Maslow e Herzberg para o serviço público: salário, remuneração e motivação
Por: dricatco • 7/11/2016 • Monografia • 4.451 Palavras (18 Páginas) • 573 Visualizações
INSTITUTO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO VIRTUAL
Selma Maria de Queiroz
Maslow e Herzberg para o serviço público: salário, remuneração e motivação
Artigo apresentado ao Curso de Pós - Graduação em Direito Administrativo do Instituto Brasileiro de Educação Virtual.
Brasília, DF
2013
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Maslow e Herzberg para o serviço público: salário, remuneração e motivação
Selma Maria de Queiroz
Graduada em Pedagogia
queiroz.selmamaria@gmail.com
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RESUMO
A administração pública está deixando de ser uma máquina que serve aos gestores públicos, para ser uma prestação de serviços a sociedade. Neste contexto, o cidadão passou a acompanhar a evolução administrativa da gestão pública, principalmente na questão de gastos governamentais. A eficiência administrativa privada está aliada a um staff funcional eficiente e produtivo, foi questão de tempo para que estes conceitos fossem também implantados no serviço público como uma exigência dos cidadãos. A Administração estratégica de recursos humanos do setor público está aos poucos se modernizando e adaptando estatutos antigos e desatualizados permitindo agilidade aos processos de investidura e desinvestidura. O objeto deste artigo é a utilização das teorias de Maslow e Herzberg na motivação dos servidores públicos e como isso é importante para a valorização das equipes e melhoria da prestação de serviços à sociedade.
Palavras-chave: serviço público, administração de recursos humanos, motivação, salario, remuneração
Maslow and Herzberg for public service: salary, remuneration and motivation
ABSTRACT
The government is no longer a machine that serves the public managers, to be a service to society. In this context, the citizen has to follow the evolution of administrative governance, especially in the matter of government spending. The private administrative efficiency is combined with a functional staff efficient and productive, it was a matter of time before these concepts were also deployed in public service as a requirement of citizens. The strategic management of human resources in the public sector is gradually modernizing and adapting old and outdated statutes allowing flexibility to the processes of endowment and not endowment. The object of this article is the use of the theories of Maslow and Herzberg motivation of public servants and how it is important for the recovery teams and improving the delivery of services to society.
Keywords: public service, human resource management, motivation, salary, compensation.
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INTRODUÇÃO
A sociedade está sofrendo profundas alterações trazidas pela tecnologia e pela conscientização dos cidadãos de seus deveres de acompanhamento da gestão pública na utilização dos recursos públicos com eficiência. A eficiência administrativa da gestão pública não está na tecnologia das máquinas nem tampouco nas lideranças politicas, mas sim nos servidores públicos.
O serviço público é uma carreira atraente para todas as idades, pela estabilidade, pelo retorno financeiro e por outras garantias e benefícios que são concedidas ao funcionalismo, mesmo possuindo estruturas engessadas e altamente burocráticas e complexas.
Atrair e reter bons profissionais exige mais que as garantias acima citadas. Este é o objetivo central deste estudo, buscar nas teorias de motivação de Maslow e Herzberg, orientações que possam ser aplicadas na esfera pública de modo a manter a produtividade do servidor.
Para tal, busca-se a partir da pesquisa qualitativa baseada em referenciais teóricos definir as diferenças entre salário e remuneração, a aplicabilidade das teorias de Maslow e Herzberg, a administração estratégica de recursos humanos, a evolução do serviço público e os contornos da carreira de servidor público, passando pelas obrigações e a eterna discussão sobre o direito de greve. Chegando desse modo à discussão em como motivar o servidor público de forma eficiente.
1 – SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
– Salário : histórico e definições
A Palavra ‘salário’ provém do latim salarium argentum[2], que significa “pagamento em sal”, forma primitiva de pagamento aos soldados do Império Romano, por volta de 27 A.C. Naquela época, o sal era considerado indispensável, pois não havia refrigeradores para manter os alimentos perecíveis, de forma que o sal era utilizado para este estoque. Por ser uma iguaria cara e de valor monetário, o sal podia ser trocado por alimentos, armamentos, roupas, entre outros. Pelo Michaelis[3] temos que salário vem do latim salariu, sendo a remuneração por um serviço prestado, principalmente por dia e por hora; jornal, soldada, soldo (salário recebido pelos soldados romanos)
A definição de salário ultrapassa as definições de diferentes dicionários devido a abrangência social que lhe cerca. Como o demonstrou M. Weber apud Marras (2007), o salário supõe o "trabalho livre", isto é, o direito que cada um tem de firmar livremente um contrato de trabalho com o possuidor dos meios materiais e financeiros de produção. Como detentor da força de trabalho, pode escolher o ambiente que lhe for mais propício profissionalmente ou financeiramente.
Se por um lado o trabalhador vende sua força de trabalho, na outra ponta estão as empresas que oferecem produtos e serviços, interessadas na distribuição deste rendimento financeiro através das relações de consumo. A aquisição de produtos na sociedade atual, também está vinculada ao status de estar trabalhando, de estar vinculado a uma organização e estar recebendo o valor referente a venda do esforço físico do trabalho.
– A remuneração e as teorias administrativas em recursos humanos e motivação
Voltando ao Michaelis[4], temos que remuneração vem do latim remuneratione sendo o ato ou efeito de remunerar, a paga por serviços prestados; ordenado, salário. Marx apud Mello (2001) em sua obra O Capital é um opositor do salário, defende que sob este nome se esconde uma nova forma de escravidão, pois é a força de trabalho dos assalariados que aumenta o lucro do empregador. Marx teorizou a mais-valia, como um conceito de justiça entre as horas trabalhadas e os lucros gerados para a empresa, sugerindo uma partilha mais justa de dividendos, sob a forma de remuneração.
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