O Fichamento Historia Cidadania
Por: joaohcc • 11/5/2023 • Resenha • 471 Palavras (2 Páginas) • 113 Visualizações
Livro escrito por José Murilo
Primeiro Capítulo – Peso do passado, compreende o período de 1500 a 1822 onde pelo processo contínuo de colonização os portugueses povoaram e constituíram o que viera ser Brasil. Sendo então independente em sua enorme unidade territorial, linguística e cultural contudo o Brasil herdou de Portugal uma tradição cívica pouco encorajadora, analfabeta, uma sociedade escravocrata, uma economia monocultora e latifundiária, um Estado absolutista, inexistindo o conceito real de cidadão.
Segundo Capítulo - 1822: Os direitos políticos saem na frente.
A independência não trouxe grande mudança radical no cotidiano colonial, apesar das alterações políticas a monarquia e mudanças no cenário europeu o ponto principal não foi alterado, a escravidão.
A Constituição outorgada (ou seja, imposta) de 1824, vigente até o início do sistema republicano, regulou o cenário político, especialmente o voto onde os homens acima de 25 anos com certo poder aquisitivo, livres podiam votar, escravos e mulheres não eram postos a esse direito, mas como a população em média alcançava o poder aquisitivo mínimo, esse não era um empecilho, a liberdade e sexo sim. Um dos poucos pontos positivos desse senário é que as eleições foram ininterruptas até o estado novo.
Terceiro Capítulo - Direitos civis só na lei.
O colonialismo brasileiro deixou um grande infausto aos direitos civis, pela escravidão, latifúndios e estado defensor do direito privado. A escravidão foi o maior mal destes citados afetando a todos na sociedade, ainda que o escravo conquistasse a liberdade a consciência e ocupação cidadã não ocorriam por sequência, e a figura do “Coronel Político” detentor de latifúndios projetando e abusando do poder que tiveram sobre a população eram impasse a ruptura do ciclo herdado do período colonial em acordo com o estado e as principais autoridades. Direitos civis ainda mais pelos abusos do coronelismo eram tão rasos que os sociais pouco se têm a dizer, com este sendo feito majoritariamente por entidades religiosas, em detrimento do estado que pouco fizera nas cidades, e nada ao campo onde a maior parte da população residia.
Quarto Capítulo - Cidadãos em negativo.
As revoltas, insurgências e movimentos como os abolicionistas podem ser considerados uma faísca da civilidade no período imperial, sobretudo pela participação popular consciente.
Quarto Capítulo - O sentimento nacional.
Pode-se dizer que pela configuração política colonial e regionalização a população era dedicada em seus sentimentos a província e não ao país, sentimento esse manifestado nas revoltas separatistas e mesmo pós independência o patriotismo continuou voltado as províncias análogas a estados.
A guerra do Paraguai (1865-1870) pode ser considerado o maior fator formador de um sentimento nacional pela sua mobilização em esfera massiva nunca vista e nem posteriormente, envolvendo pessoas de todas as províncias.
Até 1930 não havia povo organizado politicamente ou sentimento nacional consolidado. A participação na política nacional limitada em todas as esferas. Distanciamento das massas para o povo, assim não havendo cidadania.
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