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O REUSO DE ÁGUA

Por:   •  26/9/2021  •  Resenha  •  815 Palavras (4 Páginas)  •  147 Visualizações

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REUSO DE ÁGUA: possibilidades de redução do desperdício nas atividades domésticas Mayssa Alves da Silva1 Claudemir Gomes de Santana2 Resumo: A água não é inesgotável, mas, a maioria dos seres humanos ainda tem insistido em fazer uso da água de forma desenfreada, muitas vezes nem a usam, apenas desperdiçam. Estudos comprovam que se houver continuação e/ou crescimento do desperdício ter-se-á uma situação insustentável no futuro próximo, onde haverá escassez de água em todo o mundo. No entanto, têm sido desenvolvidos diversas maneiras de reciclar e reutilizar água que precisam ser amplamente difundidas e implantadas o mais rápido possível em tudo e por todos, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável. Palavras-chave: Água. Reuso. Atividades domésticas. Introdução O crescimento populacional e as alterações climáticas aceleram a redução da disponibilidade de água em determinadas regiões. Como uma boa prática pode ser feito o reciclo e o reuso da água em vez de descarta-la de forma desenfreada e na maioria das vezes contaminada no meio. Segundo MORELLI (pág.4, 2005), o crescente consumo de água tem feito do reuso planejado uma necessidade primordial. Essa Prática deve ser considerada parte de uma atividade mais abrangente que é o uso racional da água, o qual inclui também, o controle de perdas, redução do consumo de água e a minimização da geração de efluentes. 1 Graduada em Engenharia Civil pela Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB. 2 Doutor em Química, Professor na Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB. O trabalho proposto consiste na investigação das formas de utilização, reciclagem e reuso de água nas atividades humanas. Desta forma, têm-se como objetivos desenvolver a capacidade de síntese das informações disponíveis e construir um pensamento crítico sobre os benefícios de reuso de água nos processos antropogênicos e avaliar os benefícios da sustentabilidade ambiental envolvidos nas estratégias de reuso e reciclo de água. O desenvolvimento de estratégias de reciclagem e reuso do insumo é urgente, neste contexto, este trabalho se justifica por ter que entender a importância da conservação da água e pesquisar quais formas de reciclagem e reuso foram e têm sido desenvolvidas, e que precisam ser difundidas. A metodologia utilizada fundamentou-se em pesquisas bibliográficas em livros, teses, dissertações, artigos, notas de aula, entre outras referências relacionadas ao o uso, reciclo e reuso de águas em vários tipos de atividades domésticas (lavagem de sanitários, terraços, irrigação de jardins, etc). Foi realizada visita de campo no povoado de Cinzento, parte do município Pirapemas no Maranhão, onde há instalado em várias residências um sistema de captação e reaproveitamento da água da chuva, a qual é utilizada em praticamente todas as atividades domésticas. 1. A reciclagem e o reúso da água As águas chamadas residuárias são aquelas resultantes do descarte em esgoto, efluentes líquidos das edificações e industrias. E apresentam enorme possibilidade de reciclagem e reutilização em vários processos. A reutilização de água ou o uso de águas residuárias não é um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo há muitos anos. Existem relatos de sua prática na Grécia Antiga, com a disposição de esgotos e sua utilização na irrigação. No entanto, a demanda crescente por água tem feito do reuso planejado da água um tema atual e de grande importância (CETESB, 2010 apud CUNHA, 2011). Para CUNHA (pág. 1234, 2011) fazer reuso de água trata-se da implantação de uma pequena estação de tratamento de água de uso 'nobre' (banho e pias) para reutilização em fins 'menos nobres', como descargas, lavagens de piso e outros. No entanto, segundo a Resolução nº 54 de 28 de novembro de 2005, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH, o reuso de água constitui-se em prática de racionalização e de conservação de recursos hídricos, conforme princípios estabelecidos na Agenda 21. Tal prática reduz a descarga de poluentes em corpos receptores, conservando os recursos hídricos para o abastecimento público e outros usos mais exigentes quanto à qualidade; reduz os custos associados à poluição e contribui para a proteção do meio ambiente e da saúde pública (CUNHA, 2011). Para CUNHA (pág. 1228, 2011), um dos principais marcos de que a água deve ser gerenciada é a criação da Lei Federal 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Segundo o artigo 1º a água é um bem de domínio público; a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais; a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; a bacia hidrográfica e a unidade territorial para implantação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.

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