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Os Custos Administração

Por:   •  29/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.754 Palavras (12 Páginas)  •  89 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

ADMINISTRAÇAO – CAMPUS CAPINZAL

CAMILA SACHINI

CARLOS MATOS

GIOVANNI SARMENTO

JULIA GIACOMETI

RÚBIA MARTINS

CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES - ABC

CAPINZAL

2020

1. INTRODUÇÃO

         A discussão sobre a melhor maneira de imputar gastos indiretos de produção aos produtos tem rendido muitos artigos e certamente muitos contratos de consultoria. O foco principal de toda a movimentação reside no esgotamento da capacidade dos sistemas tradicionais de custeamento em atender às necessidades de informação para tomada de decisão dos diversos níveis gerenciais da organização. Os métodos de custeamento estão sendo contestados, os critérios de alocação de gastos se revelaram incompatíveis e todo um aparato de novas metodologias é anunciado como a última palavra em termos de custeamento de produtos. É neste contexto que o sistema o ABC (Actitvity Based Costing) é apresentado, já há alguns anos, como a melhor opção, senão a resposta para as indagações gerenciais de empresa que pretende ser competitiva.

        A grande vantagem ofertada pelo sistema de custeamento baseado em atividades (ABC) reside exatamente no melhor tratamento aos custos indiretos, considerando que estes tendem suplantar os custos diretos na relação de valor do produto. O Activity Based Costing é um sistema de custeio baseado na análise das atividades significativas desenvolvidas na empresa.

        Na realidade, segundo Martins (1996), o ABC é uma ferramenta de gestão de custos, muito mais do que de custeio de produto. Os sistemas de custeamento tradicionais refletem os custos segundo a estrutura organizacional, em forma de pirâmide e, quando muito, a estrutura funcional da empresa. O ABC, na sua visão horizontal, procura custear processos, que são interdepartamentais, extrapolando os limites da estrutura organizacional e funcional. Neste sentido, o ABC pode ser visto como uma ferramenta de análise dos fluxos dos custos. Quanto mais processos interdepartamentais houver na empresa, tanto maiores serão os benefícios que o ABC propiciará.

        É de se registrar que os sistemas de custeamento tradicionais (Integral, Direto, RKW, Padrão etc.) têm sua aplicação e verdadeira utilidade nos dias atuais. O que causa muita confusão e insatisfação ao usuário da informação de custos é a prescrição destes sistemas para o custeamento de fatores e eventos que requerem prévios redesenho dos processos e atividades desenvolvidos para a elaboração dos produtos. Já foi demonstrado que os produtos são consumidores de atividades e as atividades geradoras de gastos, mas nem todas as atividades possuem clientes. Isto é muito comum dentro [pic 1]das empresas.        

        

        

        O presente artigo procura evidenciar que o maior desafio para a implantação do sistema ABC consiste na análise dos processos e atividades. É através desta tarefa que ficará evidenciado o conjunto de processos e atividades empresariais relacionados com os produtos bem como a identificação dos esforços que não agregam valor ao produto ou à organização.

        Abordaremos também o aspecto comportamental da organização quando da análise dos processos, considerando que esta tarefa se configura num dos momentos de re visão de práticas há muito sedimentado, e que afeta o indivíduo com angústias e expectativas a respeito do desenho futuro da Empresa, uma vez que colocam em evidência alguns postos de trabalho.

         O papel da liderança da alta administração sobre a tarefa de análise de processos é fundamental para que esta se inicie e se conclua, estando assim dado o passo principal para a esquematização do sistema de custeio baseado em atividade.

2. A EMPRESA VISTA COMO UM PROCESSO

         O começo da evolução dos sistemas de custeamento veio com a departamentalização do sistema produtivo, onde as diversas etapas da produção eram realizadas nos departamentos. Cada departamento para realizar sua tarefa no produto utilizava recursos (matérias primas, mão-de-obra direta e gastos indiretos de fabricação). No modelo de departamentalização da produção existiam alguns que realizavam apenas serviços ou atividades auxiliares. Estes depois eram rateados aos custos diretos, através de critérios onde se equilibravam bom senso e economicidade no processo de alocação. Em seguida a departamentalização evoluiu para as Áreas de Custo, Centros de Custo etc., com enfoque na estrutura funcional da organização.        

        A abordagem da empresa através de processos implica numa mudança a de cultura, percebida pela modificação dos parâmetros de referência do sistema de informações. Os critérios de avaliação do desempenho empresarial passam a ser de forma horizontal, acompanhando o perfil dos processos.

        A visão horizontal reconhece que um processo é formado por um conjunto de atividades encadeadas, exercidas através de vários departamentos da empresas. Esta visão horizontal permite que os processos sejam analisados, custeados e aperfeiçoados através da melhoria de desempenho na execução das atividades.

[pic 2]

3. OS VÁRIOS PROCESSOS EXISTENTES DENTRO DA EMPRESA

        Cada processo identificado deverá possuir um produto ao seu final e também possuir seus insumos e principalmente seus clientes e fornecedores. Dessa forma, a eliminação de atividades que não contribuem para o surgimento do produto ao final do processo tornar se inevitável. Neste ponto, surge a questão mais delicada da análise de processos, considerando que a eliminação de atividades como meio de cortar gastos elimina também empregos. Este aspecto tem forte apelo humano e social, necessitando de muita habilidade e apoio da alta administração na sua condução.

        A análise de processos levará a uma expressiva alteração na técnica de controle dos gastos empresariais: a mudança do conceito de controle dos gastos por departamento para o conceito de controle por processo.

         A implantação de um sistema de custos baseado nestes conceitos é uma oportunidade para se promover a reengenharia de processo. De forma inversa, também é possível que uma empresa que esteja efetuando reengenharia em seus processos, possa utilizar o rearranjo para implantar um sistema de custos ABC.

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