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Fundamento Subjetivo Da Ética

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Por:   •  29/1/2013  •  1.637 Palavras (7 Páginas)  •  2.601 Visualizações

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Fundamento subjetivo da ética: A consciência

Na ética, consciência significa a capacidade de distinguir entre o bem e o mal para si mesmo: ela é a norma fundamental do comportamento de cada pessoa sob o ponto de vista ético. Ela é pessoal, individual, irrepetível, pois é a convicção interna na decisão moral aqui e agora; é a inteligência fazendo juízo a respeito do acerto ou do erro para própria pessoa, de um ato já feito ou por fazer.

A formulação desse juízo pressupõe uma série de critérios que a pessoa vai adquirindo desde a infância por seus pais pelo sistema escolar, pela religião, pelos meios de comunicação, pela vida.

Evolução da consciência na história da humanidade:

- Nos povos primitivos: é mais objetiva que subjetiva, vindo de fora, como por exemplo, dos deuses, totens, mitos ou espíritos; assim, conta mais o conteúdo das ações do que a vontade do sujeito. Neste contexto, a pessoa adquire um caráter coletivo, refugiando-se no grupo;

- Hoje: ocorre uma coletivização do bem ou do mal; a expressão “todos fazem assim” revela bem que a pessoa age porque os outros agem. Porém, em contrapartida, as tendências da consciência atual caminham para a valorização das decisões íntimas da pessoa, a partir de sua realidade existencial.

Condicionamentos da consciência:

- Condicionamento biológico: idade, estado de saúde, transformações da vida (adolescência);

- Condicionamento psicológico: próprio sentido da personalidade, que é a unidade do próprio ser, tornando-o diferente dos outros;

- Condicionamento sociológico: Variáveis que influenciam o ser humano, como o local onde mora, a religião, o posicionamento político;

- Condicionamento cósmico: o universo não é um acaso ou fenômeno extrínseco à pessoa, esta acha-se inserida ou mergulhada nas realidades físicas. Como exemplo, a influencia do clima ao temperamento, ou alimentação;

- Condicionamento histórico: todos os fatos do passado marcam, consciente ou inconscientemente, a vida do presente e do futuro.

Meios para a formação da consciência:

Meios que qualquer pessoa pode usar, a fim de melhorar seus critérios no discernimento entre o bem e o mal para si.

- A procura e o zelo constante pela verdade: A ignorância a respeito das coisas, e mesmo o conhecimento vulgar, pode atrapalhar muito a pessoa. Embora seja praticamente impossível, o ideal seria atingir os níveis de conhecimento científico e filosófico, pelo menos no que se refere às realidades mais importantes da vida. É necessário que qualquer pessoa frequentemente procure respostas mais claras para as questões éticas.

- A atenção positiva aos acontecimentos: Todos os fatos possuem uma voz e falam para o homem; basta escutá-los e refletir sobre suas mensagens;

- O reconhecimento dos próprios limites: Cada pessoa tem que saber constantemente aquilo que é em si mesma e aquilo de que é capaz, para, a partir da própria realidade, dinamizar seu poder de escolha entre o bem e o mal, porém, mesmo em questões morais, deve-se levar em conta o momento histórico em que a pessoa está vivendo;

- A superação de elementos negativos:

• Precipitação - consiste em agir sem pensar, especialmente em certos estados emotivos anormais, como grande alegria, tristeza ou raiva;

• Negligência – consiste em ser indiferente para as coisas da vida;

• Preguiça – consiste em ter falta de vontade para realizar aquilo que considera válido;

• Má-fé – consiste em explorar a ingenuidade, a necessidade ou a ignorância de outras pessoas.

- O testemunho da vida dos outros: cada um se desenvolve a si mesmo mas, de outro lado, aproveita o que de válido pode encontrar na vida dos outros.

- O diálogo sobre si mesmo: Pode ajudar a perceber aspectos da própria vida e tornar-se uma pratica valida, até de forma constante, para a formação da consciência. Ninguém é tão sábio a ponto de conhecer tudo a respeito de si.

- O monólogo: é fundamental para a revitalização ou o encaminhamento do próprio ser. De vez em quando é importante uma parada a fim de a pessoa fazer certas perguntas a si mesmo, referentes ao seu comportamento.

- O uso adequado da Natureza: Na Natureza tudo tem um sentido, uma razão de ser em si mesma; assim, a água serve para lavar, purificar e limpar, as plantas dão folhas etc.

- O bom-senso, o equilíbrio e o autodomínio: O bom-senso exige que a pessoa considere bem a situação real que ela está vivendo, com todas as circunstâncias, para poder fazer uma opção; o equilíbrio exige que a pessoa forme uma unidade de tudo o que ela é para dar as respostas mais convenientes para sua vida; o autodomínio é a pessoa tomar conta de si mesma.

- O contato intermitente com a Palavra de Deus: para quem tem fé, é um ponto de referência importante para a formação da consciência, fazendo com que a pessoa descubra a maneira mais adequada de ser e agir.

A consciência e a lei

O autor da lei deve usar de sua razão que capta e define as relações existentes na realidade que será normatizada. Tudo isso visa o bem comum ou de todas as pessoas envolvidas no processo, sem levar em conta situações específicas de certos indivíduos.

A fim de satisfazer o conteúdo ético, toda lei deve primar pela justiça, isto é, deve prescrever o que está de acordo com a natureza, a dignidade de ser humano. Toda lei cria um efeito imediato, que é obrigar as pessoas a agir de uma determinada forma, porém, toda lei possui um efeito mais retomo ou mais profundo, que é dinamizar as virtudes das pessoas.

- A lei, a consciência e a sanção: A sanção nasce da responsabilidade, e é a recompensa ou o castigo exigido pela observância ou a violação do dever; é uma resposta ao comportamento da pessoa.

Tipos de sanção:

• Da consciência: produz uma satisfação ou um desgosto resultante da observância ou da violação do dever;

• Opinião pública ou sociedade: costuma estimar ou valorizar as pessoas honestas e lançar ao desprezo os iníquos e corruptos.

• Consequência natural dos

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