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História do conceito de administração

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Por:   •  10/10/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.852 Palavras (8 Páginas)  •  229 Visualizações

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oncepções clássicas da Administração[editar | editar código-fonte]

Como consequência da Revolução Industrial, segundo Chiavenato (2003), houve um crescimento desordenado e caótico das empresas. Os recursos eram mal aproveitados e desorganizados, portanto havia a necessidade de aumento da eficiência e de substituição do empirismo por métodos científicos, que assim poderiam ser comprovados por cientistas.

Esse contexto foi propício para que surgissem quase paralelamente as escalas pioneiras da Administração: a Administração Científica e a Teoria Clássica. O fundador da Administração foi o engenheiro americano Frederick Winslow Taylor (1856-1923). De acordo com Chiavenato (2003), Taylor identificou três males nas indústrias (vadiagem sistemática, desconhecimento pela gerência do trabalho dos operários e falta de uniformidade dos métodos de trabalho). Para solucionar esse problema, Taylor propôs a Organização Racional do Trabalho (ORT), que se propõe a buscar a mais rápida e eficiente forma de se executar uma tarefa, substituindo assim a observação de companheiros vizinhos, o que levava a diversas formas de execução.

Quase paralelamente à Administração Científica, surgiu a Teoria Clássica de Henri Fayol (1841-1925). Ao contrário de Taylor, que deu ênfase às tarefas, Fayol, por ter sido um homem de cúpula de grandes empresas, acreditava que a melhor forma para se atingir a eficiência era garantir a correta disposição dos órgãos componentes. Para que as organizações conseguissem dispor a organização da melhor maneira possível e, consequentemente, atingir a eficiência máxima, Fayol estabeleceu as funções básicas do administrador e da empresa, os elementos e princípios da Administração.

Apesar de serem utilizados por alguns como sinônimos, existem pontos de divergências muito marcantes entre a Administração Científica de Frederick Taylor e a Teoria Clássica de Henri Fayol. Segundo Chiavenato (2003), enquanto Taylor deu ênfase à tarefa, Fayol deu foco à estrutura. Taylor se preocupou com a Organização Racional do Trabalho (ORT), que, por meio da análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos, do estudo da fadiga humana, da padronização dos métodos e da especialização do trabalho, buscava as condições que permitissem ao operário produzir com o máximo de eficiência.

Por outro lado, Fayol enfatizou a estrutura, dividindo a organização em cinco funções (técnica, comercial, financeira, de segurança, contábil e administrativa), definindo os dezesseis deveres dos gerentes, os quatorze princípios gerais da Administração e os cinco elementos da Administração (POCCC). É preciso também ressaltar os pontos de convergências entre as duas teorias da Abordagem Clássica, como: a concepção de homo economicus, segundo a qual as vantagens financeiras são os únicos fatores motivadores e o mesmo objetivo (máxima eficiência).

De acordo com Chiavenato (2003), a Teoria das Relações Humanas (TRH) surgiu no segundo período de Taylor, mas só ganhou importância com a crise econômica mundial de 1929. A TRH surgiu como uma resposta esperada ao completo desprezo dos aspectos humanos pela Abordagem Clássica e foi bastante influenciada pela Psicologia, uma ciência humana emergente na época. A grande impulsora da TRH foi a experiência de Hawthorne, uma experiência realizada pelo Conselho Nacional de Pesquisas na fábrica de Hawthorne da Western Eletric Company.

O comandante da experiência foi o cientista social australiano Elton Mayo, que, para muitos, é o principal representante da TRH. A experiência foi dividida em quatro fases e suas principais conclusões foram: a enorme relevância da integração social para a produtividade, a importância dos grupos sociais e do conteúdo do cargo. A principal contribuição da TRH foi a agregação de novos conceitos, como: motivação, liderança e comunicação. De acordo com Chiavenato (2003, p. 254-255), na teoria administrativa, a abordagem estruturalista surgiu com o crescimento das burocracias, em uma perspectiva de análise que vai além dos fenômenos internos da organização, visão pela qual as escolas de até então se restringiam.

Para Motta, essa abordagem sintetiza as teorias clássicas e as de relações humanas, porém ganhando novas dimensões que envolvem todas as variáveis da organização. Como afirma Chiavenato (2003), Max Weber foi o primeiro teórico dessa abordagem, que, em uma análise voltada para a estrutura, acreditava que a burocracia era a organização por excelência. Segundo Motta (1975, p. 46), a preocupação de Weber está na racionalidade, entendida como a adequação dos meios aos fins. E uma organização é racional quando é eficiente. Assim, para Weber, a burocracia era a forma mais eficiente de uma organização. Max Weber descreveu um tipo de estrutura burocrática, acreditando que era comum à maioria das organizações formais.

No entanto, como ressalta Maximiano (2000), Weber não definiu um modelo-padrão para ser aplicado, apenas esquematizou as principais características da burocracia existente. Weber, como citado em Maximiano (2000, p. 88), ao sistematizar seu estudo da burocracia, começa com a análise dos processos de dominação ou autoridade. Para Weber, “a autoridade é a probabilidade de haver obediência dentro de um grupo determinado”. Ele distinguia três tipos de sociedade e autoridade, descritas a seguir.

De acordo com Chiavenato (2003, p. 258-262), na sociedade tradicional, predominavam características conservacionistas, patriarcais e patrimonialistas; a autoridade que a preside é dita tradicional, na qual a obediência é justificada pela tradição, pelo hábito ou pelo costume. Na sociedade carismática (partidos políticos, grupos revolucionários, nações em revolução), onde geralmente existem características místicas, arbitrárias e personalísticas; a autoridade (carismática) que a preside é justificada pela influência de um líder detentor de qualidades que o destacam.

As sociedades burocráticas (as grandes empresas, os estados modernos, os exércitos) são caracterizadas por predominarem normas impessoais racionalmente definidas; o tipo de autoridade (burocrática, legal ou racional) é justificado pela técnica, pela justiça na lei e pela meritocracia. De acordo com Chiavenato (2003, p. 266-267), a burocracia, segundo Weber, traz consigo diversas vantagens. Primeiramente, devido à sua racionalidade, o que significa dizer que procura os meios mais eficientes para atingir as metas da organização. A precisão com que cada cargo é definido proporciona o conhecimento exato de cada responsabilidade. Como as atividades são organizadas em rotinas e realizadas metodicamente, e, consequentemente, tornam-se previsíveis,

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