Estudo Sobre a Percepção de Impacto do Sistema SIGEDUC na Escola Estadual Professor Pedro Raimundo do Nascimento
Por: Caio Oliveira • 2/7/2019 • Trabalho acadêmico • 2.004 Palavras (9 Páginas) • 331 Visualizações
Estudo sobre a percepção de impacto do sistema SIGEDUC na Escola Estadual Professor Pedro Raimundo do Nascimento
Caio Anderson de Oliveira Pereira ¹
¹ Discente do curso de Análise e desenvolvimento de sistemas, do instituto federal de educação, ciência e tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN/ Campus Pau dos Ferros
caio.anderson.oliveira@gmail.com
Introdução
A discussão de sistemas digitais como o futuro já não faz mais sentido atualmente, devido sua ampla utilização em inúmeros setores observamos que sistemas de informação deixaram de ser o futuro para se tornar o presente. Isso nos leva a uma reflexão histórica sobre como esses sistemas passaram a ser implementados e como está sua difusão hoje.
Dentre muitos outros meios, o âmbito escolar oferece um vasto campo para a introdução de sistemas de gerenciamento, visto a grande quantidade de dados que se lida em todos os setores de uma escola. É necessário pensar formas inteligentes de armazenamento e processamento de informações como notas, faltas, conteúdos ministrados, históricos escolares, acervos de bibliotecas, alimentos, materiais para aulas dentre outros tipos de dados.
Até a pouco tempo as escolas estaduais do estado do Rio Grande do Norte (Brasil) ainda geriam informações de forma tradicional, com uso de atas, pastas e diários escolares em papel, métodos que demandavam muito espaço físico e ofereciam pouca agilidade para consultas. A partir do ano de 2012 passou-se a introduzir na rede pública estadual o Sistema Integrado de Gestão Educacional (SIGEduc), uma plataforma digital que tem por função substituir oficialmente alguns dos métodos tradicionais de gestão da escola, através da qual professores registram informações (notas, presenças, conteúdos de aulas) que são armazenadas num banco de dados compartilhado, facilitando tanto o trabalho no ambiente escolar quanto a consulta de informações por órgãos superiores de educação (secretaria de educação, DIREDs entre outros).
Buscamos aqui estudar o processo de adaptação e as formas de uso diário desse sistema em uma escola da rede estadual do Rio Grande do Norte. O propósito principal desse trabalho está em conhecer a percepção dos professores da referida escola sobre o sistema, desde sua introdução até o uso cotidiano atual, saber como foi o impacto da mudança na forma de trabalho, ter uma avaliação qualitativa do SIGEduc considerando suas vantagens e seus problemas.
Metodologia
Para a elaboração desse trabalho foi feita uma busca em referenciais teóricos na área de gestão, com enfoque em sistemas digirais, baseando-se principalmente em O’BRIEN e MARAKAS (2007), além desses usamos referenciais teóricos em gestão educacional, com enfoque em LUCK(2007). Também foram buscados trabalhos posteriores sobre o sistema estudado (SIGEduc), sendo esses BARBOSA (et. al., 2019) e SILVA (et. al., 2017).
Para a pesquisa foi elaborado um questionário de caráter qualitativo a ser aplicados a professores e funcionários que trabalham na área de gestão da escola, as perguntas foram divididas em três categorias: conhecimentos pessoais sobre informática; processo de introdução e familiarização com sistema; percepções sobre o uso atual do sistema. Foram aplicados dez questionários a funcionários tanto que já estavam na escola antes da introdução do SIGEduc quanto aos que chegaram posteriormente. Após a aplicação as respostas foram avaliadas afim de se tirar uma impressão geral dos funcionários.
Referencial Teórico
Gestão e sistemas de informação
A larga presença de sistemas informacionais em processos comuns do dia a dia protagoniza um choque cultural entre profissionais que passaram a maior parte de suas carreiras usando métodos de trabalho analógicos. A adaptação é necessária pois os sistemas digitais proporcionam incomparáveis versatilidades, velocidades e agilidade a processos de todas as naturezas, desse modo estudar, testar e aprimorar sistemas informacionais abre novas perspectivas no campo da administração. Para estudarmos os sistemas consideramos a definição de O’Brien e Marakas (2007).
“Um sistema de informação (SI) pode ser qualquer combinação organizada de pessoas, hardware, software, redes de comunicação, recursos de dados e políticas e procedimentos que armazenam, restauram, transformam e disseminam informações em uma organização”.
Sistemas informacionais têm papel de destaque na facilitação de processos que envolvem gestão de modo geral através da aplicação de interfaces unificadas, automatização de processos e comunicação com um banco de dados. Chamamos atenção para a questão da gestão educacional, muitos dos processos internos podem e são aprimorados por ferramentas digitais, mas para melhor entendimento da questão consideramos o conceito de gestão educacional de acordo com Luck (2007).
“Gestão educacional corresponde ao processo de gerir a dinâmica do sistema de ensino como um todo e de coordenação das escolas em específico, afinado com as diretrizes e políticas educacionais e projetos pedagógicos das escolas, compromissado com os princípios da democracia e com métodos que organizem e criem condições para um ambiente educacional autônomo, de participação e compartilhamento, autocontrole e transparência”.
Buscamos, a partir dessa definição, entender quais seriam os requisitos básicos de um sistema informacional que de fato proporcione maior qualidade de gestão educacional.
Caracterização do SIGEduc
O Sistema Integrado de Gestão da Educação (SIGEduc) é um sistema informacional adotado pelo governo do estado do Rio Grande do Norte a partir de Setembro de 2012 para a gestão das atividades das escolas estaduais da rede básica de educação. De acordo o site da plataforma “O SIGEduc integra-se ao Sistema de Gestão de Pessoas da SEEC - SAGEP e ao banco de dados do INEP”. O SIGEDUC foi desenvolvido com base no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA), adotado por diversas universidades federais brasileiras (Barbosa, et. al., 2015).
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