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Manual De técnicas De Produção ( Cotesia )

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Por:   •  1/5/2014  •  2.670 Palavras (11 Páginas)  •  302 Visualizações

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MANUAL DE TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

Este manual abordará as técnicas para produção da vespa da espécie C. flavipes que é parasitóide da praga da cana-de-açúcar Chilo saccharifagus. Essas duas espécies serão criadas em um laboratório da Unidade Industrial Sena, localizada no Distrito de Marromeu – Moçambique/ África, para promover o controle biológico na cultura de cana-de-açúcar nas plantações da empresa.

A seguir são descritas detalhadamente as etapas da produção de Chilo saccharifagus e C. flavipes.

1. Higienização do ambiente de trabalho e dos materiais utilizados

Todos os materiais antes de serem utilizados no laboratório são lavados e depois sanitizados ou esterilizados. As placas plásticas e suas respectivas tampas são lavadas com água e detergente e depois colocadas em um galão com 40L de água e 500ml de cloro (em um galão se colocam as placas e em outro as tampas). No dia seguinte, elas são retiradas do galão e enxaguadas. As placas juntamente com as tampas são colocadas para secar na estufa externa, sob raios solares. Os frascos são lavados com água corrente e inseridos em galões com 20L de água, 500ml de cloro e um pouco de detergente (+ ou -10ml). Coloca-se em outro galão as tampas dos frascos com a mesma solução. Deixa-se de molho por um dia. No dia seguinte, enxágua-se em água corrente deixando as tampas por alguns minutos em uma solução de 50ml de cloro e 1L de água. Então, retiram-se as telinhas de arame que estão encaixadas nas tampas e colocam-se as telinhas junto com os frascos na estufa por 4 horas.

As caixas, bandejas e câmaras utilizadas na sala de acasalamento são lavadas com água, detergente e cloro com o auxílio de uma esponja. As pinças, colheres, placas de Petri, espátula e facas são esterilizadas em estufa.

Antes de utilizar uma bancada para efetuar qualquer técnica, deve-se sanitizar toda a bancada com um pouco de álcool 70%. Depois que se termina o trabalho todos as salas bancadas e materiais são limpos. Uma vez por semana se limpam todas as salas com água e sabão.

2. Preparação da dieta da broca da cana

Existem dois tipos de dieta que são feitas: de criação, que é colocada em frascos servindo para alimentar as lagartas da broca desde que eclodem dos ovos e de realimentação, que é inserida em bandejas sendo o alimento de lagartas da broca inoculadas pelas vespas.

INGREDIENTES QUANTIDADES

dieta / FRASCOS dieta / BANDEJAS

1. Ácido Ascórbico 16 g -

2. Germe de trigo 80 g -

3. Açúcar 56 g 56 g

4. Nipagin 25,6 g 25,6 g

5. Levedura(cana-de-açúcar) 400 g 448 g

6. Farelo de soja 400 g 624 g

7. Cloreto de colina 6,4 g 6,4 g

8. Ampicilina 3 g 3 g

9. Vita Gold 4 ml 4 ml

10. Solução vitamínica 80 ml 48 ml

11.Fomol (formaldeído) 12,8 ml 12,8 ml

12.Caragenina 150 g 150 g

13.Água deionizada na panela 4 000 ml 4 000 ml

14.Água deioniz/ liquidificador 4 000 ml 4 000 ml

15.Ácido Acético - 80 ml

O modo de preparo das duas dietas é semelhante. Todos os ingredientes secos são pesados em uma balança eletrônica e os ingredientes líquidos pipetados com o auxílio de uma pipeta. Estes líquidos são misturados em um erlenmeyer juntamente com a ampicilina.

Em uma panela são fervidos 3L de água destilada juntamente com a caragenina. Todos os outros ingredientes e os 5L de água fria restantes são colocados no liquidificador para bater por cerca de 15 minutos. Acrescentar a caragenina fervida no liquidificador e bater por mais 5 minutos. Depois de batida, essa mistura é colocada nos frascos ou bandejas e tem de ser colocada rapidamente se não endurece no liquidificador.

A dieta é colocada na bandeja até aproximadamente 1 cm, cerca de 1L/bandeja. E para se colocar a dieta no frasco, este é inclinado e coloca-se a dieta até a metade do frasco. Depois que a dieta endurecer nos frascos, é preciso esterilizar a dieta na câmara asséptica com luz ultravioleta por, no mínimo 1 hora.

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3. Acasalamento

Para ocorrer o acasalamento das mariposas é necessário haver no laboratório adaptação de recipientes de criação e técnicas que se assemelhem o máximo possível às condições apresentadas na natureza. As necessidades básicas que devem ser respeitadas são temperatura, umidade relativa do ar (UR), luz e aeração (ventilação).

O laboratório tenta imitar as condições ambientais, começando pela temperatura da sala que se mantém a 21ºC, o que é correto, pois o aconselhável é obter uma temperatura semelhante à ambiental noturna (porque essa é a temperatura favorável ao acasalamento das mariposas). Para o desenvolvimento de crisálidas que estão nas caixas, é necessário que se tenha um fotoperíodo de 14 (fotofase): 10 (escotofase), por isso a luz da sala fica ligada durante 14 horas e depois é desligada. A umidade varia de fase para fase, precisando de muita umidade e escuridão na fase adulta para ocorrer a cópula, pois as mariposas têm sua vida ativa à noite e é preciso que o laboratório possua estratégias para “enganá-las”. Uma dessas estratégias é utilizada no laboratório sendo descrita abaixo:

Primeiramente, é colocada em cima de uma bancada uma placa de vidro (20 x 20cm) e, sobre esta, um papel filtro que serve para reter a umidade. O tubo de PVC, chamado de câmara, é revestido com papel sulfite internamente e é colocado em cima do filtro. Enrolar um pouco de algodão na parte inferior do tubo e na parte superior colocar dois pedaços de algodão úmido.

As mariposas são, então, introduzidas dentro dessa câmara. Para isto, as mariposas que se situam em caixas furadas na tampa para promover

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