos processos digitais, e da inteligência em rede, são fundamentais para o sucesso dessas organizações.
O fato é que os pesquisadores ou profissionais da Ciência da Computação, precisam entender que esta área, de forma geral, não é vista como “área fim”, e sim como “área meio”, por construir produtos e oferecer serviços que serão utilizados na sua grande maioria, por outras ciências e áreas. Os clientes, cada vez mais exigentes, acreditam que vão investir os seus recursos em ativos que agregarão valor ao seu negócio, alinhando tecnologia a estratégias organizacionais.
Você conhece seu projeto?
Uma vez que em geral construímos produtos para outras áreas, e oferecemos serviços para clientes que não são analistas de sistemas, devemos entender que temos que ter a preocupação de trabalhar em vários momentos, investigando cenários desconhecidos, e utilizando uma lupa para enxergar detalhes que possam contribuir com o nosso trabalho.
É imprescindível que o Analista de Negócio mergulhe no dia-a-dia do cliente, com o propósito de conhecer o cenário de negócios em um nível suficiente, a ponto de avaliar, e se preciso for, sugerir melhorias, ou mesmo reengenharia nos processos organizacionais. Neste cenário, o sistema a ser implantado será um dos recursos avaliados nesta Análise de Negócio, mas, certamente, não será o único.
Na Análise de Negócio, ter um checklist com perguntas pode servir como elemento norteador e medir o nível de conhecimento sobre o projeto a ser desenvolvido, além de que poderá ajudar bastante na execução das atividades. Assim sendo, seguem algumas sugestões de perguntas que o Analista de Negócio deverá responder, para medir o conhecimento adquirido sobre o projeto:
• O que é o seu projeto?
• A que área de negócio ele se refere?
• Como essa área “funciona”? Quais são as suas características?
• Quais são os processos de negócio da área? Que atividades compõem esses processos? Como as atividades são executadas? Quem executa as atividades? Quando as atividades são executadas?
• Quais são os pontos fortes dos processos? Quais são os pontos fracos?
• Que mudanças beneficiariam os processos?
• Já existe alguma aplicação semelhante ao projeto no cliente?
• Caso exista, quais são os seus pontos fortes? Quais são os seus pontos fracos?
• O que o cliente espera do sistema que será resultado do projeto?
• Existem aplicações legadas que devam ser integradas a esse sistema?
• Quem serão os “usuários” desse sistema?
• Que características esse sistema terá?
O que é modelagem de negócio
Sistemas de Informação (SI) gerados a partir desses projetos serão utilizados por diversos tipos de pessoas, em diversos tipos de cenários. Cabe aos analistas/desenvolvedores, o desafio de construir sistemas que se encaixem de forma intuitiva e natural nos cenários em que vierem a ser usados, além de agregarem valor ao dia-a-dia dos seus usuários.
Antes de pensarmos no software que será desenvolvido, precisamos entender o domínio do negócio de que este software fará parte e o mais importante, construir uma visão crítica sobre o mesmo. Através dessa visão crítica, poderemos encontrar a melhor maneira de aplicar a tecnologia, de acordo com as necessidades impostas pelo domínio e expectativas do cliente.
A Engenharia de Software, área da engenharia que estuda os métodos, ferramentas e procedimentos utilizados na produção de software, sugere a sistematização das atividades ligadas ao entendimento e avaliação dos domínios das aplicações de software, através das definições da área de Modelagem de Negócio. Os métodos trazem os detalhes de como fazer para construir o software, incluindo atividades como planejamento, estimativas de projeto, além das atividades de análise e desenvolvimento; as ferramentas, por sua vez, dão apoio aos métodos, automatizando as atividades; os procedimentos, por último, representam o elo entre os métodos e as ferramentas, definindo, por exemplo, a sequência em que os métodos serão aplicados e os produtos que serão entregues.
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