Estudo de Caso Samarco

[pic 2]

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

Fichamento de Estudo de Caso

Danielle Carolin e Silva da Costa Ribeiro

Trabalho da disciplina Comunicação e estratégia empresarial,

                                                 Tutor: Prof. Nilton Marlucio

Recife

2017

Estudo de Caso de Harvard: Samarco: o papel da empresa no empoderamento das pessoas

Referência: www.samarco.com

Texto do Fichamento: Reconhecida como uma das líderes em responsabilidade socioambiental no Brasil, nas últimas décadas, a Samarco, é uma empresa que se preocupa com a responsabilidade social, atendendo aos interesses de todos os stakeholders. Por ser tão forte nesse incentivo, a Samarco acreditava já ter consolidação da sua imagem, como uma empresa que preserva o meio-ambiente e mantém relacionamento cordial e colaborativo com as comunidades do entorno de suas operações. Mas acreditavam que poderiam fazer mais, ampliando os projetos relacionados ao desenvolvimento comunitário, priorizando a saúde e segurança das pessoas e a proteção ao meio ambiente.

A Samarco acarretava grandes problemas ambientais, como: Poluição na água e ar, poluição decorrente de erosão e assoreamento, alterações ambientais, conflitos no uso do solo, depreciação de imóveis circunvizinhos, geração de áreas degradadas e transtornos ao tráfego urbano, tudo isso gerando conflito com a comunidade. Ela entendia, que esses impactos socioambientais e as externalidades, alteravam o cotidiano e a qualidade de vida do entorno, e isso motivava os conflitos, e impactava negativamente na obtenção de licenciamentos ambientais, além de acarretar atrasos nas obras de ampliação da capacidade produtiva, e perca de oportunidades de negócios pelos atrasos. A Samarco procurava soluções que reduzissem a situação de conflito nas comunidades, minimizando assim, os riscos para o negócio.

 

Dentre as soluções propostas pela Samarco, foram realizados o Programa de educação popular ambiental de Bento Rodrigues, e o Salvamar.

Para atender ao aumento da demanda internacional, as mineradoras brasileiras, teriam que investir em expansão. Em 1997 a Samarco decidiu construir o segundo mineroduto, e com isso veio a implantação do Programa de educação popular ambiental de Bento Rodrigues, restrito inicialmente à temática da educação ambiental, que se transformou num programa de desenvolvimento local sustentável.

Mas o programa não teve bom retorno para a Samarco, diante da crescente desconfiança de riscos iminentes de rompimento da barragem, o que traria prejuízos irreversíveis para a população. A Samarco investiu nesse programa cerca de US$ 10 mil anuais.

Após tentativas de engajamento com a população, o projeto teve fim em 2003, mas conseguiu alguns resultados como a diminuição de repetências entre alunas de 1ª a 4ª série, evasão escolar, diminuição na carência nutricional, queda no percentual de verminoses e queda no número de queimadas que afetava a região.

Mesmo com esses avanços, ao fim do projeto, a comunidade, e escolas, não deram continuidade ao programa oferecido, o que fez a Samarco reavaliar o relacionamento com a comunidade.

Para obter resultados mais significativos, obtendo sua política ambiental e tendo em vista à certificação, foi criado o sistema de gestão ambiental, elaborando um plano de emergência de derrame de óleo. A proposta era reciclar os óleos utilizados nos barcos de pesca, e serem revendidos aos pescadores da comunidade, por um custo do processo de reciclagem. E assim foi criado o Projeto Salvamar, em 2000, com o objetivo de reduzir os resíduos gerados pela atividade pesqueira e turísticas na praia, promovendo assim, a recuperação da diversidade de peixes e da qualidade da água, além disso, o projeto buscava conscientizar pescadores e a comunidade quanto a importância da preservação do ecossistema costeiro.

A empresa investiu US$ 4,8 mil no projeto, e em dois anos e meio de programa, foram recolhidos, reciclados e reutilizados mais de 1.500 litros de óleo. Foi um projeto abraçado de forma satisfatória pela comunidade de pescadores local, além de atrair os pescadores de outras regiões vizinhas, alcançando cerca de 1000 participantes, e tornando o Salvamar, um dos importantes e principais atrativos para acionistas da Samarco, e que foi de grande estímulo para seus empregados, propondo promoção do desenvolvimento ambiental sustentável.