O PAPEL DO TERCEIRO SETOR NA QUESTÃO DO DESENVOLVIMENTO

Resenha Critíca “O papel do terceiro setor na questão do

desenvolvimento regional e local”

Vieira, Daniela, Bacharel em Administração de Empresas pela UCSal, Pós-Graduada em Gestão Empresarial pela FGV e em Economia Baiana pela UNIFACS.

Por: Cádima Carine Rios de Sousa

Turma: 2013.1 ADM

O texto aborda a origem do terceiro setor na economia, o desenvolvimento local e regional de forma clara, sucinta, abrangente sobre os três assuntos, e como estão interligados.

O desenvolvimento pode ser considerado um processo em que a população se junta com o governo com o objetivo de melhorar as condições sociais, educacionais, culturais e econômicas, entre outros fatores. Daniela aponta também que o desenvolvimento tem uma perspectiva tanto global como local e ele influência diretamente na sociedade, e na vida das pessoas, devido ao seu cunho social ser bem forte e, ser necessário viver em um país, estado, cidade desenvolvida.

Desenvolvimento Regional até a década de 40 estava restrito a teoria da localização e seus desdobramentos, com o tempo foi introduzida a invenção tecnológica como elemento central na dinâmica da economia. Aborda a desigualdade do desenvolvimento de regiões, um conjunto de interpretações teóricas onde a maximização do lucro, o conceito multiplicador de renda keynesiano que foi batizado de “ciência regional”.

Foram realizadas experiências de planejamento para o desenvolvimento regional nos Estados Unidos, Europa, America Latina e Russia, porém a falsa expectativa seria resolvida em curto prazo desencadeou uma reação crítica a base teoria e as teorias de desenvolvimento.

Sobre o Desenvolvimento Local é abordado que o mesmo chegou ao Brasil em meados dos anos 80, seguido de algumas mudanças ocorridas no mundo onde o estado diminui as suas obrigações sociais transferindo – as para o mercado. O que fez necessitar um “desenvolvimento endógeno (de baixo para cima)”.

Algo importante de se ressaltar também é há uma distinção entre crescimento econômico e desenvolvimento, pode haver um crescimento sem que haja um desenvolvimento daquela região, o Desenvolvimento está ligado a fatores sociais, e várias visões da sociedade.

O conceito local ainda está em discussão, não se refere diretamente a município, mas também a comunidade, microrregião, ela está mais próxima do cidadão, no entanto o “global” afeta o local, a comunidade. É necessário se trabalhar de forma em que se respeitem as diferenças de cada local.

O termo Terceiro setor vem do inglês (Third Sector), seu surgimento se deu pela ineficiência dos outros setores. O primeiro setor que é o Estado e o Segundo setor que é o mercado, enquanto o estado se torna cada vez mais ineficiente para lidar com as necessidades sociais, o mercado visa sempre o lucro fazendo disso um jogo de interesses pessoais onde o coletivo é desconsiderado.

O associativismo do terceiro setor se diferencia do associativismo de agora, antigamente ele era politizado, e ligado a ideias esquerdistas, hoje ele não é nada politizado e também não segue a essas ideologias de esquerda política. Muitos programas são criados ou patrocinadas por instituições financeiras como, por exemplo, Banco Itaú, em outros casos já são fundações que tem apenas esse propósito de terceiro setor como, por exemplo, a Fundação Abrinq, tem também as ONGs como, por exemplo, o Projeto Axe na Bahia.

No Brasil o chamado Terceiro Setor ainda é muito restrito, no entanto nos Estados Unidos e Europa já são bem tradicionais, no EUA ele é associado ao termo Associações Comunitárias, sem fins lucrativas e isso já incorpora a cultura do país.

Sua importância se deu mais propriamente nos anos 90 com o surgimento das ONGs – Organizações Não Governamentais se constrói um novo tipo de ONG que está relacionada a situações culturais e sociais. No Brasil seu ponto de influência foi contra o regime militar, contribuindo para a reconstrução do conceito de “Sociedade Civil”. O crescimento das ONGs neste fim de milênio, e o terceiro setor já são considerados novo setor da economia denominada “Economia Social”.