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PROFESSOR DO NUCLEO DA FUNDACAO DOM CABRAL ESTRATEGIA DE NEGOCIOS INTERNACIONAIS

Por:   •  4/5/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.220 Palavras (5 Páginas)  •  174 Visualizações

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ENTREVISTA DO SHERBAN

PROFESSOR DO NUCLEO DA FUNDACAO DOM CABRAL ESTRATEGIA DE NEGOCIOS INTERNACIONAIS

Sherban inicia a sua palestra falando sobre o gestor global que pode ser uma pessoa que pode estar em um departamento financeiro, de recursos humanos, na área jurídica, contábil todo e qualquer profissional que atua em uma empresa que tem presença em mais de um país e desenvolva essas características e as qualificações para operar em escala mundial. O que as empresas buscam hoje em uma atuação global é criar um valor internacional muito mais do que capturar valor que acontece quando se vende algum produto, quando o dinheiro entra no caixa é apenas uma conseqüência do valor.

Segundo Sherban, existem dois tipos de internacionalização de negócios que é quando a empresa está exportando ou praticando comércio exterior e existe a internacionalização da empresa que é quando a empresa tem subsidiária, tem uma presença física no exterior para comercializar, seja para produzir ou prestar serviços.

Existe um conceito na criação de valor que remete a questão econômica financeiro. Um dos valores que a empresa precisa criar é o valor do resultado econômico financeiro e assim mostrar que a empresa pode continuar investindo, remunerando o dinheiro colocado pelos empresários e continuar a pagar salários. O que as empresas buscam é ter um retorno desse investimento. Nenhuma empresa se estabelece no exterior por patriotismo elas vão buscar ter uma operação lucrativa no exterior para que elas possam recuperar o investimento.

Para esse tipo de empresa Sheban menciona que com tecnologia e processos a empresa vai atender outros desejos, outras necessidades de clientes em países num patamar de uma tecnologia muito superior que o Brasil e ela vai por si só competir no mercado internacional entrando num círculo virtuoso de uma inovação.Uma empresa que não se internacionaliza tem mais dificuldade de competir com aquela que se internacionalizou, então ir para o exterior é uma vantagem competitiva. Essa vantagem competitiva é o que vai permitir que a empresa continue atuando e sendo lucrativa, investindo nas pessoas e inovação e continue conquistando mercados não só no Brasil como fora também.

De acordo com as pesquisas de Sherban, 66 empresas participaram de uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral em 2013, para participar desse estudo  a empresa precisava ter capital e controle majoritariamente brasileiro e não participou da pesquisa empresas brasileiras que fizeram fusão com empresas no exterior, como exemplo a M Martan que fez uma fusão com uma empresa chilena, a Ambev também é outro exemplo de empresa que fez fusão com outra no exterior e o controle do capital da empresa que surgiu com essa fusão está na Bélgica. Todas as empresas que participaram têm gestão e participação majoritária brasileira e que tem algum tipo de presença física no exterior, seja um escritório comercial para realizar a venda de produtos que são made in Brazil.

Depósitos e centrais de distribuição, empresas que fazem montagem de produtos para o exterior e que tem necessariamente fábricas ou plantas industriais que praticam a manufatura no exterior, empresas que prestam serviços, tipo empresas de engenharia, empresas de TI. Agências bancárias, centros de pesquisa e desenvolvimento como, por exemplo, a EMBRAER que opera na Florida vários centros de pesquisa que  desenvolve peças para seus aviões que ela irá produzir no Brasil, no próprio Estados Unidos, em Portugal e na China e empresas que se espalham através de franquias, muitas vezes são empresas que tem os sócios no exterior, os fraqueados que estão investindo no exterior, mas é considerado presença física porque a empresa está lá com sua marca, com seu conceito, com a suas lojas, com os seus balcões de aluguel de automóveis.

As empresas buscam proximidade, seja geográfica, seja cultural, ou seja, política. Quanto mais próximo é um país seja do ponto de vista geográfico, cultural e político ou eventualmente ate tecnológico mais chances de o país ser competitivo, mais chance a empresa tem de ser competitiva.

Durante a palestra foi perguntando para Sherban se existe um patamar mínimo para chamar uma empresa de transnacional e a sua resposta foi que, a empresa para ser considerada multinacional ou transnacional, global, meta nacional isso são debates muito mais acadêmicos do que algo que podemos falar se uma empresa tem até 10% da suas operações no exterior ela é multinacional, se ela tem acima disso é transnacional. A empresa transnacional  é uma empresa que na sua forma de gerir tem o poder  de decisão descentralizado não só em uma matriz mas nas subsidiárias no exterior, uma empresa global é aquela que consegue ter subsidiarias em todos os continentes do mundo, uma empresa meta nacional é uma empresa que a subsidiaria tem tanto poder quanto a matriz.

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