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O Equilíbrio de Nash na Administração

Por:   •  30/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  777 Palavras (4 Páginas)  •  194 Visualizações

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O EQUILÍBRIO DE NASH E A LÓGICA COOPERACIONAL DE UMA EMPRESA

Antonio da Fonseca Albino (N° USP 11239560)

INTRODUÇÃO

        Sob ótica econômica, Adam Smith afirma, no século XVIII, que a tomada de ação do sujeito, o qual objetiva o bem geral, deve ser pautada no princípio de que ambição individual e o individualismo servem à ordem comum. Nesse sentido, se em uma empresa setorizada, cujos segmentos possuem certa autonomia, cada um destes basearem-se nos conceitos smithianos, o modus operandi organizacional tenderia à desunião entre as partes e à não cooperação entre elas, uma vez que o bem individual favoreceria o todo. No entanto, por que a colaboração e a integração entre as funções demonstra a maior eficiência?

  1. O PROBLEMA DA NÃO-COOPERAÇÃO

        Essencialmente, a compreensão desse princípio se relaciona em grande parte à Teoria dos Jogos, sobretudo ao chamado “Equilíbrio de Nash”, definido pelo matemático homônimo John Nash e conceito que rege a microeconomia atual. Nesse ponto, Nash traz o conceito de Smith e o complementa, definindo que nem sempre a busca pelo melhor resultado individual de fato o consolida, pois a complexidade das estruturas que englobam as ações particulares levam à competição, na qual os atos dos outros corpos interferem nos resultados finais de todas as partes envolvidas (vide o “Dilema do Prisioneiro”), de modo que é possível que, vislumbrando o melhor resultado, as ações para que ele se consolidem levam ao pior cenário, este é o problema da não-cooperação. Dessa forma, Nash conclui que, evidentemente, as ações individuais devem aspirar benefícios particulares, todavia, da mesma forma, devem considerar as outras partes do todo, buscando um cenário que não só é interessante para si próprio, mas, também, é estável e conveniente em perspectiva comum, isto é devem buscar a cooperação.

  1. O CASO EMPRESARIAL

        A partir disso, no contexto empresa-organizacional, o conceito de Nash se aplica à medida que, estruturalmente, uma instituição é composta de segmentos semi-fragmentados, com certa autonomia, mas que, de certa forma, são correlacionados pelo impacto do resultado final. Nesse caso, a condição sine qua non para que o produto final seja o melhor para o todo é, justamente, a cooperação entre todos os departamentos/partes da organização. Transferindo para o caso específico da empresa automobilística, como já foi citado, a não-cooperação é ilógica para a adquirição do melhor resultado, desse modo, a integração e a comunicação entre os diversos setores da empresa (produto, engenharia, industrial, marketing, etc.) é basilar para qualquer grande tomada de decisão.

        Nessa perspectiva, o caso singular da Equipe de Produto é válido uma investigação mais profunda acerca das consequências de sua exclusividade na etapa do planejamento. A priori, deve-se compreender que um produto é um agregado de conhecimentos de diversas áreas, amálgama esse que não é abrangido pelos conhecimentos únicos da Equipe de Projeto, compreende todas os segmentos da empresa. Para descrever a complexidade de um produto como esse é ponderado enumerar alguns pontos que diversos segmentos contribuem na elaboração do produto: a identificação da necessidade e dos gostos do consumidor é atribuída à ao Marketing, a busca pela eficiência e desempenho da máquina se dá pela Equipe de Engenharia, a relação entre o produto idealizado e o real, baseada na factibilidade de execução do projeto é responsabilizada à Logística, et cetera. Em meio a todo esse contexto a função da Equipe de Produto é apenas delinear o design, o conceito e suas funcionalidades, sob uma ótica mais estética e artística é claro que um desenhista industrial ou projetista de produto expressa conhecimentos de todas essas estirpes, mas de forma superficial. Além disso, ao passo que as funções de uma empresa se especializam se perde a consciência de toda cadeia produtiva, perdendo, também, os incrementos que o conhecimento de outras áreas poderiam ter. Em resumo, a problemática central cerca o fato de ser indispensável no desenvolvimento de um produto conhecimentos técnicos de diversas áreas e funções de uma empresa, o ideal, de fato, é montar uma equipe integrada com especialistas dos diversos departamentos para a elaboração inicial do projeto e, posteriormente sim, equipes especializadas de cada área.

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