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Freelancers e as organizações

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Por:   •  21/5/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.382 Palavras (10 Páginas)  •  173 Visualizações

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1 FREELANCERS E AS ORGANIZAÇÕES

Em virtude da recorrente necessidade das empresas em aumentarem sua competitividade, devidas as pressões do mercado e maximizarem seus resultados, as mesmas acabam se reinventando ao longo de sua história, modificando desde processos e planejamentos até seus próprios objetivos.

É possível visualizar um claro fruto deste interminável processo através da adoção por parte de grandes empresas a uma relação de trabalho temporária.

Atualmente colaboradores de gigantes empresas como a americana IBM, juntam seus esforços com times externos e temporários de freelancers, os quais contribuem para os projetos das empresas, mesmo fora dos ambientes das organizações, através de ferramentas tecnológicas, as quais remetem a uma realidade moderna e diferenciada, tais quais as relações de trabalho nelas exercidas.

1.1 DIFERENCIAÇÃO ENTRE ORGANIZAÇÕES FLEXÍVEIS E BUROCRÁTICAS

Organizações Burocráticas apresentam características no que tange sua estrutura de forma a efetivar os objetivos que as cercam, a qual define processos, ações, comportamentos e tudo mais que seja possível moldar, com o intuito de prever a execução e os resultados, com tendências absurdas de controle, de forma a ter subsídios para lidar com as situações inerentes a este ambiente.

Vale lembrar que este tipo de abordagem nasceu com a finalidade de melhor lidar com organizações em processo de crescimento ou grandes, em razão do tamanho e complexidade das mesmas, cujas técnicas de abordagens até então aplicadas poderiam não serem as mais adequadas. O maior foco desta abordagem é a previsibilidade do funcionamento.

Esta maneira “engessada” de trabalhar com os aspectos do dia a dia remetem a algumas desvantagens, como o excesso de formalismo e documentos e até detrimento da agilidade. A característica marcante deste tipo de organização é a falta de flexibilidade, tão necessária para atingir a competitividade imprescindível do mercado contemporâneo.

Em contra partida, há organizações com estruturas mais flexíveis, tais como a IBM, que se permite trabalhar com freelancers, profissionais temporários que contribuem para os projetos isoladamente ou em conjunto com os colaboradores formais da empresa.

Para que essa realidade seja viável, se faz necessária uma arquitetura organizacional bem projetada, de forma a obter proveito da versatilidade do contingente humano que a empresa dispõe, obtendo um diferencial importantíssimo, transformando seu potencial produtivo conforme as necessidades há seu tempo.

Empresas como Apple e Google, fizeram uso desta tendência mundial para prover o sucesso de seus produtos. Ambas utilizaram força de trabalho externa para promover o desenvolvimento de aplicativos integrantes do famoso smartphone iPhone e do revolucionário sistema operacional para dispositivos móveis Android.

Outro benefício oriundo desta abordagem é a possibilidade de prover força de trabalho rápida e qualificada, capaz de apoiar uma rápida expansão, como foi o caso da montadora americana Ametek, depois de crescer em seis meses o que esperava acontecer em dois anos.

1.2 DA ABORDAGEM CLÁSSICA AO SÉCULO XXI

Estudiosos de notória importância tais como Frederick Taylor e Henri Fayol, cujas teorias nomeadas de “administração Científica” e “Teoria Clássica”, respectivamente, focaram seus esforços no ganho de produtividade por meio da otimização dos processos e tarefas, de uma maneira mecânica, que pouco observava o elemento humano na conjuntura das ações, não percebendo a importante variável que o mesmo representava e quanto poderia interferir nos resultados. Tão pouco vislumbravam o potencial humano de forma a não apenas comprometer a tarefa ou processo, mas maximizar a efetividade da ação e resultados.

Este marco na história da administração ficou gravado como Abordagem Clássica.

Outros estudiosos perceberam o ser humano no contexto da organização e instituíram ações de maneira a extrair melhor o potencial do homem. Empresas como as americanas Google e Facebook, são exemplos explícitos de como ter o elemento humano como combustível do sucesso.

Ambas trabalham com ambiente interno informal e relação de trabalho diferenciada, elementos ainda pouco convencionais, os quais estimulam o bem estar e desempenho do colaborador, através da disponibilização de espaços a princípio fora do contexto e na ótica de muitos sem necessidade, como cafeterias, espaços para descontração, sala de jogos e design inspirador, e ainda instigando a dedicação de tempo a ideias de interesse pessoal, além da interação entre as pessoas, transformando o funcionário literalmente em colaborador, apto a ser criativo, produtivo e lucrativo a qualquer momento, seja na mesa de trabalho ou na cafeteria, isoladamente ou em grupo.

Essa abordagem diferenciada no que diz respeito ao ser humano, transforma funcionários em exércitos de colaboradores capazes de conceberem produtos de sucesso, oriundos até mesmo do aspecto pessoal.

Este investimento no ser humano, talvez o maior capital das empresas, mesmo que intangível, reverte-se em números surpreendentes, pra lá dos bilhões, aquecendo os corações de cunho capitalista, através do capital numeral tangível.

Contudo, em vista das características da chamada geração “Y”, talvez fosse impossível alcançar o mesmo sucesso se a relação de trabalho não fosse adaptada. O Facebook, tem sua figura principal, um de seus fundadores, Mark Zuckerberg, profissional desta geração, o que invariavelmente transforma não só a relação de trabalho, mas o conceito da empresa propriamente dita. Sendo assim a organização trabalha a qualquer tempo e lugar, paralelamente com atividades descontraídas e de cunho pessoal, com foco nos resultados e não em onde os mesmos foram trabalhados, os maximizando.

É possível identificar muitas semelhanças nestas formas flexíveis de administrar empregadas nas empresas supra citadas, com aspectos oriundos da Teoria Contingencial, a qual prima pela capacidade de respostas a fenômenos, pela adaptação dos processos e pela capacidade de mudança na visão produtiva, entre outras, havendo uma enorme identificação entre estas formas de gestão.

1.3 FREELANCERS: FORÇA DE TRABALHO EM EXPANSÃO

É notória a crescente desta classe de trabalhadores, no que tange a forma de trabalho diferenciada da convencional, ou seja, a relação patrão e empregado.

É possível encontrar diversos materiais de pesquisas a respeito do tema, e identificar números que ratificam sua solidificação. Vejamos alguns

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