Moody´s corta Andrade e salva Odebrecht
Por: tayanegentil • 28/7/2015 • Trabalho acadêmico • 460 Palavras (2 Páginas) • 264 Visualizações
Moody´s corta Andrade e salva Odebrecht
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Moody´s corta Andrade e salva Odebrecht
A agência de rating Moody´s rebaixou a nota corporativa da construtora brasileira Andrade Gutierrez (CAG), de Ba1 para Ba2. O rebaixamento abrange os títulos emitidos pela empresa. A perspectiva também foi modificada, de estável para negativa. Na escala da Moody´s, a classificação Ba (1 ou 2) indica que os papeis são considerados especulativos e podem ter substancial risco de crédito.
O rebaixamento do rating da CAG para Ba2 reflete a aguda deterioração nas métrica de crédito da companhia em 2014 devido a receitas mais fracas que o antecipado e margens de lucros menores. Apesar do perfil de forte liquidez e do histórico de apoio financeiro dos acionistas, a mudança na perspectiva, para negativa, reflete a deterioração dos fundamentos do setor na esteira do escândalo de corrupção da Petrobras e das incertezas macroeconômica no Brasil, que poderiam levar a riscos maiores de execução para a companhia no curto prazo.
A enxurrada de cortes é emblemática do agravamento da crise que tem acometido o Brasil, com a disseminação do escândalo de corrupção e a maior contração econômica em um quarto de século. A piora nos ratings levaram os investidores de títulos de dívida a evitar as companhias brasileiras (Queiroz Galvão, Mendez Junior e Camargo Correa, Odebrecht), provocando o encarecimento dos custos de empréstimos que por fim bloqueia o acesso de crédito no exterior.
A perspectiva sombria para as empresas do país é perceptível no mercado de bonds denominados em dólares. Em meio a custos crescentes dos empréstimos, as vendas de dívidas do Brasil no exterior caíram 80 por cento neste ano.
A Moody’s, cuja sede fica em Nova York, mencionou as dificuldades econômicas e a piora das finanças do Brasil quando colocou o país em perspectiva negativa, em setembro de 2014. De lá para cá as coisas só pioraram.
A investigação sobre corrupção na Petrobras também envolveu cada vez mais empresas do país nos últimos meses, além de políticos, provocando pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A probabilidade de um rebaixamento da nota soberana aumentou e “muito provavelmente isso está refletido nos ratings de créditos quase soberanos que têm fortes ligações com o governo. A investigação das propinas alimenta e piora a já fragilizada confiança do empresariado, o que por sua vez afeta a disposição das empresas para investir no Brasil.
Com isso, o governo vem reduzindo os investimentos e elevando os impostos para reforçar as finanças do país e evitar outro downgrade. É o nosso país à beira do caos.
Conclusão
O país está preso a um círculo vicioso no qual a severidade da crise econômica, a crescente pressão sobre as finanças públicas, as consequências do escândalo da Petrobras e o ambiente externo desafiador estão se retroalimentando.
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