Atividade 3 Case Empresa Cidadã
Por: DAVID FONSECA • 1/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.513 Palavras (7 Páginas) • 392 Visualizações
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Curso de pós-graduação: MBA em Gestão Ambiental
Aluno: David Avelino da Fonseca
RA: 611.105.963
Turma: 01°A
Professor: Arlindo Rodrigues
Disciplina: RESPONSABILIDADE SÓCIO AMBIENTAL
Atividade 3
Pesquisar um projeto cidadão de uma empresa e apresentar os pontos positivos e as oportunidades de melhoria do projeto. Aplique os conceitos presentes na apostila e pesquisas pessoais e, apresente sempre a citação da fonte da informação e a Referência Bibliográfica.
CASE
EMPRESA BAESA-ENERGÉTICA BARRA GRANDE SA
PROGRAMA DE REINTRODUÇÃO DA DYCKIA DISTACHYA
A EMPRESA
A BAESA – Energética Barra Grande S/A – foi constituída em 14 de maio de 2001, data em que obteve a concessão da Usina Hidrelétrica Barra Grande, empreendimento construído nas Serras Catarinense e Gaúcha, mais precisamente no leito do rio Pelotas, entre os municípios de Anita Garibaldi, em Santa Catarina, e Pinhal da Serra, no Rio Grande do Sul.
É uma empresa formada pelo consórcio de cinco investidores, com a seguinte composição acionária:
- Alcoa Alumínio S/A – 42,2%
- Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) – 25%
- Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) – 15%
- Camargo Corrêa Cimentos – 9%
- Departamento Municipal de Eletricidade (DME) – 8,8%
A construção da Usina Hidrelétrica Barra Grande iniciou em 27 de junho de 2001 e as estruturas foram concluídas em 18 de junho de 2005. No dia 4 de julho de 2005, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) emitiu a Licença de Operação, autorizando o fechamento dos túneis de desvio e a consequente formação do reservatório. Assim, em 1º de novembro de 2005, a Usina entrou em funcionamento, pois foi ativada a primeira de suas três Unidades Geradoras. Três meses depois, em 31 de janeiro de 2006, foi ativada a segunda Unidade Geradora e, em 30 de abril de 2006, entrou em operação a terceira e última Unidade Geradora.
O PROGRAMA
Objetivos e Estratégias
Segundo a concessionária BAESA, o Programa de Reintrodução da Dyckia Distachya é o mais ousado projeto de recuperação de espécies vegetais desenvolvido por empreendimentos hidrelétricos no Brasil. Trata-se de superar o desafio de reintroduzir uma bromélia, ameaçada de extinção, fora de seu local de origem.
A decisão de implementar o Programa de Reintrodução da Dyckia Distachya deve se ao interesse da BAESA em assegurar a preservação de uma espécie típica de corredeiras da bacia do rio Uruguai. A formação dos reservatórios das Usinas Hidrelétricas de Itá e Machadinho, cujo enchimento se deu nos anos de 1999 e 2001, causou a extinção de algumas populações naturais da espécie. Com a construção da Usina Hidrelétrica Barra Grande, iniciada em 2001 e concluída em 2005, recaiu sobre a BAESA – empresa responsável pela instalação do empreendimento – a responsabilidade de provocar a extinção da Dyckia distachya nas corredeiras do rio Pelotas, já que há registro da espécie na natureza em outros locais, como na fronteira entre Brasil e Argentina, mais precisamente no Parque Provinciano Moconá, de mil hectares, e na Reserva de Biofesra Yabotí, com 223 mil hectares. Em território brasileiro, há populações da bromélia na Floresta do Parque Estadual do Turvo, de 40,6 mil hectares. O desconhecimento sobre a grave situação da Dyckia distachya contribuiu para que, posteriormente, a responsabilidade sobre a BAESA se tornasse motivo para cobranças e acusações. Ante a ausência de manifestação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), do Ministério do Meio Ambiente e de outras entidades ambientais sobre o assunto, coube ao biólogo Ademir Reis, professor do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina, explicitar o risco que a formação do reservatório da Usina Barra Grande representava à sobrevivência da espécie.
Na época, ao tomar conhecimento do risco que a formação do reservatório representava à sobrevivência da bromélia e também da exigência em resgatar suas populações, a BAESA encampou uma grande operação de salvamento, tendo resgatado um total de 18.723 exemplares da espécie.
Concluído o trabalho de resgate, a empresa obteve, em 4 de julho de 2005, a Licença de Operação para formar o reservatório da Usina Hidrelétrica Barra Grande. Simultaneamente a empresa lançou o Programa de Reintrodução da Dyckia Distachya, contratando para coordená-lo o professor Ademir Reis, reconhecidamente uma das maiores autoridades no assunto. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) também participa do trabalho. O programa, em execução há cinco anos, estabeleceu os seguintes objetivos:
- Financiar estudos e pesquisas de variabilidade genética, propiciando condições para o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos sobre o tema.
- Desenvolver ações voltadas a assegurar a conservação da Dyckia distachya ex-situ (fora do local de origem).
- Construir um viveiro de mudas para produção de sementes e formação de novas colônias da Dyckia distachya.
Definidos os objetivos do Programa de Reintrodução da Dyckia distachya, a BAESA entendeu que o cumprimento das metas passava pela obediência a três estratégias fundamentais:
- O desenvolvimento do programa deveria necessariamente contar com a participação de universidades e empresas de pesquisas na área ambiental.
- A legitimidade do programa deveria ser atestada em trabalhos acadêmicos, de modo a motivar o debate e a esclarecer possíveis dúvidas sobre o assunto.
- A BAESA deveria necessariamente dispor de um local onde fosse possível produzir sementes e mudas da bromélia Dyckia distachya.
A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA
De acordo com a Baesa, o Programa de Reintrodução da Dyckia Distachya vem sendo executado em conformidade com o plano de trabalho estabelecido logo após a descoberta de novas populações da bromélia na área de abrangência da Usina Hidrelétrica Barra Grande, a coleta dos exemplares e a definição dos locais de relocação.
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