As Questões de Atividade a Distância

Questões de Atividade a Distância

Questão 1

R.: A autora apresenta uma discussão sobre os sentidos atribuídos à política e de que modo tais sentidos às vezes apresentam paradoxos. O paradoxo apresentado por Chauí, a política seria uma atividade que envolve a todos ou uma atividades especializada. Com o distanciamento desses conceitos ela demonstra que ao mesmo tempo política tem a função de dirigir a coletividade organizada dependendo do bem estar comum, também é definida como atividade exercida pelos políticos, há um distanciamento com as pessoas que não se encontram dentro desse mundo, que não são “especializadas”, esses políticos geralmente tem interesses particulares contrários aos gerais, criando uma desconfiança.

E essa ultima definição de politica vem estado no senso comum no Brasil por uma desconfiança da população, por causa de vários escândalos de corrupção, alta taxa de inflação, desemprego, má divisão dos recursos, entre outros. Nos últimos tempos esse assunto tem se evidenciado, mas sempre existiu, e se observamos bem não deveríamos ver como algo comum em relação a politica. Podemos citar como exemplo de manifestação popular brasileira contemporânea, foi o que ocorreu em maio de 2018: o aumento dos preços dos combustíveis causaram a greve dos caminhoneiros no Brasil, também chamada de Crise do Diesel, transformando o país em um caos e afetando ainda mais a sua estrutura.

Questão 2

R.: Cidadãos são homens nascidos no solo da Cidade, com seus direitos inquestionáveis: a isonomia que consiste no princípio da igualdade de todos perante a lei e a isegoria que é o direito de discussão e manifestação de suas opiniões sobre ações na Cidade.  É participar de todas as ações que contribuem para uma sociedade de maneira ativa, contribuindo para que ela se torne um lugar melhor, e exercendo os seus deveres. Política são os negócios públicos dirigidos pelos cidadãos com por exemplo: costumes, leis, administração dos serviços públicos, das atividades econômicas da Cidade, entre outros.

Questão 3

R.: Platão e Aristóteles concordam em relação ao caráter natural da polis e da justiça que é uma relação entre a lei, a natureza e ordem. Porém discordam do modo de como cria-se justiça.

Para Platão o homem e polis possuem a mesma estrutura. O homem é dividido em três almas: a alma concupiscente ligado aos desejos corpo, a alma irascível ligada à defesa do corpo contra agressões, e por último a alma racional ligado ao conhecimento.  A polis também é dividida em três classes sociais, a classe econômica que garante a subsistência do povo, a classe militar que defende a polis e a classe dos magistrados que governa. E um homem só pode ser justo ser quando a alma racional é mais forte do que as outras, pois com o domínio do racional o homem é elevado ao conhecimento tornando-se virtuoso.

Já para Aristóteles justiça e distinguida em dois tipos de bens: os bens partilháveis que são os bens que podem ser divididos e distribuídos, e os bens participáveis que são o bens que são indivisíveis, só podendo ser participado. Na cidade a há dois tipos de justiça a distributiva (distribuição de bens econômicos) e a participativa (poder politico). A cidade justa sabe igualar a desigualdade.

Questão 4

R.: Segundo Marilena Chauí para compreendemos  as teorias politicas cristãs precisamos compreender duas tradições cristãs; a hebraica e a romana. Assim “a seita cristã irá diferenciar-se de outras porque a herança judaica – dos primeiros apóstolos – e romana – dos primeiros padres – conduzirá à ideia de povo (de Deus) e de lei (de Deus), isto é, a duas ideais políticas. A seita cristã é uma comunidade cujos membros formam o povo de Deus sob a lei de Deus. Essa comunidade é feita de iguais – os filhos de Deus redimidos pelo Filho -, que recebem em conjunto a Palavra Sagrada e, pelo batismo e eucaristia, participam da nova lei – a aliança do Pai com seu povo pela mediação do Filho. A comunidade é a ekklesia, isto é, a assembleia dos fiéis, a Igreja. E esta é designada como reino de Deus. Povo, lei, assembleia e reino: essas palavras indicam, por si mesmas, a vocação política do cristianismo, pois escolhe para referir-se a si mesmo os vocábulos da tradição política judaica e romana.” (CHAUÍ, Marilena, 2000, pág 501).