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Monografia Sobre Tambor Pulmão Corda

Por:   •  26/10/2021  •  Monografia  •  6.295 Palavras (26 Páginas)  •  92 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

No atual cenário de extrema competição mercadológica, toda ferramenta utilizada para aumento de ganho produtivo, pode ser considerada de fundamental importância à empresa, assim como métodos e teorias que possam modificar e trazer benefícios ao sistema produtivo.

Percebe se que as organizações precisam cada vez mais serem eficientes, para que consigam sobreviver no mercado, ou seja, as organizações estão sempre buscando uma melhoria contínua em seus processos e uma otimização de seus recursos.

Para uma produção mais rápida, enxuta e eficiente, um dos meios utilizados é o tempo de produção, busca se cada vez mais meios para se produzir com o menor esforço e desgaste possível, para que assim consiga uma produção ideal dentro de um tempo já pré-determinado para atingir metas organizacionais.

Desta maneira uma teoria atrai atenção no que diz respeito a produtividade, a Teoria das Restrições que foca seus esforços no tempo e na capacidade produtiva de cada setor em uma cadeia de produção, onde existe uma preocupação com os gargalos produtivos, para que os mesmos possam ser adaptados da melhor maneira possível, fazendo com que a cadeia produtiva possa chegar aos seus resultados planejados.

As restrições de uma cadeia produtiva devem ser estudadas para que ao invés de se tornarem problemas graves, que sempre necessitam de correção, possam se tornar apenas mais um elo que venha a ser uma das peças para que a engrenagem da cadeia produtiva possa funcionar, pois o mercado cada vez mais competitivo elimina por si só organizações que não consigam se sustentar, ou que apresentem dificuldades em realização e execução de suas metas.

Os setores produtivos tendem a sofrer com isso, mas organizações voltadas para qualidade total, e que buscam diferenciais para que consigam destaque, cheguem a possuir vantagem competitiva que as diferenciem no mercado, e a Teoria das Restrições quando bem aplicada pode beneficiar organizações conseguindo essa vantagem competitiva, ajudando a empresa a se conhecer e obter destaque em seus processos.

Este trabalho tem como finalidade descrever os processos produtivos e identificar os gargalos em uma facção de jeans, propondo medidas de melhoria com a implantação da Teoria das Restrições.

A seguir será apresentado os objetivos deste trabalho que darão sustentação aos resultados, seguido pelas teorias que reafirmam as ideias de autores da área pesquisada, seguido pela metodologia para a realização do mesmo.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Propor a implantação da Teoria das Restrições em uma empresa do setor de facção de jeans, identificando os problemas no processo produtivo visando o aumento da produtividade.

2.2 Objetivos específicos

- Descrever o processo produtivo;

- Identificar os gargalos no processo produtivo;

- Propor medidas de melhoria com a implantação da Teoria das Restrições.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Origem da Teoria das Restrições

A Teoria das Restrições data seu início na década de 80, surgindo quando o Dr. Eliyahu Goldratt, encontrou problemas em seus processos produtivos.

De acordo com a Teoria das Restrições sempre haverá um número mesmo que pequeno, de restrições, limitando qualquer sistema que seja gerenciável de atingir mais do que somente suas metas.

Segundo Goldratt e Cox (1990), o objetivo da empresa não pode ser alcançado utilizando da forma tradicional de gestão, pois deixa se as restrições de lado enquanto toda concentração é voltada para trabalhos que forneçam uma redução do custo unitário do produto, e consequentemente o resultado da empresa e sua produção, poderão ser diretamente prejudicados caso essa restrição não seja resolvida.

Segundo a Teoria das Restrições, haverá pelo menos uma restrição limitando a capacidade máxima de toda organização, fazendo com que a organização não consiga alcançar o máximo de sua produção.

Para Gupta e Boyd (2008), a Teoria das Restrições oferece um novo padrão para gerir as organizações, que busca substituir o tradicional, porém ultrapassado modelo que busca eficiência para redução de custo unitário do produto, mostrando que essa teoria tem uma finalidade extremamente válida e pertinente para sua utilização dentro da gestão de produção.

Atualmente o modelo da Teoria das Restrições apresentado por Inman et al. (2009), mostra que essa teoria é uma filosofia de gestão que tem por consequência resultados positivos que determinam a melhora do desempenho organizacional, quando esta é executada por completo, unindo logística, processo de pensamentos e indicadores de performance.

3.1.1 Conceito de Teoria das Restrições

A Teoria das Restrições é uma filosofia em gerenciamento de produção que visa apontar o caminho para que a empresa consiga gerir sua capacidade produtiva.

Goldratt e Cox (1990, p. 40), constatam alguns meios que possibilitam que a organização obtenha recursos financeiros, como: "comprar sem pagar muito, empregar bom pessoal, alta tecnologia, fazer produtos de boa qualidade e conquistar uma participação no mercado."

A execução da teoria está apresentado em três medidas variáveis que avaliam o desempenho da empresa, que são: Ganho, Inventário e Despesa Operacional.

Segundo Corbett Neto (1997), ganho pode ser definido como “[...] todo dinheiro que entra na empresa, menos o que ela pagou a seus fornecedores; esse é o dinheiro que a empresa gerou; o dinheiro pago aos fornecedores é dinheiro gerado por outras empresas”.

E possível encontrar o ganho através de uma formula conforme afirma Corbett Neto:

Gu = Pv — CTV

onde: Gu = Ganho unitário do produto

Pv = Preço de venda unitário do produto

CTV = Custo Totalmente Variável, ou seja, o montante que varia para cada soma de uma unidade nas vendas do produto.

Ainda de acordo com Corbett Neto, Inventário “é todo dinheiro que o sistema investe na compra de coisas que pretende vender” e isso pode estar através de maquinários, materiais, imóveis, etc. Este inventário é um estoque que se divide em: estoque de matérias primas, produtos em processo e estoque de produtos acabados.

Noreen, Smith e Mackey (1996, p. 12), discutem que,

As empresas que possuem inventários de materiais em processo maiores do que os de seus concorrentes ficam em seria desvantagem por várias razões. Os tempos de ciclos e os prazos de entrega diminuem quase automaticamente com as reduções no excesso de inventários desse tipo. Se uma fábrica tiver seis semanas de inventário ocioso de material-em processo a qualquer tempo, então, em média, serão necessárias seis semanas para um trabalho ser completado do início ao fim além do seu tempo real de processamento.

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