O Perfil da Área de Finanças do ENANPAD

INSTITUTO FEDERAL DO MARAHNÃO-IFMA SÃO JOÃO DOS PATOS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

DISCIPLINA:ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

PROFESSOR:CARLOS EDUARDO DE SOUSA GALVÃO

RESUMO DO ARTIGO 

O Perfil da Área de Finanças do ENANPAD: Um Levantamento da Produção Científica e de suas Tendências entre 2000-2004

Por:

 Marcos Antônio de Camargo, Eduardo Senra Coutinho, Hudson Fernandes Amaral

Segundo Marcos Antônio de Camargo, Eduardo Senra Coutinho, Hudson Fernandes Amaral, tem por finalidade fazer um levantamento da área de finanças no Brasil que de acordo com Assaf Neto (2003), a disciplina finanças enfatizava a normatização e padronização das demonstrações contábeis entendimento dos impedimentos legais ao comportamento da empresa, criados pelos títulos de crédito e pelas regras de fusões, aquisições e falências.  período das Finanças Antigas cuja base era formada pela Contabilidade e pelo Direito. As Finanças Modernas nasceram, com o surgimento da ferramenta para composição de carteiras de ativos desenvolvida por Harry Markowitz no início dos anos 50. Esse modelo serviu de base para o posterior desenvolvimento do CAPM.

Assaf Neto (2003), ressalta a importância da contribuição de Modigliani e Miller (1958). Em seu estudo, sobre a irrelevância da estrutura de capital na determinação do valor da empresa. O quarto pilar das Finanças Modernas é oriundo da proposição dos mercados eficientes de Fama (1970) Deve-se ressaltar que esses quatro pilares foram erguidos sob a égide do sistema monetário internacional constituído pelo Acordo de Bretton Woods, houve intensificação dos fluxos de capitais em escala mundial.

 Dessa forma, o desenvolvimento das Finanças Modernas refletiu o ambiente econômico global, Com o fim da ordem financeira instituída pelo Acordo de Bretton Woods, e o o que se seguiu foi um período de maior instabilidade econômica e financeira, perda de dinamismo econômico e queda na rentabilidade dos negócios.  

Assim depois do levantamento da produção científica da área de Finanças no Brasil a partir da análise dos 171 artigos,  a  produção acadêmica no Brasil no campo da Administração apresentou um crescimento quase exponencial, haja vista a evolução da submissão de trabalhos para o ENANPAD.

Tendo em vista a importância dos Encontros Anuais da ANPAD para a disseminação, discussão e troca de idéias na área de Administração, Partiu-se do pressuposto de que os artigos Aspectos Metodológicos apresentados nesse congresso refletem o estado da arte da produção acadêmica brasileira.

Demografia de autoria dos artigos: mapa da área de Finanças, estrutura , conclusão e as referências bibliográficas, principais constatações, curiosidades e considerações sobre a área. No levantamento das quantidades de cada variável, na maioria dos casos optou-se por selecionar as dez mais representativas em termos percentuais, agrupando as demais, visando melhorar a apresentação dos resultados.

 Para identificar os autores mais produtivos selecionou-se os 10 que mais publicaram nos Anais do congresso, mais especificamente os que publicaram 4 ou mais artigos no período. Dentre estes autores observa-se um predomínio de autores de duas regiões do país a Sudeste, como 7 autores e a região Sul, com 3 autores. O autor de maior destaque neste período foi Richard Saito da FGV-SP, com 9 publicações, sendo 3 delas em língua estrangeira, seguido de Eduardo Facó Lemgruber do COPPEAD/UFRJ, com 8 publicações no período. As publicações em língua estrangeira podem ser vistas, por um lado, como um indicador da internacionalização do congresso, e por outro, como uma tentativa e tendência dos principais centros em aumentar as publicações em outro idioma e em um estágio posterior em periódicos internacionais. O total de artigos de autores de instituições brasileiras no congresso foi de 165, quando se desconsidera os 6 que foram de autores de instituições de Portugal. Quando se analisa a distribuição da publicação acadêmica de Finanças no ENANPAD pelos estados brasileiros, fica ainda mais acentuada a sua concentração nos estados de São Paulo (31,52%) e Rio de Janeiro (24,85%), que juntos representam mais da metade, com 56,36%. Outra constatação é que, das 27 unidades federativas brasileiras menos da metade, apenas 12, publicaram no congresso, sendo que as quatro com maior quantidade de artigos no período correspondem juntas a 80,61% dos trabalhos, observa-se que a região Norte do país não tem nenhuma representatividade na área de finanças predomínio bastante acentuado da região Sudeste, seguida da região sul.Depara-se com uma situação esperada dadas as características do ambiente econômico mundial no qual se verifica uma maior integração dos mercados e a presença agentes com estratégias de diversificação de carteiras de investimento não apenas em um único mercado.