Coase e os Custos de Transação
Por: Lorena Meriguete • 6/12/2016 • Seminário • 850 Palavras (4 Páginas) • 634 Visualizações
Introdução
O artigo aborda a Taxação Pigouviana, o Teorema de Coase, as externalidades e os Custos de Transação, encerrando com uma análise das diferenças primordiais entre Coase e Pigou
1. As Externalidades
Resultado da ação praticada por alguém ou alguma instituição em relação a terceiros
Externalidade Negativa: custo social maior que o custo privado
Ex.: Quando uma empresa polui os rios de uma cidade para efetivar sua produção, gerando custos adicionais para a sociedade.
Externalidade Positiva: custo privado beneficia o social
Ex.: Pesquisa de novas tecnologias.
2.Pigou e o princípio-poluidor pagador
Início em 1920 com o livro de Arthur Cecil Pigou: The Economics of Welfare;
As atividades econômicas poderiam gerar efeitos ambientalmente negativos a terceiros (externalidade negativa) e estes não eram solucionados (internalizados) pelo mercado, cabendo ao Estado a sua correção;
Distinção entre custos privados e sociais das atividades econômicas;
Recursos ambientais poderiam se tornar escassos, logo sua teoria visava alcançar um equilíbrio entre os que exploram o meio-ambiente e os que desfrutam dele, gerando uma maximização do bem-estar social e justiça econômica.
2.Pigou e o princípio-poluidor pagador
Imposto Pigouviano estimula os poluidores a investir em novas formas de produção que não contaminem o meio-ambiente;
Caso o custo das alterações para adoção de um método mais limpo de produção seja maior que o custo do imposto, a empresa continuará a poluir;
3. Coase e os custos de transação
Em 1960, Ronald Coase publica o livro “The Problem os Social Cost”, tratando das externalidades e seus custos de transação;
A negociação privada é mais eficiente e menos custosa do que a participação do estado, através de impostos, como defendia Pigou;
Questão principal: evidenciar os direitos de propriedade dos bens;
Bem Privado X Bem Público;
3.1 - As Externalidades por Ronald Coase
Abordagem Pigou: A causa um prejuízo a B o que fazer para coibir A?
Abordagem Coase: ao punir A e beneficiar B externalidade negativa sobre A;
Teorema de Coase: o mais importante é a alocação de recursos, e o mercado deve beneficiar o sistema mais produtivo;
3.2 A determinação de preços com responsabilização pelos prejuízos
A resolução do problema é plenamente satisfatória quando a atividade nociva tem que pagar por todo o dano causado e o sistema de determinação de preços funciona perfeitamente a operação do sistema de preços funciona sem custos;
3.2 A determinação de preços com responsabilização pelos prejuízos
Vamos exemplificar, de forma simples, uma precificação baseada na Teoria do Coase:
Pense em uma fábrica construída ao lado de um vilarejo;
Agora imagine que essa fábrica faça tanto barulho que os preços das casas do vilarejo caíram pela metade poluição sonora;
3.2 A determinação de preços com responsabilização pelos prejuízos
De acordo com Pigou, a solução seria tributar a fábrica para que a mesma se adequasse até chegar a um nível satisfatório de poluição sonora.
3.2 A determinação de preços com responsabilização pelos prejuízos
No caso dos direitos de propriedade estarem bem definidos, sejam em favor da fábrica ou do vilarejo, e as transações tiverem custo zero, teremos as duas soluções abaixo, baseadas no Teorema de Coase, para que as partes entrem em um acordo entre si, sem a necessidade de intervenção do Estado:
3.3 O sistema de responsabilização de preços sem responsabilidade pelos prejuízos
Com transações de mercado sem custos, as decisões dos tribunais a respeito da responsabilização pelos prejuízos não teriam efeito na alocação dos recursos;
Observa-se a importância das transações terem custo zero, bem como os direitos de propriedade estarem bem definidos.
3.4 A consideração do custo das transações do mercado
Análise econômica
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