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GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  5/4/2015  •  Artigo  •  1.935 Palavras (8 Páginas)  •  408 Visualizações

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Gestão e Administração Escolar na Educação Infantil

São Carlos- SP

2014

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Gestão e Administração Escolar na Educação Infantil

São Carlos- SP

RESUMO

Historicamente, as atribuições do diretor estiveram associadas às formas burocráticas e hierarquizadas de poder e administração. Atualmente, a gestão escolar (de acordo com a concepção democrática) está imbricamente ligada às 5 dimensões da gestão: pedagógica, de pessoas, de recursos físicos e financeiros, de resultados educacionais e participativa. Essas dimensões exigem do diretor um perfil democrático para que sejam implementadas. O gestor desenvolve um perfil mais democrático ao longo das experiências que implementa na escola. O papel do diretor é fundamental para promover essas mudanças, o que exige dele uma maior formação e  a liderança para promover esse processo.

Palavras-chave: Gestão Escolar. Administração Escolar. Educação Infantil.

Introdução

Atualmente, as escolas públicas são administradas na forma da gestão democrática. Ela propicia o fazer educacional coletivo, porque estimula e abre espaços de participação cidadã. Na gestão democrática, vários são os atores e o grande desafio na implantação desse processo tem sido a integração das pessoas e a construção das ações dentro da  instituição escolar. O conceito de Gestão Escolar evoluiu com o passar dos anos. Atualmente, pensar em gestão significa gerir uma instituição escolar, desenvolvendo estratégias no cotidiano, com a finalidade de uma democratização da gestão educacional. 

Mas os conceitos que envolvem a organização escolar passaram por transformações no transcorrer dos anos, seguindo aquilo que foi elaborado para um momento especifico pelo qual a sociedade passou e passa. Primeiramente a educação sofreu fortes influências dos conceitos de administração, relacionado a empresas.

Em relação à administração escolar Santos Filho (2000), descreve como uma educação técnica, baseada em considerar a realidade como um todo estruturado e considerar a neutralidade da relação entre o sujeito e objeto do conhecimento. Nesse sentido, Nesse sentido, a relação sujeito - objeto é vista de forma fragmentada, o que reflete uma concepção de educação baseada numa relação de hierarquia poder e autoridade entre aquele que ensina (professor) e aquele que aprende (o aluno). No campo da gestão escolar, tal concepção resulta numa organização da gestão compartimentada em que os papéis e os níveis de poder estão claramente definidos. Esta perspectiva está organizada por um organograma piramidal das funções, ou seja, a administração escolar pressupunha uma organização de poder verticalizada e hierarquizada. Nesse formato, quanto mais próximo da base da pirâmide o indivíduo se localizava, menos poder de decisão no processo ele detinha. Essa forma de gerir a escola se afina com o modelo taylorista/fordista adotado pelas organizações lucrativas, como as empresas e as indústrias, que pressupõe que cada membro da organização tem seu lugar determinado e atomizado no processo e deve exercer determinada função específica para que o sistema possa funcionar em harmonia (concepção funcionalista/sistêmica).

Já a administração Escolar segundo Bordignon e Gracindo (2002) a base da organização da gestão da educação e da escola não será piramidal e hierarquizada, mas adotará um desenho circular que pressupõe a inter-relação entre os atores sociais e uma partilha de poder, o que implica corresponsabilidade nas ações da escola. Nessa perspectiva de organização e gestão escolar, os atores sociais - diretores, coordenadores, professores, pais, alunos etc. - são considerados sujeitos ativos do processo, de forma que sua participação no processo deve acontecer de forma clara e com responsabilidade.

Nesse aspecto, diferenciam-se também as funções e atribuições do diretor dentro das unidades escolares. Na administração escolar ela é entendida segundo Ribeiro (1968, p.28) não precisa ter formação no respectivo serviço de base, ou seja, na docência, uma vez que a Administração escolar é um ramo da administração geral. Para o autor, na medida em que a escola é um empreendimento de interesse público, ela pode ser vista como uma empresa do Estado e destaca a possibilidade de se estudar a Administração que seja aplicável à escola como a qualquer outro tipo de empresa.

         Em relação ao gestor escolar, ele deve agir como líder, pensando no progresso de todos que fazem parte de sua equipe, ter consciência de que sua equipe não se limita a alunos, professores e demais funcionários internos da instituição. A equipe escolar é composta também pelos pais dos alunos e por toda a comunidade de forma geral, que deve ser mobilizada para que juntos possam promover o principal objetivo de toda equipe escolar: a aprendizagem dos alunos.

        Em relação aos marcos legislativos relacionados a escola e sua gestão temos como marco importante a Lei nº 93.94/06 ( BRASIL, 1996),  traz as especificações acerca de gestão escolar. Na Lei n. 9394/1996, a gestão democrática, enquanto princípio, aparece no artigo 3, inciso VIII: “Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas de ensino”. Sobre os princípios norteadores da gestão democrática nas escolas públicas de educação básica, a LDB dispõe:

Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político-pedagógico da escola;

II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. De acordo com a legislação vigente, cabe aos sistemas de ensino regulamentar a gestão democrática por meio de dois instrumentos fundamentais ao incremento da participação:

a) projeto político-pedagógico da escola, elaborado por seus profissionais da educação;

b) conselhos escolares que incluam membros da comunidade escolar e local. (BRASIL, 1996)

        

        Portanto, nem o projeto político-pedagógico da escola pode ser desenvolvido sem o envolvimento dos profissionais da educação, nem o conselho escolar pode prescindir dos professores e dos funcionários. Pensar esses princípios implica alterarmos a escola que temos e buscarmos a construção de uma nova escola que seja pública e popular, com processos de participação e de gestão envolvendo a comunidade. Professores, coordenadores, supervisores, orientadores educacionais, funcionários, pais e alunos tomam as decisões, construindo coletivamente a autonomia da escola.

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