Como uma empresa é socialmente responsável
Por: pnn96 • 22/3/2017 • Trabalho acadêmico • 1.099 Palavras (5 Páginas) • 290 Visualizações
ABORDAGEM FILOSÓFICA:
a) Indicar qual é a condição em que está submetido o sujeito de exclusão?
A condição do negro está ligada ao racismo, e à miséria. Considerando a população brasileira em geral, pode-se afirmar que raros são os casos nos quais os negros superam condição de pobreza ou mesmo de miséria e recebem notoriedade social.
A miséria causada pelo racismo e pelas políticas de Estado pós-libertação dos escravos e a despreocupação das autoridades geraram um contingente de excluídos ou marginalizados, que são reconhecidos pela mesma cor de pele, cabelo, lábios e cultura de raízes africanas – os negros.
CONDIÇÃO – De pobreza, marginalização, baixa estima e falta de notoriedade social.
b) Qual é o principal dilema humano circunscrito neste cenário/situação de exclusão?
A falta do mínimo necessário para a vida gerou e fera duas orientações: a revolta e a acomodação.
a) a revolta: pode ser política, isto é, negros e negras se encontram para discutir o que lhes faz sofrer e cobrar das autoridades a igualdade;
b) a acomodação: pode ser entendida como uma alienação. Muitos negros e negras simplesmente aceitam o papel que as elites lhes impuseram durante séculos - a de que eram trabalhadores braçais em situação precária. Por outro lado, a alienação pode gerar a vitimização: o indivíduo se vê sempre perseguido e incapaz de agir, o que resulta em baixa autoestima. Em consequência, os negros valorizam outras culturas, como a da hegemonia branca europeia.
DILEMA:
Revolta – A revolta dos excluídos pode ser política, eles se encontram para discutir o que lhes faz sofrer e cobrar das autoridades a igualdade.
Acomodação - A acomodação pode ser entendida como uma alienação.
c) Apresentar o autor(es) e obra(s) (livros, artigos, sites) que refletem sobre o tema escolhido. Como este autor fundamenta a condição humana?
I – Professor Vanderlei Medeiros
A relação do racista é ligada diretamente ao pensamento de dominação de um povo sobre outro, característica dos processos de colonização que empreenderam ao longo da história. A dominação dos europeus contra africanos e americanos levou à escravidão de negros e índios no Brasil.
O racismo não apenas mata, mas deixa morrer e faz matar. Por isso devemos valorizar atitudes antirracistas, para construir consciência e favorecer práticas de valorização da vida. Assim, o antirracismo se traduz em duas condições, uma ética e outra política. A condição ética trata de refletir sobre si para não cometer a violência. A condição política se ocupa de evitar ações racistas de outras pessoas e exigir que as autoridades promovam a inclusão das vítimas, participando ou se solidarizando com grupos representativos dessa minoria, que é minoria no usufruto dos seus direitos e não em termos de números.
Para não se comprometer com o racismo, é preciso ser antirracista, pois, quem não se opõe ao racismo diretamente coloca-se em uma opção de banalidade e omissão em relação às vítimas, e ainda colhe os frutos do racismo. Se a vítima não combate o racismo, então, vai colher os frutos da discriminação.
II – Professor Cleito Pereira dos Santos
O contexto das relações raciais está marcado pela existência de discriminação e desigualdade que mantém o prestígio e poder do grupo racial dominante e não como resquícios do passado. A ordem social competitiva se baseia na existência e realimentação de critérios de classificação pela cor da pele.
Resultando numa subordinação dos negros à estrutura social assentada na existência do trabalho assalariado, do mercado tipicamente capitalista e de uma estratificação social que leva em conta o critério racial na distribuição das oportunidades de acesso ao lazer, educação, trabalho, moradia e outros. A ideologia racial brasileira funciona como um mecanismo de estratificação social no interior da sociedade e, especificamente, no mercado de trabalho.
Estudos indicam a permanência de discriminação no mercado de trabalho nas empresas privadas e nas instituições estatais. A superação do racismo só poderá ocorrer com a superação das bases sociais que lhe dão sustentação. O racismo, enquanto construção do capitalismo, será eliminado à medida que diminuir as formas de subordinação e dominação no trabalho, no mercado e na sociedade. Estes são pressupostos fundamentais para entendermos e vencermos o racismo, a discriminação e o preconceito, na sociedade atual.
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