Eticas nas organizações
Por: lisarosa97 • 23/3/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 1.543 Palavras (7 Páginas) • 168 Visualizações
Ética e Responsabilidade Social nas Organizações
O significado da ética
A ética costuma ser definida como a investigação a respeito das noções de bem e de mal, do que é justo e do que é injusto, do conjunto de valores que os homens admitem por tradição, por hábito ou pela adesão a um conjunto de crenças. Campo vastíssimo que, desde a tradição grega, foi objeto de discussão por parte dos filósofos. Nesse sentido, a ética é a apreciação da conduta humana sob o ponto de vista do bem e do mal. Disciplina ou campo de conhecimento que define e avalia o comportamento das pessoas, a ética lida com o que pode ser diferente do que é, da aprovação ou da reprovação do comportamento observado em relação ao comportamento ideal que é definido via um código de conduta, ou código de ética, implícito ou explicito. Toda sociedade institui uma moral válida para todos os seus membros, quais sejam, valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido e à conduta correta. No entanto, a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética, entendida como filosofia moral, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais. A palavra ética, do grego ethos, tem a mesma origem etimológica da palavra moral, do latim mores. Ambas significam hábitos e costumes, no sentido de normas de comportamento habituais. Alguns fazem distinção entre ética e moral. Historicamente a palavra ética foi aplicada à moral sob todas as suas formas, quer como ciência, quer como arte de dirigir a conduta.
O significado da responsabilidade social
Responsabilidade social é o conjunto de metas focadas na melhoria da qualidade de vida da população e estabelecidas com base em indicadores periodicamente mensurados. Assim, a responsabilidade social pode ser vista como uma obrigação do Estado, que a executa por intermédio de políticas públicas e arrecadação de impostos, ou uma obrigação do individuo, como voluntário em ONG’s, ou como um doador que financia as atividades de entidades beneficentes.
Em termos organizacionais, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento Gerencial, a responsabilidade social: é uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torna parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio-ambiente) e conseguir incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários.
Responsabilidade social é a obrigação que a empresa assume com a sociedade em buscar o lucro e, ainda, implementar políticas que melhorem a qualidade de vida da sociedade como um todo em uma atividade favorável ao desenvolvimento sustentável, à qualidade de vida no trabalho e na sociedade, ao respeito às minorias e aos mais necessitados, à igualdade de oportunidades, à justiça comum e ao fomento da cidadania e o respeito aos princípios e valores éticos e morais. A ação das empresas não pode comprometer as futuras gerações apenas para satisfazer as necessidades de quem a pratica. Em outras palavras: deve ser uma proposta em que todos ganhem. Em termos lógicos, pode haver três tipos de categorias de empresários com relação à RSE: o que afirma que a responsabilidade social não faz parte de seu negócio; o que pratica a boa ação, mas de forma errada (contrata, por exemplo, um deficiente físico, mas sequer pensa qual a atividade que ele desempenhará e qual o espaço que ocupará na empresa) e o que realmente entendeu o conceito. O conceito de responsabilidade social empresarial (RSE) considera que o planeta, as comunidades locais, o meio ambiente, a sobrevivência dos negócios, estão todos relacionados.
O comportamento ético e a responsabilidade social das organizações estão entre as tendências mais importantes que influenciam as ações da administração no início do terceiro milênio. Como observamos, o debate sobre a ética e a responsabilidade social é muito antigo e acentuou-se devido a problemas como corrupção, proteção dos consumidores, desemprego, poluição, entre muitos outros que envolvem as organizações públicas ou privadas. Ética e responsabilidade social não devem ser apenas obrigações das grandes empresas. Qualquer empresa pode adotar regras que respeitem os interesses públicos estratégicos (comunidades, consumidores, acionistas, profissionais da empresa, terceiro setor, governo, imprensa etc.), os chamados stakeholders (partes interessadas). Apesar de toda empresa ser “social” desde o momento (ato) em que é criada – o nome, a sede, o contrato e o capital carregam essa denominação –, apenas as “modernas” levam o conceito adiante por meio da interação com os públicos estratégicos. Essa preocupação recai, principalmente, sobre os consumidores por ser cada vez maior o índice dos que procuram agregar valor ao ato de consumir.
O primeiro passo para tornar a empresa ética é criar um código de conduta e distribuí-lo para um maior número possível de stakeholders, mas a melhor garantia para saber se uma empresa adota práticas aceitáveis pela sociedade é contatá-las e perguntar se ela possui um código de ética. Se a resposta for espere um pouco que vou verificar ou transferir a ligação para… é um indicador que ela não segue esse caminho ou enfrenta um dilema ético. Os dilemas éticos estão presentes em todos os tipos de organizações. As pequenas, por exemplo, são tentadas a “contornar” a enorme carga tributária e a desrespeitar os direitos trabalhistas e previdenciários dos funcionários; as grandes sempre estão às voltas com questões que confrontam com o governo ou com a legislação.
Assim, a ação com responsabilidade social deve fazer parte do planejamento da empresa. A pergunta é onde e como a empresa quer estar daqui a x anos. Ser 100% ético – apesar de parecer impossível – pode ser previsto. A ética é o eixo da responsabilidade social. Para não cair em contradição, a ética não permite metades. Se a empresa acredita que a diversidade pode agregar valor, na hora de contratar um negro ou um índio ela o faz sem o peso de praticar uma benemerência. Porém, antes de uma empresa partir para a responsabilidade social deve observar qual é a melhor forma de atuar. Antes de construir uma escola, um posto de saúde etc, é preciso verificar se realmente é disso que ela precisa, pois pode ser que a necessidade seja outra. As empresas têm consciência de que a adoção de compromissos éticos, geralmente agregados a ações sociais com a comunidade, proporciona melhores retornos aos acionistas e contribui para que os funcionários trabalhem mais contentes e para que os fornecedores transformem-se em parceiros estratégicos.
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