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Gestão de Projetos - material complementar

Por:   •  12/2/2019  •  Projeto de pesquisa  •  4.893 Palavras (20 Páginas)  •  211 Visualizações

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Material Complementar

  1. Discussão Introdutória sobre Projetos

Há quase sete décadas, SCHUMPETER (1942, apud PORTER, 1993), ressaltava que a melhoria e a inovação num setor industrial são processos que não terminam nunca. As vantagens de hoje são logo superadas ou anuladas. Segundo ele, a natureza da competição econômica não é o equilíbrio, mas o perpétuo estado de mudança.

Hoje em dia, a grande facilidade e velocidade do acesso ao “mercado global” (de consumidores, recursos, etc), principalmente devido à massificação e expansão da capacidade de comunicação através dos sistemas de computação e comunicações (acelerado após o advento da internet e da comunicação móvel), criaram um contexto que praticamente exige a entrada das corporações, que pretendem liderar (ou sobreviver), em uma “guerra” comercial de proporções globais.

É a competição onipresente ou economia quântica, como imagina GROSSO (2003 Apud PÉREZ LINDO 2005). Esse estado perpétuo de mudanças nos cenários de negócios, acelerado na era da “economia quântica”, evidencia a necessidade de um correspondente estado perpétuo de mudanças de objetivos e estratégias.

Na visão de KAPLAN e NORTON (1996), as organizações operacionalizam sua missão e sua visão quando definem uma estratégia. Por sua vez, as estratégias organizacionais são transformadas em realidade pelas organizações através da implantação de iniciativas, ou melhor, através de “projetos”. Além dos projetos estratégicos, também os projetos operacionais, “aqueles projetos que não impactam dramaticamente as estratégias e objetivos de longo prazo das organizações, mas que fazem parte da rotina, demandam eficácia e eficiência em seu processo de implantação” segundo LORANGE (apud PINTO, 1986).

Segundo ORLIKOWSKI E YATES (2002) as expectativas pela disponibilidade e rapidez de produtos e serviços ocasionou o ressurgimento do interesse no fator tempo. A obsessão pelo tempo no gerenciamento das organizações é antiga e pode ser observado, de forma evidente, desde os estudos de tempo e movimento realizados por Frederick Taylor no início do século passado. O contexto corrente colocou novamente o tempo no foco dos estudos organizacionais e, consequentemente, nos projetos e seu gerenciamento.

Segundo, o Project Management Institute (PMBoK, 2004), um projeto é “um empreendimento temporário, com objetivo de criar um produto, serviço ou resultado único”.

Por sua vez a International Standards Organization (ISO 10006) define um projeto como sendo “um processo único, consistindo de um grupo de atividades coordenadas e controladas com datas para início e término, empreendido para alcance de um objetivo conforme requisitos específicos, incluindo limitações de tempo, custo e recursos”.

Para a International Project Management Association (IPMA, 2006) e para a Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos (ABGP), um projeto é “uma operação, restrita por custo e tempo, para realizar um conjunto de entregas definidas (o escopo para atender os objetivos do projeto) conforme padrões de qualidade e requerimentos”.

Para o Office of Government Commerce (OGC, 2005), pode-se definir um projeto de duas formas:
1- Um ambiente gerencial que é criado com o propósito de entregar um ou mais produtos de acordo com um Plano de Negócios específico.

2- Uma organização temporária que é necessária para produzir uma saída ou resultado único e pré-definido em um tempo pré-especificado usando recursos pré-determinados.

Para CLEGG e COURPASSON (2004) “as organizações de projeto têm sido parte de um prodigioso movimento no sentido da sofisticação da ciência administrativa e de procedimentos desde o início do século:  através desse aparatus administrativo, líderes empresariais conseguem as coisas mais rapidamente, ao menor custo, com mais ordem e coerência”.

Segundo KERZNER (1994, Apud SHENHAR, 2001) projetos, de uma forma geral, são processos organizacionais de planejamento, organização, direção e controle de recursos, utilizados para se obter resultados e objetivos específicos, dentro de um tempo definido e, relativamente, curto. Esses processos (projetos) podem englobar não somente o desenvolvimento de produtos, mas também a construção de habitações ou a realização de um relatório de impacto ambiental.

Para LUNDIN e SODERHOLM (1995), “os projetos representam uma parte importante e comum da vida econômica e social de hoje”. Segundo eles, os esforços para renovação e para mudança nas operações existentes são usualmente organizados como projetos. Grupos especiais ou comissões são formados para lidar com a necessidade de ação, abordando necessidades ou problemas específicos, a fim de "fazer acontecer", dentro de uma organização ou entre organizações.

Naturalmente, o domínio dos processos e ferramentas que auxiliem a implantação de projetos passa a ser fundamental. Segundo JUGDEV e MILLER (2005), “na corrida (race) para criar valor nos negócios, as empresas estão utilizando gerenciamento de projetos para ajudá-las a sair das posições de desvantagem ou paridade competitiva”.


  1. Gerência da mudança: Um esforço em equipe.

Desenvolvendo, em conjunto, a disciplina de dizer “não”.

Jimmie West, PMP, PM Solutions

Para os gerentes de projetos, os pedidos de mudança são equivalentes à morte ou ao pagamento de impostos, pode ter certeza eles vão acontecer. Tipicamente, assim que os requerimentos do projeto são finalizados, os clientes solicitam uma série de pedidos da mudança. A finalidade da gerência de mudanças é proteger a restrição tripla dos projetos (tempo, custo e a qualidade) e a melhor maneira de fazer isso é engajar a equipe de projeto na implementação de um plano de gerência da mudança efetivo.

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