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Aprendizagem Comportamento Organizacional

Por:   •  12/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.886 Palavras (8 Páginas)  •  354 Visualizações

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Resumo

A aprendizagem já era vista como parte do processo, mas seu reconhecimento veio com a globalização e dinamização do mercado onde, passaram a enxerga-la como parte fundamental no desenvolvimento das pessoas e de uma organização competitiva. As empresas modificaram seu posicionamento buscando inovação, otimização dos processos e melhoria nos produtos e serviços. A aprendizagem tornou-se um diferencial competitivo para as grandes corporações.

A partir dessa análise foi possível compreender como a Faro Runners trabalha a aprendizagem internamente, como é estruturada, contribuindo para o enriquecimento da teoria e prática relacionada ao tema.

Palavras-chave: Aprendizagem, Aprendizagem organizacional, Conhecimento, Gestão de pessoas, Treinamento.

1 Introdução

Em meio as incertezas de um mercado competitivo, dinâmico e repleto de inovação as organizações, tem compreendido que o capital humano e a gestão do conhecimento são partes essenciais para se manterem em crescimento. Todo processo de aprendizagem e criação de novo conhecimento começa nas pessoas, elas são o ponto de partida e de sustentação para a ação estratégica das organizações. Saber gerir, criar e propagar o conhecimento dentro das empresas, além de reter e desenvolver as pessoas é fundamental para se manterem competitivas e obterem sucesso.

O modelo de negócio do século passado não serve mais à dinâmica corporativa atual. Sobrevive, assim como os homens pré -históricos, a organização que se adapta melhor e mais rápido as novas e constantes exigências.

A empresa estudada é a Faro Runners, o que nos leva a problemática desse estudo e questionar de que maneira a empresa trabalha suas práticas de aprendizagem organizacional. Descobrir como as pessoas e as organizações aprendem é um bom começo para se compreender como se dá a construção dessa dimensão chamada conhecimento organizacional

O objetivo geral é analisar as práticas de aprendizagem organizacional, através de quatro objetivos específicos: realizar a revisão da literatura sobre o tema; realizar uma entrevista estruturada com um profissional da empresa responsável ; discutir os resultados obtidos conforme a teoria revisada e sugerir melhorias, caso necessário.

Na primeira parte, "Desenvolvimento", apresenta-se a fundamentação teórica, pesquisada acerca do tema (principais conceitos e melhores práticas) e a descrição detalhada do método de pesquisa, com a caracterização da empresa, participantes, apresentação dos dados. Na segunda parte, “Resultados e Discussão”, é feita a comparação entre o que foi encontrado na teoria e na prática. E, por fim, na “Conclusão", encerra-se o estudo apontando as considerações finais e as dificuldades enfrentadas durante a pesquisa.

2- Desenvolvimento

2.1 Aprendizagem: Abordagens clássicas

Para iniciar e preciso retomar autores clássicos da psicologia com as teorias da aprendizagem instrumental por Skinner e a da aprendizagem por modelagem por Bandura.

A palavra chave da teoria de Skinner é comportamento. Para ele, a aprendizagem concentra-se na capacidade de estimular ou reprimir comportamentos, desejáveis ou indesejáveis.

De acordo com as idéias de Skinner (2005), pode-se dizer que aprendizagem é uma mudança na probabilidade da resposta, devendo especificar as condições sob as quais ela acontece. É importante salientar que o mesmo autor garante ainda que a execução de um comportamento é essencial mas não é isso que afirma a existência de uma aprendizagem. Assim, é necessário que se saiba a natureza do comportamento, bem como, entenda-se o seu processo de aquisição.

De acordo com Glassman & Hadad (2008), Skinner foi o pioneiro na criação de uma abordagem para o estudo do comportamento aprendido. Para Skinner, os trabalhos internos da mente e de corpo estavam inacessíveis à observação direta e, para se compreender o comportamento, bastava entender o ambiente em que uma resposta ocorria a própria resposta e a consequência da resposta.

Segundo Giusta (1985), o condicionamento operante surgiu com o objetivo de se explicar aprendizagens mais complexas. O condicionamento operante transferiu a ênfase do estímulo antecedente (como no caso do condicionamento clássico) para o estímulo consequente como recurso para se garantir a manutenção ou extinção de certo comportamento.

Segundo Skinner, as condições do meio associam e afetam as respostas do organismo. Para ele, a aprendizagem concentra-se na capacidade de estimular ou reprimir comportamentos, desejáveis ou indesejáveis.

Os comportamentos são obtidos punindo o comportamento não desejado e reforçado ou incentivado o comportamento desejado com um estímulo, repetido até que ele se torne automático. Aprendizagem ocorre através de estímulos e reforços, de modo que se torna mecanizada

Albert Bandura enfatiza os conceitos de personalidade que reconhecem a importância do contexto social, assim como descreve as variáveis cognitivas que a descrevem e predizem o comportamento (CLONINGER, 1999). Para Bandura, os seres humanos são flexíveis nas formas de aprender, por isso, o teórico entende que a aprendizagem pode ser ativa ou por observação. A aprendizagem ativa ocorre por meio de experiências diretas que são comportamentos apresentados com suas respectivas consequências. Logo, a aprendizagem ativa ocorre mediante a reflexão do comportamento e avaliação das suas consequências. As consequências dos comportamentos, por sua vez, têm como funções informar os efeitos das ações, motivar comportamentos antecipadamente e reforçar (FEIST; FEIST, 2008).

A aprendizagem por observação, meio pelo qual advém a maior parte das aprendizagens, ocorre por meio da observação de comportamentos de outras pessoas que fornecem experiências indiretas (vicárias) e tem como consequência reforços vicários. Esses, por sua vez, possibilitam que indivíduos sejam reforçados ao observar uma pessoa sendo reforçada. Nesse sentido, Bandura destaca que os reforços diretos não são essenciais a aprendizagem, apesar de fornecer incentivos ao desempenho (CLONINGER, 1999). Dessa forma, a aprendizagem por observação pode ser considerada mais eficiente, já que não expõe os indivíduos a reforços ou punições e, assim, evitam que o processo cognitivo e o desenvolvimento social sejam atrasados.

A aprendizagem por observação ocorre por meio do processo denominado de modelação, no qual a observação é seguida por um processo cognitivo, o que implica dizer que esse tipo de aprendizagem não é uma pura imitação, já que necessita de representações simbólicas peculiares a cada indivíduo e situação. A modelação depende das consequências do comportamento, das características do modelo observado e do observador. Assim, esse processo envolve mecanismos de atenção, representação, produção comportamental e motivação (FEIST; FEIST, 2008).

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