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Empreendedorismo feminino: Oportunidade ou necessidade?

Por:   •  2/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.086 Palavras (5 Páginas)  •  674 Visualizações

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Artigo: Empreendedorismo feminino: oportunidade ou necessidade?

Nome: Jordana Patrícia de Paiva

Turma: Administração/Noite/Tutoria de Empreendedorismo

O artigo estudado tem como objetivo desvendar os fatores que influenciam as mulheres a empreenderem em sua região e se tal situação é por necessidade ou oportunidade. A cidade em específico escolhida é a Ceilândia, uma região administrativa do Distrito Federal (DF), que tem mais de 600mil habitantes, e a mesma surgiu a partir da Campanha de Erradicação de Invasões – CEI (Ceilândia), promovida pelo Governo do Distrito Federal, a partir de 1971, em razão do grande número de favelados que surgia em torno da nova capital. (WIKIPÉDIA; GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL, 2009).

De acordo com a pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor – GEM (2007), as mulheres são mais de 50% da população brasileira e chefiam 1/3 das famílias. Representam 52% dos empreendedores do país, atuando em diversos setores e atividades.

Conforme estudos realizados pelo Gem, a maioria dos empreendedores inicia seu negócio sem o conhecimento ou experiência necessária, e isso é uma situação mais grave quando o empreendimento é motivado por necessidade, e não por oportunidade.

O empreendedorismo por necessidade inicia-se quando o indivíduo sente-se na obrigação de obter uma renda por falta de oportunidade, ou pelo fato de está insatisfeito naquela atividade remunerada que exercia. Também pode-se falar que esse indivíduo desfruta de menos recursos e tem o nível abaixo de serviços, em consequência da sua falta de instrução, conhecimento e sofisticação tecnológica.

Empreendedorismo por oportunidade acontece quando o indivíduo se depara com uma oportunidade, seja ela por conhecimento na área, nível de tecnologia alto ou diferenciação por criatividade.

Foi constatado por uma pesquisa realizada pela IBQP em 2009, que entre os anos de 2003 a 2008, os índices de proporção de empreendedores por motivação no Brasil, superaram o empreendedorismo por necessidade, e obteve destaque no empreendedorismo por oportunidade. Conclui-se que o mercado brasileiro está mais afável, facilitando a introdução de novos empreendimentos, e os indivíduos estão identificando as oportunidades assertivas e investindo em novos segmentos.

O empreendedorismo feminino teve grande crescimento nos últimos anos, conforme a citação a seguir:

Em 1940, quase metade (48%) da população ativa feminina era focada no setor primário da economia, basicamente na agricultura. Em 1990, mais de dois terços (74%) da população economicamente ativa feminina era concentrada no setor terciário, ou seja, em serviços, principalmente em alguns setores da economia, como atividades comunitárias, áreas voltadas á educação, serviços de saúde e principalmente serviço doméstico. Hoje, a versatilidade é a qualidade que resume a condição atual da vida feminina. (RAPOSO; ASTONI, 2007, p. 36-37).

E ainda sim existe o preconceito em desigualdade de oportunidades no mercado de trabalho, diferencial salarial entre os sexos, e dificuldade de inserção nos cargos por ascensão.

Um ponto interessante é o desemprego dos chefes de família, que é um ponta pé inicial para essas empreendedoras, principalmente casadas e com filhos, a iniciar sua atividade empreendedora para suprir o orçamento familiar. O Relatório GEM de 2007 consultado pelo artigo apresenta que, entre 1996 e 2006, o número de mulheres indicadas como “chefe de família” aumentou (79%), quando essa variação em relação aos homens foi de apenas (25%).

Este mesmo Relatório GEM apresenta:

A necessidade é fator de motivação para as mulheres iniciarem o empreendimento. Enquanto 38% dos homens empreendem por necessidade, esse percentual aumenta para 63% para as mulheres. A maioria dos empreendedores, independente de seu estágio e motivação, não teve orientação para a abertura de seus negócios. Contudo, é relevante frisar que os empreendedores por oportunidade demonstram mais interesse em buscar orientações (45,3%) que aqueles que empreendem por necessidade (37,5%) (GEM, 2007, p. 10).

Muitos fatores justificam o crescimento ativo feminino no mercado de trabalho, um deles é o nível de escolaridade feminino acima do masculino.

De acordo com Jonathan (2005) as mulheres empreendedoras caracterizam-se por serem destemidas, autoconfiantes, apaixonadas e identificadas com seus empreendimentos.

A Pesquisa GEM de 2003 apresenta que havia 6,4 milhões de empreendedoras, o que representou 46% do total de empreendedores brasileiros. E em 2007, as mulheres apresentavam 52% dos empreendedores no Brasil, comparado ao ano da pesquisa em 2001

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