Notas sobre a experiência e o saber da experiência
Por: clara2020 • 3/6/2017 • Resenha • 898 Palavras (4 Páginas) • 2.999 Visualizações
NOTAS SOBRE A EXPERIÊNCIA E O SABER DE EXPERIÊNCIA[1]
O autor pontua estes pares e distingue o pensamento técnico do pensamento político no universo pedagógico. Mostrando que a partir deste ponto de vista analítico, o termo da experiência, as palavras formam o pensamento e que se firma a partir da experiência, da tomada de significado ao que somos e ao que nos acontece, não somente no ponto de vista no ato de pensar.
Dentro deste contexto, o autor atenta para aos cuidados dos percalços atuais para o acontecimento da experiência do sujeito da experiência, o processo de formação da palavra e da experiência, confirmando o sentido e o perigo que atravessa sobre a transformação que a experiência oferece ao ser humano, de maneira passional, sobre o saber da experiência, e o sentido que sujeito dá para a experiência e a objetividade na experiência, diferenciando entre o experimento, um ato objetivo e a experiência, como sendo um ato subjetivo.
O ponto importante no texto é o retrato que o autor faz sobre o tratamento da informação na atualidade. Tornando inevitável receber o máximo possível de notícias e emitir opiniões supostamente próprias a prova de intervenções externas.
É perceptível acontecerem diversos eventos sobre os quais tentamos extrair dados, sem necessariamente fazer com que tais eventos façam parte de nós. Para tal relato, BONDÍA, menciona o sociólogo Walter Benjamin na questão do periodismo, ou seja, a fabricação, produção da informação e da opinião, como forma de uma produção em série. De modo inclusivo, a própria ideia de aprendizagem difundida hoje, a aprendizagem significativa.
A aprendizagem ao ser abordada pelo conceito de periodismo, o que significa que os institutos de ensino, de forma coercitiva, guia o ser em processo de aprendizado, adquirir a informação, e logo tomar um partido, opinar, sem que haja a passagem da experiência. Este artigo do autor Jorge Larrosa Bondía, também apresenta que a paixão faz-se presente na experiência, que remete a conclusão de que o sujeito desta, não se mantém estável e assume seu sofrimento. Tendo em vista que não há uma objetividade, um lugar a chegar.
A paixão na visão do autor estabelece o sofrimento, o encontro da felicidade entre o prazer e a dor. Inicialmente pode-se pensar que o autor pretende instituir significados para os termos experiência e o saber, contradizendo-se ao dizer que a isso, a experiência e apenas nela acontece desta forma. Entretanto, o artigo Bondía reflete exatamente que o que muitas vezes é evitado em nome do equilíbrio da alma.
Diante deste diagnóstico, o artigo em debate, remete para três perspectivas no âmbito educacional, a primeira, como uma educação inserida como uma ciência que simboliza pessoas técnicas, inseridas de tecnologia pedagógica, onde a lógica da verdade universal é objetiva e o que é imperativo, são os meios cognitivos, onde a razão se sobrepõe a emoção.
Na segunda percepção retirada deste artigo, apresenta o processo de aprendizagem como uma crítica política que se torna dominante, sujeitos críticos, formados por estratégias reflexivas que visam à atuação política como parte essencial para a vida em sociedade.
Apresentando a terceira e última visão do autor Bondía, que retrata a educação como experiência que procura educar a partir dela, produzindo ou não sentidos. Onde se faz necessária, a experiência do externo, meio, com o processo do saber pedagógico, expressando que o ser é etimologicamente educado.
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